Caso Breno: Análise e Conceitos em Psicoterapia

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No caso Breno, o paciente chega para sua primeira sessão de psicoterapia de maneira resistente e soberba. O rapaz diz não demonstrar nenhum sentimento de culpa mesmo sem contar sobre o ocorrido.

De toda forma, o terapeuta se mostra presente e acolhedor (mesmo se sentindo irritado) e procura entender mais sobre o que acontece com Breno, explicitando que não o conhece e que ele deveria se apresentar melhor.

O rapaz, em seu discurso, demonstra uma necessidade de se apresentar de forma imponente, ostentando o fato de ter atirado no maior traficante do Brasil. A partir disso, é um pouco complexo falar de uma relação terapêutica em uma única sessão, ainda mais por ser a primeira, porém, é possível ter um esboço dela. O paciente, com sua atitude de superioridade e a tentativa de mostrar-se como “o melhor” em tudo (e que todos à sua volta também devem ser “os melhores”), tenta atacar o terapeuta (que realmente se sente atacado, no relato) mesmo dizendo que havia pesquisado sobre ele, buscado indicações de familiares e outros pacientes.

O terapeuta entende esse certo ataque como uma atitude de superioridade e maneja a sessão de forma que o rapaz diga o real motivo que o trouxe à sessão. O motivo não fica tão claro, porém, aparecem assuntos bem interessantes que podem vir a ser investigados mais tarde (como, por exemplo, uma certa questão com a figura masculina e paterna, ao tentar se explicar sobre o amigo que é homossexual e o pai que se mostra rígido, bem como sua relação com a esposa).

Ainda que o rapaz tenha se apresentado dessa forma e o terapeuta logo entenda isso, acaba por não julgá-lo nem rotulá-lo, mantendo uma atitude ética. Contudo, Breno busca a terapia pelo mesmo motivo que a maioria das pessoas: pelo alívio de um sofrimento. Breno não demonstra explicitamente qual é, mas, de um jeito ou de outro, aparecerá em próximas sessões.

Objetivo da Psicoterapia (Humanismo)

  • Levar a pessoa a ser ela mesma.
  • Conquista de uma existência autêntica, autoconsciente, espontânea, verdadeira, natural e sem máscaras.

Definição da Psicoterapia (Fenomenologia)

  • É o processo que ajuda a pessoa a encontrar formas de lidar com as angústias, defeitos, aliviando progressivamente seu sofrimento ao aprender a lidar com seus problemas.
  • Conversa organizadora e de alcance significativo na vida de uma das partes.
  • Se baseia em princípios terapêuticos, estrutura e técnica.
  • Objetivo de reduzir ou remover um problema, queixa ou um transtorno definido de um paciente que busca ajuda.

Relação entre Técnica e Ética (Psicanálise)

  • A ética é uma parte da técnica.
  • Concepção ética de uma relação de igualdade, respeito e busca da verdade.

Relação Terapêutica (ANC)

  • Experimento de emoções.
  • Expansão da visão de mundo.
  • Exame de conflitos.
  • Influência social.

O Terapeuta

  • Interesse genuíno.
  • Calor humano.
  • Clima de congruência.
  • Empatia.
  • Habilidade de compreensão.

O Cliente

  • Expectativa em relação à mudança.
  • Motivação de aceitar a responsabilidade de participar da terapia.
  • Autoexploração.

Os Papéis no Contrato Terapêutico (Psicanálise)

Analisando

  • Motivado para um trabalho árduo e corajoso.

Analista

  • Que ele tenha claro qual é a natureza de sua motivação.
  • Definir o projeto terapêutico.

O Terapeuta na Fenomenologia

  • Atitude do terapeuta de estar atento, disponível, interessado.
  • Explicita a fala do cliente, aponta para a pessoa um olhar com mais cuidado.
  • É ativo na escuta, demonstra interesse.

Relação da Pessoa com a Psicoterapia (Humanismo)

  • Despreocupação: não se dá conta de seu desequilíbrio e não pretende modificar seu comportamento.
  • Percepção da existência de problemas.

Fatores de Mudança

  • Relacionamento.
  • Mobilização dos recursos internos da pessoa.
  • Exposição ao padrão de comportamento, tornando-os conscientes e/ou modificáveis.

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