Componentes do Citoesqueleto e outras Estruturas Celulares

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Filamentos de Actina

Cofilina: Responsável por despolarizar monômeros de actina.

Profilina: Proteína que se associa aos monômeros solúveis, impedindo que sejam polimerizados.

Timosina: Mesma função da profilina; há troca de monômeros mediada por ela e pela profilina.

Complexo Arp2/3: Proteínas relacionadas à actina, que iniciam a polimerização de um filamento, fazendo com que haja acoplamento de monômeros num sítio específico, promovendo o alongamento do filamento de actina.

Gelsolina: Tem o papel de clivar o filamento delgado de actina quando este adquire um comprimento excessivo, a fim de deixá-lo num tamanho adequado à função que irá desempenhar.

Miosina

Miosina II: Abundante, dotada de atividade ATPásica, molécula alongada, constituída por duas cadeias pesadas e quatro leves. As cadeias pesadas se associam em hélice e formam a parte alongada da molécula, com uma extremidade globular. Nos filamentos espessos, as moléculas de miosina II se associam através de porções de bastão. Elas se deslocam em direção às extremidades dos filamentos de actina. Qualquer movimento celular é mediado pela actina e pela miosina, através da interação entre a cabeça das moléculas de miosina II e os monômeros dos filamentos.

Miosina I: Motor molecular presente em células não musculares, envolvida no movimento de vesículas ao longo de filamentos de actina e no movimento de feixes de filamentos de actina nos microvilos.

Filamentos Intermediários

Esses filamentos são componentes filamentosos do citoesqueleto de natureza proteica e características flexíveis, envolvidos na manutenção da resistência a forças de tensão e estresses mecânicos. São encontrados na lâmina nuclear, nas células de tecidos conjuntivos, musculares, nos astrócitos e nas células de Schwann, nas células epiteliais e nos neurônios. A diversidade de proteínas dos filamentos intermediários e sua correlação com os grupos principais de tecidos é útil sob o ponto de vista clínico, por permitir o diagnóstico de diferentes tipos de cânceres através da imunocitoquímica.

Redes de Actina

É uma disposição em trama tridimensional dos filamentos de actina, organizados devido a proteínas de associação, associada à membrana plasmática de células móveis.

Microtúbulos

MAP2: Proeminentes em neurônios, cujos microtúbulos devem se manter estáveis para sustentação dos dendritos e axônios.

MAPs Motoras: ATPases que se utilizam dos microtúbulos como trilhos para o carreamento de vesículas e pequenas organelas.

Centro Organizador de Microtúbulos: Centrossoma, local de formação de microtúbulos, constituído por um par de centríolos circundados por um material amorfo. Os sítios de nucleação se encontram na matriz pericentriolar e são denominados complexos anelares de γ-tubulina.

Axonema Ciliar: É formado por proteínas acessórias e microtúbulos. Estes estão modificados e dispostos em um padrão: nove microtúbulos duplos estão dispostos formando um anel ao redor de um par de microtúbulos simples. O par central é formado por microtúbulos completos. Em contrapartida, os pares externos são compostos por um microtúbulo completo e um parcial, mantidos unidos compartilhando uma parede tubular comum. Os microtúbulos estão associados com proteínas, sendo as principais a dineína, responsável por gerar a força que dirige o movimento de curvatura de um cílio ou flagelo, e a nexina, que mantém os pares de microtúbulos externos unidos através de pontes transversais.

Corpúsculos Basais: Possuem as mesmas formas dos centríolos que estão inseridos na região central dos centrossomos animais, que se chama de grupos de tripletes de microtúbulos fusionados. Essas estruturas enraízam firmemente os cílios. Cada corpo basal forma a parte inferior de um axonema ciliar.

Outras Estruturas Celulares

Peroxissoma: A catalase é a principal enzima encontrada nos peroxissomas. Ela usa o peróxido de hidrogênio para oxidar uma série de outros substratos pela reação de peroxidação. Além disso, a catalase o converte em oxigênio e água. Os peroxissomas também possuem enzimas envolvidas na β-oxidação de ácidos graxos e sua conversão para acetil-CoA e nas primeiras reações da formação de plasmalógenos.

Lâmina Nuclear: Está presente no núcleo interfásico. É uma trama tridimensional formada por filamentos intermediários constituídos pelas proteínas lâminas A, B e C, associadas à superfície nuclear da membrana nuclear interna. Sua função é proporcionar sustentação ao envoltório nuclear.

Poro Nuclear: O envoltório nuclear é perfurado a intervalos irregulares pelos complexos de poros nucleares, que são estruturas que perfuram o envoltório nuclear, permitindo o trânsito seletivo de substâncias entre o núcleo e o citossol, em ambos os sentidos. Cada complexo de poro nuclear é formado por cerca de 30 tipos de nucleoporinas, determinando uma simetria octogonal. O trânsito nos canais aquosos dos poros nucleares é bidirecional.

Polimerização

Filamentos de Actina: Deve haver equilíbrio entre a concentração de actina livre no citossol e actina polimerizada nos filamentos. De acordo com a necessidade funcional, a actina sofre ciclos de polimerização e despolimerização.

Microtúbulos: Quando se polimerizam, formam correntes citoplasmáticas.

Cromatina

Material corável e visível em um núcleo interfásico, formado pelo DNA e proteínas acessórias. Há dois tipos de cromatina: eucromatina (desespiralizada e disponível para transcrição) e heterocromatina (espiralizada e indisponível para transcrição).

  • ME (Microscopia Eletrônica): Eucromatina: aspecto eletroluscente; Heterocromatina: elétron-denso.
  • MO (Microscopia Óptica): Eucromatina: pouco corado; Heterocromatina: muito corado.

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