Classificação dos Cordados: Urocordados e Vertebrados

Urocordados (ascídias): Vivem presas a pedras em águas rasas e formam colônias. Os adultos têm 2 sifões: um traz a água com alimento e pelo outro saem os resíduos, água e os gametas. Não há órgãos para a excreção e de um gânglio saem nervos para o corpo. São hermafroditas, com fecundação externa, e também podem ter reprodução assexuada por brotamento, originando colônias. Quando passam para o estado adulto, a cauda regride e com ela a notocorda e parte do tubo neural.

Vertebrados: A maioria possui notocorda apenas na fase embrionária, em geral substituída por coluna vertebral cartilaginosa ou óssea.

Classificação:

Ectotérmicos: Usam energia de fora (do sol) para controlar sua temperatura.

Endotérmicos: Usam a energia do metabolismo para controlar a temperatura corporal (aves, mamíferos).

Os vertebrados são divididos em 7 classes:

Agnatos: Lampreias e feiticeiras, vivem no mar ou em água doce. Sem mandíbulas, possuem uma boca circular sugadora. Na lampreia, a boca funciona como ventosa, que o animal usa para se fixar no corpo de outros peixes e sugar sangue e tecidos. Não têm nadadeiras pares nem escamas, o esqueleto é cartilaginoso e a notocorda persiste por toda a vida.

Condrictes: Tubarão, raia, quimera, animais marinhos com esqueleto de cartilagem calcificada, possuem boca com mandíbula. Na epiderme há glândulas produtoras de muco e escamas. A boca é ventral, com várias fileiras de dentes pontiagudos. Possuem de 5 a 7 pares de brânquias e nadadeiras pares (maior velocidade, mais estabilidade, maior capacidade de subir e descer na água) e ímpares. A fecundação é interna e o desenvolvimento é direto. A maioria das espécies é ovípara (elimina os ovos, que se desenvolvem no exterior) ou ovovivípara, como muitos tubarões (os ovos ficam dentro da mãe à custa de uma reserva de alimento, o vitelo).

Osteíctes: Epiderme estratificada, esqueleto ósseo. Nadadeiras mais flexíveis, que ajudam na mudança de direção e permitem manobras mais rápidas. Possuem boca anterior, com dentes iguais, mandíbulas, fígado, pâncreas e intestino. 4 ou 5 pares de brânquias cobertas pelo opérculo (acionado por um músculo, aumenta a eficácia da circulação de água e troca de gases nas brânquias). Esses peixes possuem bexiga natatória, bolsa ou saco de gás que ajuda na flutuação e permite manter o equilíbrio em diferentes profundidades sem muito esforço muscular. Sexos separados e, em geral, a fecundação é externa. Parecido com o embrião adulto, o embrião é chamado de alevino e possui uma estrutura com reserva nutritiva, o saco vitelínico.

Anfíbios: Sapos, rãs e pererecas, salamandras, cecílias, são dependentes de água, sobretudo em relação à reprodução, com uma larva aquática, chamada de girino no caso dos sapos e rãs. A pele é lisa, sem escamas, e mantida úmida graças a glândulas mucosas, assim ela tem papel importante para a respiração do adulto (a larva respira por brânquias). Muitos possuem glândulas produtoras de veneno na pele; nos sapos há glândulas paratóides, que se abrem nos lados da cabeça e liberam veneno. Fecundação externa. O macho abraça a fêmea e, à medida que ela elimina os óvulos, ele lança os espermatozoides. Do ovo forma-se o girino, larva com cauda, sem pernas e de respiração branquial, que evolui passando por metamorfoses: regressão da cauda e desenvolvimento das pernas e pulmões.

3 ordens:

• Anura: Sapos, rãs e pererecas, possuem pernas e não caudas.
• Urodela: Salamandras e tritões, pernas e caudas.
• Gymnophiona: Cecílias, corpo alongado e sem pernas.

Répteis: Pele impermeável e seca evita a desidratação e permite a sobrevivência em ambientes muito secos. Fecundação interna, desenvolvimento do embrião ocorre em um ovo com casca. Sexos separados e a maioria é ovípara, mas há casos de ovovivíparos, como algumas cobras.

Grupos:

• Quelônios: Carapaça óssea (tartarugas, jabutis).
• Crocodilianos: Escamas córneas (jacarés).
• Archossauria: Dinossauros (répteis que dominaram o planeta na era mesozóica). Hábitos: carnívoros e herbívoros. Locomoção: bípede e quadrúpede. Causas da extinção: impacto de um asteroide no México - provocou alterações climáticas - causas mais importantes: alimentos se tornaram escassos, determinação sexual foi influenciada (+machos ou +fêmeas).

Aves: Ossos pneumáticos que reduzem o peso corporal, presença de penas que formam as asas e controlam a temperatura do corpo (homeotérmicos), boca é formada por um bico córneo sem dentes (redução do peso), o tubo digestivo possui um papo (para a digestão químico-enzimática) e moela (digestão mecânica - órgão triturador), possuem uma glândula denominada uropigial que produz a secreção que impermeabiliza as penas e hidrata o bico córneo. Geralmente as aves possuem um osso esterno bastante desenvolvido para sustentar a inserção da musculatura peitoral adaptada ao voo.

Classificação:

• Ratitas: Sem quilha de osso esterno bem desenvolvido.
• Carenatas: Com quilhas.

As pernas e pés das aves são revestidas por placas dérmicas que sustentam a classificação como descendentes de répteis. As aves não possuem glândulas sudoríparas, excretam ácido úrico junto com as fezes através da cloaca (mecanismo para evitar a desidratação), a fecundação é interna e o desenvolvimento é direto (filhote parecido com o adulto), são ovíparos, os ovos com casca (relação de parentesco com os répteis).

Mamíferos: Apresentam as glândulas mamárias, sebáceas e sudoríparas, apresentam pelos e tecido adiposo na derme, são homeotérmicos (com capacidade de regulação da temperatura corporal), os dentes são especializados (incisivos, caninos, pré-molares e molares) que demonstram o acesso a diferentes tipos de alimentos, a fecundação é interna e direta, são vivíparos, porém há ovíparos, o filhote se desenvolve dentro do útero materno, obtém nutrientes da mãe a partir do sangue por meio da placenta.

Classificação:

• Prototheria: Possuem cloaca e fazem postura de ovos, ex: ornitorrincos.
• Metatheria: Possuem placenta temporária e os filhotes se desenvolvem no marsúpio, ex: gambá, canguru.
• Eutheria: Possuem placenta permanente: humanos.