Ciclo Circadiano: Compreendendo o Sono e a Vigília

Classificado em Biologia

Escrito em em português com um tamanho de 2,97 KB.

A Dança Entre o Tálamo e o Córtex

Quando dormimos, nosso tálamo opera em sincronia, emitindo ondas delta de baixa frequência e alta amplitude, características do sono. Entretanto, o Sistema Reticular Ativador Ascendente (SARA) atua como um despertador interno, dessincronizando o tálamo e impulsionando informações para o córtex.

Essa ação do tálamo dessincroniza o córtex, transformando as ondas delta em ondas alfa, de maior frequência e menor amplitude, marcando o estado de vigília com olhos fechados. Ao abrirmos os olhos, as ondas alfa se tornam ondas beta, ainda mais frequentes e irregulares, indicando um estado de alerta.

O Papel do SARA e dos Mensageiros do Despertar

O SARA, além de ser estimulado pelo cortisol, também responde a estímulos externos como sons, luz, temperatura e dor, conhecidos como "mensageiros do despertar". Esses estímulos mantêm o cérebro em vigília, aumentando o tônus muscular e ativando a produção de adrenalina, que, por sua vez, estimula ainda mais o SARA, criando um ciclo de alerta.

Mergulhando nos Tipos de Sono

O sono, essencial para o descanso e reparo do corpo, pode ser dividido em duas categorias principais: passivo e ativo.

Sono Passivo: Acalmando a Mente

O sono passivo ocorre quando a intensidade dos "mensageiros do despertar" diminui, como em um ambiente silencioso e escuro. Com menos estímulos, o SARA reduz sua atividade, o tálamo e o córtex sincronizam suas ondas cerebrais e o sono se instala.

Sono Ativo: Desligando o Sistema

Diferente do sono passivo, o sono ativo não depende da diminuição dos estímulos externos. Ele é ativado pela estimulação de núcleos específicos no cérebro, os núcleos bulbares de HIS. Essa estimulação pode ocorrer por meio da distensão gástrica após uma refeição ou por estímulos monótonos e repetitivos, como o barulho de chuva ou o balançar de um carro.

As Fases do Sono: NÃO REM e REM

Dentro do sono, existem duas fases distintas: o sono NÃO REM e o sono REM.

Sono NÃO REM: Ondas Lentas e Repouso Profundo

O sono NÃO REM é caracterizado por ondas cerebrais mais lentas e representa a fase inicial e mais profunda do sono, onde ocorrem os pesadelos.

Sono REM: Sonhos Vívidos e Relaxamento Muscular

Após o sono NÃO REM, entramos na fase REM (Rapid Eye Movement), caracterizada por movimentos oculares rápidos, sonhos vívidos e completa ausência de tônus muscular. É durante essa fase que ocorrem os sonhos mais intensos e memoráveis. O sonambulismo, por outro lado, ocorre durante o sono NÃO REM, quando ainda há tônus muscular.

Conclusão

Compreender o ciclo circadiano, os mecanismos do sono e da vigília, bem como as diferentes fases do sono, é essencial para garantir noites tranquilas e dias produtivos. Ao entendermos como nosso corpo regula esses processos, podemos adotar hábitos que promovam um sono reparador e um estado de alerta durante o dia.

Entradas relacionadas:

Etiquetas:
sono vigília tálamo SARA