Cestodas: Tipos, Ciclos e Sintomas

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Cestodas: Echinococcus granulosus (Hidatidose, Equinococose)

Morfologia: Verme adulto mede cerca de 5 mm. Escólex globoso, 4 ventosas. Colo curto. Estróbilo formado por 3 a 4 proglotes (1 a 2 jovens, 1 madura e 1 grávida com 500 a 800 ovos). Ovo subesférico, semelhante aos outros cestodas.
Cisto Hidático: Cresce no homem cerca de 1 cm/ano até alcançar 5 a 10 cm.
  • Membrana Adventícia: reação tecidual do órgão frente à larva.
  • Membrana Anista: secretada pela prolígera, funciona como barreira às defesas do organismo.
  • Membrana Prolígera: proliferação do cestoda. Reveste internamente o cisto e origina as vesículas prolígeras que dão origem aos escóleces (2 a 60).
Areia Hidática: é formada por escóleces isolados, fragmentos da membrana e vesículas prolígeras.
Patogenia: Processo inflamatório do órgão frente ao parasita. Deve-se à pressão que o cisto exerce no órgão.
Diagnóstico: Testes sorológicos no hospedeiro intermediário, ELISA. Biópsia não recomendada. Raio X, Ultrassonografia.
Tratamento: Praziquantel, Cirurgia, Mebendazol e Albendazol.
Sintomas:
  • Nos órgãos:
    • Fígado: sem sintomas por aproximadamente 1 ano. Icterícia, hipertensão portal, ascite.
    • Pulmão: dor no peito, tosse, dificuldade respiratória.
  • Ruptura do cisto, às vezes fatal.
  • Choque anafilático durante a biópsia.
  • Eosinofilia, urticária.
Ciclo:
  1. O verme adulto Echinococcus granulosus reside no intestino delgado dos hospedeiros definitivos (cães, outros canídeos).
  2. Proglotes liberam ovos, que são passados nas fezes.
  3. Após a ingestão por um hospedeiro intermediário (homem), os ovos eclodem no intestino delgado e liberam uma oncosfera, que penetra na parede intestinal e migra através do sistema circulatório em vários órgãos, especialmente no fígado e nos pulmões.
  4. Nestes órgãos, a oncosfera se desenvolve em um cisto, que aumenta gradualmente.
  5. Após a ingestão, protoescólices evaginam e aderem à mucosa intestinal.
  6. Eles desenvolvem em estágios adultos em 32 a 80 dias.

Hymenolepis nana (Tênia Anã)

Sintomas: Quando severa causa enterites com diarreia, dor abdominal, perda de peso, palidez e debilidade, ataques epiléticos.
Morfologia:
  • Verme Adulto: Mede cerca de 3 a 5 cm. Possui 100 a 200 proglotes bastante estreitas. O escólex com 4 ventosas, rostro retrátil armado com ganchos.
  • Ovo: São quase esféricos, em torno de 40 micras. Transparentes. Dupla membrana, “Chapéu de mexicano”.
  • Larva cisticercoide: Pequena larva, formada por um escólex invaginado e envolvido por uma membrana.
Transmissão: Os insetos, carunchos de cereais infectados, podem ser ingeridos acidentalmente.
Habitat:
  • Verme Adulto: intestino delgado, principalmente jejuno e íleo (20 dias após a fixação).
  • Larva: vilosidades intestinais do homem ou na cavidade geral do inseto hospedeiro intermediário (pulgas e carunchos).
Diagnóstico: Laboratorial: Pesquisa e identificação de ovos.

Difilobotríase

Um dos maiores parasitas intestinais do homem: 15 m e 3 mil proglotes.
Transmissão: ingestão de peixes crus ou mal cozidos (sushi e sashimi) contendo as formas larvárias infectantes.
Doença intestinal de longa duração, podendo permanecer no intestino por cerca de 10 anos.
Sintomas: desconforto abdominal, flatulência, diarreia, vômito e perda de peso. Anemia megaloblástica por carência de vitamina B12. Infecções severas podem resultar em obstrução intestinal ou do ducto biliar.
Profilaxia:
  • Evitar ingestão de peixe de água doce cru ou mal cozido.
  • Congelar previamente os peixes de água doce a – 20 ºC por 7 dias.
  • Hábitos higiênicos saudáveis.
  • Implementação de saneamento básico.

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