Chile e Argentina: Ditaduras e Conflitos no Século XX

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Chile: Frente Popular e a Eleição de Allende

Chile: Frente Popular = aliança com comunistas, socialistas e radicais x Centro Político = democracia cristã e de esquerda (mantinham-se ativos nos debates internos e obtinham votação expressiva).

O democrata-cristão Eduardo Frei, presidente, buscou aumentar a participação popular na política.

Cresceu a preocupação dos setores sociais e politicamente hegemônicos, que consideravam haver risco de esquerdização.

Com a vitória do Partido Socialista, Allende é eleito, propondo o socialismo por via legal e institucional.

Muitos países acompanharam com atenção! A alta burguesia e militares começaram a se mobilizar contra o avanço das camadas populares.

Pressões estrangeiras sob o governo aumentavam, com países auxiliando silenciosamente na preparação do golpe (Brasil, por exemplo).

A diminuição e os boicotes acentuados de investimentos provocaram a queda da produção e o desabastecimento. Empresas estrangeiras ajudavam a desestabilizar o governo e passavam informações (ITT - comunicação EUA, por exemplo).

Rompeu-se o equilíbrio político. Allende, na tentativa de negociar com setores militares, colocou Pinochet como general, que lidera o golpe que depôs Allende.

Cercado e sob bombardeio no palácio presidencial, Allende tenta resistir, porém, sem alternativa, se suicida.

A Ditadura de Pinochet no Chile

Ditadura de Pinochet: partidos políticos dissolvidos e todos os suspeitos de ligação com a esquerda foram perseguidos. Dezenas de milhares foram assassinados, com o Estádio Nacional sendo usado como prisão. Estrangeiros também foram perseguidos. Pinochet adotou medidas liberais para reorganizar a economia.

Argentina: O Retorno de Perón e a Ditadura Militar

Argentina: Perón retorna do exílio e é eleito presidente, mas morre 1 ano depois. Sua esposa, Isabelita, assume.

O cenário crítico da economia mantinha a situação tensa e instigava os militares a voltar à política. Os militares derrubam a presidente em 1976.

Os golpistas denunciavam a falta de autoridade e o risco de comunismo, apresentando-se sem interesses ideológicos ou financeiros.

A Ditadura na Argentina

Ditadura (7 anos): nenhum projeto nacional foi desenvolvido, nem o país foi reorganizado.

Os investimentos estrangeiros abandonaram o país, levando ao declínio econômico.

A repressão contra os supostos adversários instaurou um quadro de terror.

Milhares de mortos e desaparecidos (Madres de Mayo - "grupo de resistência").

Guerra das Malvinas e o Fim da Ditadura Argentina

Guerra das Malvinas: interessado em manter o regime por mais tempo, Leopoldo Galtieri (presidente) iniciou um conflito internacional para desviar a atenção dos argentinos dos problemas internos, determinando a invasão das Ilhas Malvinas (objeto de disputa entre Argentina e Grã-Bretanha).

A Inglaterra reage aos planos e os dois países entram em guerra (que durou 2 meses).

A Grã-Bretanha venceu a guerra.

Embora o interesse inicial do governo fosse obter apoio popular, o conflito expôs de maneira ainda mais clara a corrupção e o autoritarismo do regime.

Galtieri foi substituído por outros militares e Raúl Alfonsín vence as eleições.

A economia do país estava arrasada, com taxas altíssimas de inflação e moeda desvalorizada, gerando tensão interna.

Plano Condor

Plano Condor: acordo entre as polícias políticas dos países do Cone Sul, que se ajudavam mutuamente na perseguição e, em muitos casos, na execução.

No Brasil e no Chile, os crimes cometidos pelos governos militares foram anistiados ou esquecidos.

A Argentina investigou a fundo os crimes comuns, como tráfico de armas, extorsão de empresários e sequestros de pessoas.

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