Comportamentos Prejudiciais no Ambiente de Trabalho

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Definição de Organização

Entidade constituída por duas ou mais pessoas, que procuram alcançar um ou mais objetivos comuns. Para que estes se concretizem, é necessário que as pessoas envolvidas estejam devidamente coordenadas.

Comportamentos Prejudiciais no Ambiente de Trabalho

Exemplos de comportamentos do indivíduo em contexto de trabalho que podem ser muito prejudiciais ao funcionamento das organizações:

  1. Absentismo – Impacto na Satisfação

    O indivíduo não comparece ao trabalho no dia em que é suposto, apesar de por vezes surgirem imprevistos. É muito prejudicial para a organização, uma vez que, se essa pessoa faltar, a organização terá encargos desnecessários, como, por exemplo, a substituição dessa pessoa por outro trabalhador. Se os clientes forem afetados, podem não ser devidamente satisfeitos, e pode haver falha em projetos de equipa, entre outros.

  2. Presentismo – Impacto na Satisfação

    Refere-se à "nossa capacidade de fazermos o que estamos a fazer", ou seja, mostrar que se está a fazer muito, mas na realidade não se está a fazer nada. É tão prejudicial ou pior que o absentismo. Quando uma pessoa não está a fazer algo de que gosta, possivelmente não o fará bem, o que se relaciona com o nível de satisfação. Advém de um trabalho pouco organizado e mal dividido. Pode ser fomentado pela organização através do que se designa por longas horas de trabalho, isto é, a valorização, por parte da chefia, do trabalho até tarde, levando as pessoas a criar a impressão de que estão a trabalhar bastante. É uma gestão de aparências que justifica a ação dos colaboradores. Quando o chefe não está presente, tudo para nesse exato momento. Nunca é benéfico e é um tema bastante discutido na função pública.

  3. Workaholism

    Pessoas que não conseguem desligar do trabalho. São viciadas e não veem mais nada na vida para além do trabalho. É o oposto do presentismo. Existem opiniões divergentes em relação ao impacto que este comportamento tem nas organizações: há estudos que indicam ser benéfico, enquanto outros o consideram prejudicial. No entanto, o que mais se tem verificado atualmente é que é benéfico para as organizações. Apesar de todo o esforço dedicado ao trabalho, estas pessoas não possuem vida privada, ou seja, são incapazes de se relacionarem com os colegas, de desenvolver criatividade ou flexibilidade. No fundo, não se desenvolvem como seres humanos.

  4. Alcoolismo e Drogas

    Refere-se ao consumo de substâncias fora do local de trabalho. Normalmente, o ser humano não gosta de viver em conflito consigo próprio, procurando justificar os seus comportamentos para apaziguar problemas e vícios. Pode pôr em risco a vida e a segurança dos que o rodeiam, além de causar efeitos graves no desempenho.

  5. Roubo e Fraude

    O roubo não tem de ser necessariamente material. A maioria das organizações possui um código de ética. Como em tudo na vida, há uma distância entre o que deve ou não corresponder à realidade das palavras e o que é moralmente correto. Existem roubos e fraudes que procuram ser justificados.

  6. Assédio

    Não tem de ser necessariamente sexual; pode ser psicológico ou moral. Neste clima de crise, onde existem muito mais pessoas à procura de emprego, há uma forte motivação de culpa. Essa motivação culpabilizante reflete-se na expressão: “se não trabalhas, queixa-te”. É prejudicial para a própria dignidade, pois, além de se viver num cenário de pânico e ameaça constante com medo de trabalhar, a pessoa torna-se frágil perante estas adversidades. É muito difícil de ser exposto, dado que as vítimas vivem com medo de denunciar e receio das represálias que possam sofrer. No entanto, tudo pode ser avaliado de forma subjetiva, e cada vez mais as gerações encaram isto com alguma normalidade.

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