Cidades Saudáveis e Agenda 21 Local

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Cidades Saudáveis e a Participação Cidadã

O fracasso de algumas iniciativas ambientais deveu-se à falta de envolvimento dos cidadãos nas decisões sobre o meio ambiente. Para criar uma cidade saudável, é necessário mudar de situações paternalistas para cargos de responsabilidade compartilhada e controle do cidadão.

Projeto Cidades Saudáveis

O projeto Cidades Saudáveis tem quatro elementos básicos:

  • Desenvolvimento de conceitos para a adoção de planos de saúde com base na ação de promoção da saúde.
  • Desenvolvimento de modelos para a prática da ação.
  • Vigilância e investigação sobre a eficácia dessas iniciativas.
  • Divulgação de ideias e experiências entre as cidades do mundo para colaboração, aprendizagem e apoio mútuo.

A metodologia é derivada dos princípios da saúde e, portanto, tem como principal o trabalho intersetorial.

Os passos a serem seguidos, de acordo com as recomendações da OMS, são os seguintes: uma vez que se tenha um compromisso do governo local, deve-se analisar a situação da saúde na cidade, os problemas e as necessidades identificadas com a participação de todos os parceiros sociais e cidadãos como base para desenvolver um plano de ação.

O objetivo final de Cidades Saudáveis é estabelecer políticas locais que levem em conta a saúde e sejam capazes de promovê-la, mudando o ambiente no qual as pessoas vivem.

Os serviços de saúde também devem estar envolvidos neste processo e podem fazê-lo em todas as fases e de diferentes maneiras, sendo essencial introduzir mudanças na forma como funcionam.

O papel dos serviços de saúde e dos profissionais, em particular, é crucial no processo de formação das pessoas sobre questões de saúde.

Na experiência do desenvolvimento de Cidades Saudáveis em diferentes países, o envolvimento dos profissionais de saúde tem sido muito variado e determinado pela relação entre os governos locais e os serviços de saúde.

O alargamento do projeto das Cidades Saudáveis tem sido rápido e produtivo. O desenvolvimento da política municipal de saúde tem sido possível graças ao apoio dos atores locais.

A rede para compartilhar informações e experiências, difundir ideias e modelos de boas práticas e apoio mútuo e de outras instituições tem sido uma das bases da dinâmica do projeto.

Os problemas mais importantes para seu desenvolvimento foram as dificuldades encontradas no trabalho de colaboração intersetorial e em obter uma participação real e efetiva dos cidadãos.

Sua vulnerabilidade é a falta de raízes na população e os métodos de trabalho técnico e político.

Os participantes e os que aprenderam a aprender e continuar o processo, para cada fase, objetivos mais avançados e tentar resolver os problemas existentes.

Desenvolvimento Local Sustentável

A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, aprovou a Agenda 21, um manifesto mundial para o desenvolvimento sustentável, que abrange a proteção económica, social, cultural e ambiental.

Após a Conferência Europeia sobre Cidades Sustentáveis, realizada em Aalborg, em 1994, várias autoridades locais europeias assinaram a Carta das Cidades Europeias pela Sustentabilidade. Isso levou à campanha europeia de participação na Agenda 21.

Mais tarde, em 1996, na Conferência de Lisboa, foi aprovado o documento intitulado "Da carta à ação", que define as diretrizes:

  • Preparação do governo local para o processo.
  • Criação de estratégias para a participação da comunidade.
  • Orientação e planejamento.
  • Ferramentas de gestão da sustentabilidade.
  • Aumento da sensibilização e da educação.
  • Colaboração e cooperação.

As estruturas locais são adaptadas para facilitar o trabalho conjunto entre os setores e a participação da comunidade para efetuar a mudança.

Agenda 21 Local e Fóruns Cívicos

O desenvolvimento local sustentável é um processo que requer o envolvimento de todos os interessados na construção de uma cidade.

Os diversos movimentos internacionais com vista à criação de ambientes urbanos de alta qualidade para a vida, como Cidades Saudáveis ou a Agenda 21, consideram a participação do cidadão uma necessidade.

O desenvolvimento local da Agenda 21 tem incentivado a criação de fóruns cívicos:

  • Mulheres, crianças e jovens: muitas vezes negligenciados pelos governos e atividades profissionais.
  • ONGs.
  • Governos locais.
  • Sindicatos: participação na promoção de uma produção mais limpa e promoção de práticas de trabalho seguras.
  • Indústria e Comércio: para a oportunidade da promoção.
  • Agricultura: pela sua importância na economia e recursos.
  • Ciência e tecnologia: melhorar a comunicação.

As dificuldades de participação são determinadas em grande parte pela falta de democracia que se sofreu por muitos anos, o que levou à falta de habilidades de tomada de decisão dos cidadãos.

A criação de fóruns de cidadãos levou à oportunidade de participar de uma cooperação para construir o melhor desenvolvimento para a cidade.

Temos de encontrar objetivos comuns, com base na diversidade de opiniões e, para aproveitar esta oportunidade, é necessário: promover atitudes positivas em todos.

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