Classificação, Características e Estrutura dos Contos de Fadas
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O Jogo das Histórias: Classificação e Tipos Narrativos
Existem diversas maneiras de classificar as histórias. Segundo Pelegrin e Ana, podemos dividi-las em:
Contos da Tradição
Histórias transmitidas oralmente de geração em geração. Em diferentes momentos da história, diversos autores as registraram, e muitas delas chegaram até nós desta forma.
Classes de Contos da Tradição
- A Fórmula: Sua estrutura é fixa. Nesses casos, é necessário aprender a fórmula para contar a história. O tempo mínimo é logo no início (a fórmula serve para abrir e fechar a história, o resto é deixado à imaginação) ou no final (a estrutura permite brincar com ela e fazer com que a história termine quando o ouvinte não presta mais atenção).
- Cumulativa: Estrutura especialmente formulada para encadear elementos e acumulá-los. Estrutura repetitiva.
- Contos de Animais ou Contos de Fadas: São os mais antigos de que se tem notícia. Surgem no Paleolítico e, posteriormente, os animais podem se transformar. Também são chamados de "contos de fadas", mesmo que não contenham necessariamente este personagem, mas sim um elemento maravilhoso.
Histórias Atuais
Histórias escritas para as crianças. Ninguém pode alterar o seu conteúdo.
Características dos Contos de Fadas
- Há sempre a presença do elemento maravilhoso.
O que é uma Fada?
Este nome deriva da palavra "fatum", que significa destino. A fada representa o destino do homem e aparece nos contos em certos momentos. Geralmente são benevolentes, mas por vezes também colocam à prova. Podem ser enfadadas por heróis e espíritos. São seres livres e possuem poderes, muitas vezes simbolizados pela varinha mágica. Quase sempre beneficiam o herói ou a heroína.
Personagens
Os personagens são frequentemente crianças pobres ou jovens em idade de casar. Os tipos de personagens são extremos (muito bonitos ou muito feios; muito bons ou muito maus). Não existem termos médios (um castelo ou uma casa extremamente pobre).
Tipos de Personagens por Idade:
- Principal: Crianças ou jovens.
- Secundário: Pais, que tendem a se repetir. O papel da mãe é frequentemente mais importante que o do pai, que só aparece ocasionalmente (carpinteiros, moleiros, agricultores – representam a sociedade que sofre e trabalha).
Estamos diante de "tipos de caracteres", que aparecem e se comportam sempre da mesma maneira, permitindo que as crianças os identifiquem perfeitamente. Um dos personagens que sempre aparece de forma negativa é a madrasta, em oposição ao caráter da mãe.
Ações e Cenários
As ações são realizadas em lugares que não são descritos, mas listados através de uma série de símbolos que vão além do significado usual. Estes símbolos ajudam a desenvolver a lógica e o imaginário.
Elementos Simbólicos
- A Floresta:
- Repetitiva. Indica que é um lugar perigoso. Algo acontecerá ao personagem se ele entrar nela.
- A Árvore:
- Símbolo de sabedoria, compreensão e conhecimento.
- A Luz:
- Tranquilizadora. Símbolo de esperança.
- O Lar/A Casa:
- Refúgio seguro. Lugar de salvação e tranquilidade.
Os eventos mostram que pertencem a épocas passadas e têm a ver com o folclore dos povos, mas no fundo abordam um tema humano que se manteve ao longo do tempo. Do ponto de vista psicológico, são perfeitos para as crianças.
Os finais felizes frequentemente incluem um castigo cruel para os personagens que encarnam o mal, embora nas adaptações atuais o castigo seja frequentemente retirado.
Estrutura Narrativa
Estrutura Externa e Interna
A estrutura externa é composta por: Início, Meio e Fim (apresentação).
A estrutura interna foi analisada por Propp. Ele demonstrou que todos os contos de fadas existentes compartilham a mesma estrutura, passando por um conjunto de 31 funções. Nenhum conto utiliza todas as 31 funções, mas todos os contos de fadas já existentes passaram apenas pelas funções que lhes eram mais adequadas.