China: Economia, Geografia e Clima

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Economia da China: Crescimento e Desafios

A China possui atualmente uma das economias que mais crescem no mundo. A média de crescimento econômico deste país, nos últimos anos, é de quase 10%, uma taxa superior à das maiores economias mundiais, inclusive a do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) da China atingiu US$ 7,46 trilhões ou 47,15 trilhões de iuanes em 2011 (com crescimento de 9,2%), tornando este país a segunda maior economia do mundo (ficando apenas atrás dos Estados Unidos). Essas cifras apontam que a economia chinesa representa atualmente cerca de 15% da economia mundial.

Panorama Econômico e Características Principais

  • Entrada da China na economia de mercado, principalmente a partir da década de 1990, ajustando-se ao mundo globalizado;
  • Maior produtor mundial de alimentos: 500 milhões de suínos e 450 milhões de toneladas de grãos;
  • Maior produtor mundial de milho e arroz;
  • Agricultura mecanizada, gerando excelentes resultados de produtividade;
  • Aumento nos investimentos na área de educação, principalmente técnica;
  • Investimentos em infraestrutura, com a construção de rodovias, ferrovias, aeroportos e prédios públicos. Destaque para a construção da hidrelétrica de Três Gargantas, a maior do mundo, que gera energia para indústrias e habitantes;
  • Investimentos nas áreas de mineração, principalmente de minério de ferro, carvão mineral e petróleo;
  • Controle governamental dos salários e regras trabalhistas. Com essas medidas, as empresas chinesas têm um custo reduzido com mão de obra (os salários são baixos), tornando os produtos chineses os mais baratos do mundo. Esse fator explica, em parte, os altos índices de exportação do país;
  • Abertura da economia para a entrada do capital internacional. Muitas empresas multinacionais, também conhecidas como transnacionais, instalaram e continuam instalando filiais no país, buscando baixos custos de produção, mão de obra abundante e um mercado consumidor amplo;
  • Incentivos governamentais e investimentos na produção de tecnologia;
  • Participação no bloco econômico APEC (Asian Pacific Economic Cooperation), juntamente com Japão, Austrália, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Chile e outros países;
  • Um dos maiores importadores mundiais de matéria-prima;
  • Em 2011, com o crescimento do PIB em 9,2%, a economia da China demonstrou ter consolidado a recuperação em relação à crise econômica mundial de 2008;
  • O forte crescimento econômico dos últimos anos gera emprego, renda e crescimento das empresas chinesas. No entanto, apresenta um problema para a economia chinesa: o crescimento da inflação;
  • Em 2010, a balança comercial chinesa foi positiva em US$ 190 bilhões, com exportações de US$ 1,58 trilhão e importações de US$ 1,39 trilhão.

Desafios e Problemas da Economia Chinesa

Embora apresente todos esses dados de crescimento econômico, a China enfrenta algumas dificuldades. Grande parte da população ainda vive em situação de pobreza, principalmente no campo. A utilização em larga escala de combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) tem gerado um alto nível de poluição do ar. Os rios também têm sido vítimas desse crescimento econômico, apresentando altos índices de poluição. Os salários, controlados pelo governo, colocam os operários chineses entre os que recebem uma das menores remunerações do mundo. Mesmo assim, o crescimento chinês apresenta um ritmo alucinante, podendo transformar o país, nas próximas décadas, na maior economia do mundo.

Geografia e Relevo da China

A República Popular da China é a terceira maior nação do mundo em superfície (após a Rússia e o Canadá) e a primeira em população. A superfície total do país é de cerca de 9.571.300 km². Verdadeiro Estado-continente, a China estende-se entre 18° e 54° de latitude Norte e entre 74° e 135° de longitude Leste. Este país imenso, na forma de crescente chanfrado, estende-se por um comprimento máximo de 5.200 km de leste a oeste, e atinge uma amplitude de 5.500 km de norte a sul. Tal extensão longitudinal e latitudinal explica a grande diversidade dos meios naturais. A maior parte do país possui um relevo montanhoso: 84% do território encontra-se a mais de 500 m de altitude e quase 43% a mais de 2.000 m. Os planaltos ocupam 26% da superfície do país; as bacias, geralmente acidentadas e situadas nas regiões áridas, cerca de 19%; as planícies cobrem apenas 12% do território.

O país apresenta vários relevos, com a altitude que se baixa, por degraus sucessivos, de oeste a leste, até ao mar. Os relevos mais elevados encontram-se na parte ocidental do país (Tibete, Xinjiang), onde estão situadas algumas das cadeias de montanhas mais elevadas do mundo: o Tian Shan Oriental e o Altai a noroeste; o Pamir e o Karakorum no extremo oeste; os Montes Kunlun ao centro; e o Himalaia ao sudoeste. A maioria apresenta uma orientação leste-oeste. Nessa zona, foram contadas quase 45.000 geleiras que ocupam 58.000 km². A orogênese do Tian Shan, dos Montes Kunlun, bem como do Qin Ling, no centro do país (província de Shaanxi), começou durante o Paleozoico, no fim do Carbonífero, e terminou no Permiano.

O Himalaia, que contorna o sul do Tibete, é de formação mais recente. O levantamento himalaio-alpino começou durante o Oligoceno, na Era Terciária, há cerca de 40 milhões de anos. Deve-se ao encontro da placa Indiana e da placa Tibetana. O trecho mais elevado, com uma altitude média de 4.500 m, engloba, ao sudoeste, o elevado planalto montanhoso e desértico do Tibete, com solo congelado (permafrost), que se estende pela Região Autônoma do Tibete e por parte das províncias de Qinghai, Sichuan e Gansu.

É limitado pelo Himalaia ao sul, pelo Pamir e Karakorum ao oeste, pelos Montes Kunlun, Altun Shan e Qilian Shan ao norte, e pelos “Alpes” de Sichuan ao sudeste. Os principais rios da Ásia Oriental e Meridional (Indus, Ganges, Brahmaputra, Mekong, Yang-tse-Kiang, Huang He, Salween) têm ali a sua fonte.

O Himalaia, que forma a fronteira com a Índia, o Nepal e o Butão, estende-se por quase 2.400 km de comprimento e 250 km de largura. Compreende, em sua parte setentrional, uma centena de montanhas com mais de 7.000 m de altitude, incluindo a cimeira mais elevada do mundo, o Everest (8.850 m), compartilhado entre o Tibete (faces norte e noroeste) e o Nepal. O levantamento do arco himalaio prossegue hoje em dia ao ritmo de 5 mm por ano.

Clima da China: Tipos e Variações

A China possui dois principais tipos de clima: um tipicamente monçônico e outro complexo e variado. Os ventos do norte predominam durante o inverno e os do sul, no verão. As estações são bem marcadas: o verão, quente e úmido, é a época das chuvas. De setembro a abril, as monções de inverno que vêm da Sibéria e do Planalto da Mongólia se enfraquecem pouco a pouco de norte a sul, originando um clima frio e seco e diferenças de temperatura entre o norte e o sul. De abril a setembro, as correntes quentes e úmidas vêm dos mares, originando altas temperaturas e muita chuva, com pouca diferença de temperatura. Na China, há diversos tipos de faixas de temperatura e zonas secas e úmidas, o que demonstra a complexidade e variedade de seu clima. De acordo com a temperatura, o território divide-se em seis faixas do sul para o norte: equatorial, tropical, subtropical, temperada, temperada-fria e fria. De acordo com as condições hidrológicas, do sudeste para o noroeste, divide-se em quatro grandes zonas: úmida (32% do território chinês), semiúmida (15%), semisseca (22%) e seca (31%).

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