Cirque Du Soleil: Inovação, Gestão e Resiliência

Classificado em Outras materias

Escrito em em português com um tamanho de 5,36 KB

O Cirque du Soleil foi criado em 1984 por uma trupe de artistas de rua, tendo como seu primeiro palco uma pequena cidade perto de Quebec, no Canadá. O nome de Guy Laliberté, um dos artistas, é relevante para familiarizarmos e entendermos a proposta e o trabalho multifacetado do Cirque du Soleil para o público.

Laliberté, CEO e presidente, administrava parte das competências do Cirque du Soleil, dividindo as tarefas com Daniel Gautier. Laliberté era responsável, também, pela maior parte da produção. Em 1998, quando Laliberté comprou a parte de Gautier, abraçou, sem reservas, a gestão total do Cirque du Soleil.

O empirismo de Laliberté foi um fator salutar para o início do crescimento do Cirque du Soleil. Notadamente, a proposta circense do Cirque du Soleil foi um diferencial para uma experiência virtuosa que trazia um circo sem animais, com pessoas de várias nações e culturas diferentes. Ou seja, valores muito diversificados, contudo, falava-se a mesma língua naquele ambiente: a linguagem da arte.

A Gestão em um Cenário de Mudanças Constantes

Artistas criativos eram contratados para serem inovadores em um mundo que fomentava constantes mudanças e encontravam novos desafios a cada nova apresentação.

O Cirque du Soleil transcendia fronteiras e costumes. Era esperado que tais variáveis implicassem diretamente no modelo de gestão a ser adotado para consolidar a médio e longo prazo os resultados. Em outras palavras, o modelo de gestão deveria acompanhar a virtuosidade dos funcionários, do público e do cenário oscilante do mercado.

Uma das estratégias de Laliberté foi descentralizar a administração do Cirque du Soleil em três divisões regionais: uma na América do Norte, uma segunda na Ásia e a outra na Europa. Entretanto, esse modelo não funcionou, voltando a ser centralizado em Montreal.

Laliberté era criativo, carismático, sóbrio e mantinha a resiliência quanto à sua administração, costumando transformar as dificuldades em oportunidades, como veremos no decorrer do texto.

Superando Impasses e Riscos de Saturação

Na crescente trajetória do Cirque du Soleil, alguns funcionários diziam que os espetáculos não eram originais quando comparados a outros. Algumas turnês tiveram pouco sucesso e baixo rendimento. Os custos aumentavam à medida que as turnês se desenvolviam. Na América do Norte, a preocupação com a saturação era um risco iminente.

A gestão precisou encarar diversas dificuldades para prosseguir, incluindo:

  • Diversificação e inclusão de outros tipos de produtos;
  • Concorrência e preço dos ingressos;
  • Captação de novos membros;
  • A reinvenção dos espetáculos;
  • A possibilidade de desgastar a imagem do Cirque;
  • Como levar o Cirque du Soleil ao público de renda mais baixa.

O planejamento estratégico foi uma peça atuante para resolver tais impasses entre os membros da equipe e entre o Cirque e o mercado.

O fator humano, juntamente com a engenhosidade da equipe, amparados por uma ótima gestão que soube ponderar e superar as adversidades, trouxe um fôlego renovado e uma forma de transformar cada situação vulnerável em um crescimento exponencial do conhecimento, que foi empiricamente favorável ao grupo.

Laliberté protagonizou cada momento do Cirque du Soleil, momentos bons, momentos bastante delicados e uma gama de outros impasses. Conseguiu educar o crescimento econômico e midiático do Cirque du Soleil. Mostrou-se capaz de gerir o leque do conhecimento disponível na equipe e, na alta rotatividade dos funcionários, aprendeu a mensurar pontos importantes a serem considerados na engrenagem que traz o funcionamento dos espetáculos. Ou seja, valorizava seus artistas e a importância por detrás deles, como a família, o conforto e o crescimento dentro do ambiente circense, sem tentar engessá-los. Tudo isso sem abrir mão dos resultados econômicos e do crescimento financeiro de cada participante desse espetáculo.

O público se tornou um fiel mensurador e agregador de resultados. A emoção, o agradecimento de cada espectador e a espera pelo retorno de um novo show com uma nuance renovada, forneceu a esse circo uma garantia de crescimento contínuo e um panorama fundamentado na qualidade, sólido e, ao mesmo tempo, cativante, transformando o Cirque du Soleil em um exemplo que dificilmente será esquecido no mundo em que atua.

Características da Gestão e Lições Aprendidas

O texto transmite uma sensação de novidade ao apresentar a proposta do Cirque du Soleil e mostra a resiliência de Laliberté ao lidar com os impasses da equipe e o poder de mutabilidade do mercado. As fragilidades na forma de administrar uma equipe tão miscigenada e o crescimento na gestão do conhecimento e da rotatividade dos funcionários são pontos centrais. Apresenta também uma flexibilidade com relação ao acolhimento de cada situação diferente e ensina a transformar dificuldades em oportunidades.

O texto é desenvolvido em partes que mostram a história, o produto, a experiência dos artistas, o desafio, a experiência dos funcionários, a vida durante as turnês, a experiência dos clientes, a vida no escritório central e finaliza com os problemas e o plano estratégico.

Entradas relacionadas: