O Ciclo de Wilson, Tectônica de Placas e Riscos Geológicos
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Risco Geológico: Definição
O risco geológico é a condição, processo, fenômeno ou evento que, devido à sua localização, gravidade e frequência, pode causar danos à saúde ou morte de seres humanos, prejuízos econômicos e danos ambientais.
O Ciclo de Wilson
O Ciclo de Wilson descreve a abertura e o fechamento das bacias oceânicas e a formação e destruição dos supercontinentes, sendo dividido em seis fases:
Erupções Vulcânicas Iniciais
Ocorre o magmatismo inicial, deixando uma área longa. Forma-se uma linha de falha extensa que divide a placa litosférica em duas.
Formação do Vale do Rift
A fratura incipiente da fase anterior é alargada e definida. Na parte central da abertura encontra-se o magma, que forma a litosfera oceânica jovem. A presença de magma em profundidade provoca um inchaço da litosfera, formando um domo térmico. Na parte central deste domo, encontra-se o chamado Vale do Rift, cercado por elevações topográficas.
Expansão do Assoalho Oceânico
O novo magma, ao tentar escapar pela abertura, empurra o material anterior já solidificado, produzindo o movimento divergente das placas em ambos os lados da fratura. A saída de magma faz com que a litosfera oceânica cresça e o fundo do oceano se expanda, até que ocorra uma fratura em uma das margens em contato com a litosfera continental. A partir desta fratura, inicia-se uma zona de subducção.
Início da Subducção
O processo de subducção consumirá, pouco a pouco, a litosfera oceânica, aproximando-se da litosfera continental que possa existir em ambas as placas e deformando os sedimentos acumulados no fundo do oceano.
Fechamento do Oceano
A dorsal oceânica que separava as placas também pode ser introduzida pela zona de subducção. O fundo do mar continua a diminuir, pois parte da litosfera oceânica é subduzida sob a outra, enquanto os sedimentos oceânicos são comprimidos, até que os continentes entrem em contato.
Colisão Continental
Quando dois continentes colidem, surge uma cordilheira que apresenta muitas linhas de sutura ou bandas de deformação, como o Himalaia. Posteriormente, a cordilheira sofre erosão até retornar ao estado inicial do ciclo.
Limites entre os Tipos de Placas Tectônicas
Limites Construtivos (Divergentes)
Estas são áreas onde existem tensões de tração, que tendem a separar as placas. Isso provoca uma diminuição da pressão em profundidade e a formação de um magma basáltico (muito fluido). O magma sobe entre as duas placas e, após a solidificação, forma nova litosfera oceânica. As áreas de limite construtivo são representadas pelas dorsais oceânicas.
Limites Destrutivos (Convergentes)
Ocorrem entre placas opostas devido ao estresse de compressão. Nesta ocasião, a placa mais fina e densa (em geral, a oceânica) mergulha sob a outra e se aprofunda no manto plástico. Assim, a litosfera oceânica é destruída, e essa destruição é compensada pela formação de litosfera nas dorsais. As zonas de subducção são os limites destrutivos.
Limites Neutros (Transformantes)
Estas são áreas em que a relação entre duas placas ocorre pela tensão de cisalhamento devido ao movimento lateral entre elas. Não é criada nem destruída litosfera, mas ocorrem terremotos como resultado do atrito entre as placas, resultando em falhas transformantes.
Fatores de Risco Geológico
Perigo (Hazard)
É a probabilidade de ocorrência de um evento de risco específico, com uma intensidade e magnitude definidas. É calculado com base na frequência e violência com que o risco ocorre em uma determinada área. A partir destes dados, são desenvolvidos mapas de risco úteis para a predição.
Exposição
Refere-se ao número de pessoas, animais ou bens que podem ser afetados pelo risco. Se o evento ocorrer em uma área despovoada, o risco é muito menor ou mesmo nulo, em comparação com um espaço superlotado.
Vulnerabilidade
Quantifica a relação entre a porcentagem de vítimas ou prejuízos em relação à exposição total. Quando terremotos da mesma magnitude ocorrem em áreas com diferentes níveis de desenvolvimento econômico, podem provocar danos muito distintos, mesmo que a exposição seja semelhante.
Evidências da Deriva Continental
Evidências Geológicas
Baseiam-se na correlação entre estruturas geológicas (crátons e cinturões orogênicos) em ambos os lados do Atlântico.
Evidências Paleontológicas
Baseiam-se na presença de fósseis de fauna e flora muito semelhantes em áreas continentais que estão distantes ou separadas por uma vasta massa oceânica.
Evidências Paleoclimáticas
Baseiam-se na localização de certas rochas que indicam condições climáticas específicas em regiões do globo que atualmente possuem um clima muito diferente.