Classes Sociais na Espanha Liberal (Século XIX)

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Dissolução das Classes Privilegiadas

Em Espanha, as classes privilegiadas deixaram de existir com a configuração do Estado liberal no século XIX, quando a nova legislação impôs a igualdade jurídica dos cidadãos. No novo sistema liberal, todos os grupos sociais pagavam impostos, eram julgados pelas mesmas leis e tribunais, e tinham um direito político igual. Isso colocou toda a população numa única categoria jurídica: a dos cidadãos.

A diferença social passou a ser fixada em função da riqueza, e não mais da situação jurídica, e as pessoas eram definidas por uma determinada classe social.

A abolição das leis especiais que beneficiavam a nobreza fez com que esta perdesse os seus privilégios legais, embora mantivesse a sua função social e poder económico.

Com o clero, o processo de secularização e de retirada teve um grande efeito sobre o poder da Igreja. As leis de desamortização promulgadas pelo poder político levaram muitos monastérios a ficarem vazios. Com a perda do poder económico, o número de membros do clero diminuiu para metade no século XIX.

Apesar disso, a Igreja Católica manteve em Espanha grande influência e poder social. A hierarquia da Igreja tinha grande fluxo político e o seu modo de vida era semelhante ao das classes superiores.

No momento da Restauração, a ascensão de clérigos e membros de ordens religiosas foi significativa.

A Nova Organização Social

As classes sociais eram grupos inteiramente abertos. Na Espanha liberal do século XIX e XX, surgiram dois grandes grupos sociais:

  • A Burguesia Urbana: Definida pela riqueza, proveniente de propriedades industriais e agrícolas, rendas, capital ou trabalho.
  • O Proletariado: Formado por pessoas que possuíam apenas o trabalho remunerado.

Na nova estrutura social, podemos identificar:

  • Classes Superiores: Incluíam os grandes latifundiários (nobres e não-nobres).
  • Pequena e Média Burguesia Urbana (Classe Média): Incluía funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos comerciantes.

A atuação da classe trabalhadora na nova sociedade industrial diferia das formas de rebeldia características do Antigo Regime. A desigualdade de riqueza e as duras condições de vida criaram novos movimentos sociais e ideológicos.

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