Compreendendo a Constituição do Sujeito Psíquico

Classificado em Psicologia e Sociologia

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TRIEB: força que impele, que coloca em movimento = por isso PULSÃO - do francês tem o sentido de impulsionar / vontade intensa, ímpeto, impulso, carência, desejo, disposição / Necessidade fisiológica ou necessidade psicológica. Pulsão: conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático, como o representante psíquico dos estímulos que se originam no interior do corpo e alcançam a mente. / Pressão ou força que faz o organismo tender para um objetivo: TENSÃO, por isso é prazerosa. / É responsável pelo início da diferenciação entre dentro e fora - Eu e não eu. / Realização alucinatória do desejo: o bebê tem fome e, na falta da mãe, ele chupa a seco. Alucinação num primeiro momento esse ato sacia a fome, pois o bebê alucina que teve o alimento; é importante porque são as primeiras experiências de psiquismo = começo da capacidade simbólica - início do Eu (ego). Pulsão é o principal responsável pelo.

Distingue-se de um estímulo externo por:

  • Surgir de fontes de estimulação situadas dentro do corpo.
  • Atuar como força constante; a pessoa não pode evitar pela fuga.

Distingue-se de um instinto por:

  • Sua plasticidade, capacidade de alterar suas finalidades.
  • Possibilidade de se submeter a adiamentos.
  • Pulsões não são apenas "imperativos compulsivos", mas também desejos e carências.

As pulsões aderem a representações e afetos organizados como linguagem - o conflito pulsional se expressa como desejos opostos, que englobam história biológica e significados.

Quatro Elementos da Pulsão:

  • PRESSÃO: é a energia investida / fator quantitativo / medida da exigência de trabalho imposta no aparelho psíquico. Pulsões são sempre ativas, mas podem ter uma finalidade passiva = por causa do sadismo, masoquismo, olhar.
  • FINALIDADE: toda a pulsão busca um prazer, mas cada uma pode ter uma finalidade própria = meta. A meta última é livrar o aparelho psíquico que chega ou reduzi-los ao nível mais baixo - satisfação. São múltiplas, parciais - que não podem ser completas; pulsões procuram prazer local, por exemplo, a boca no bebê, dependentes de fontes somáticas.
  • OBJETO: aquilo que vai satisfazer ou o meio para - graças a ele que a pulsão pode atingir sua meta; é variável, contingente - depende da ocasião e da história do sujeito. O que buscamos quando adultos tem relação ao que vivemos no passado.
  • FONTE: origem da excitação - lugar = zona erógena. Processo que a produz. Seu estudo está fora do campo da psicologia. Embora pulsões sejam determinadas por sua origem na vida mental, nós apenas as conhecemos por sua meta.

Pulsão tem energia = afeto e um representante (-representação) representação ou grupo de representações em que a pulsão se fixa na história do sujeito e encontra sua expressão psíquica. (Representação-palavra: característica da consciência / processo 2º / representação-coisa: característica do inconsciente / processo 1º / qualquer coisa que não se pode nomear).

Teorias das Pulsões

São sempre dualistas - porque Freud sempre pensa o inconsciente como conflitante.

  • TEORIA DA LIBIDO (1910): pulsões sexuais (libido) x pulsões do eu (ego) ou de autoconservação - importante para a vida física, como a fome e a sede.
  • ALÉM DO PRÍNCIPIO DO PRAZER (1920): pulsão de vida [(eros) compreende tudo que falava na teoria da libido / busca a fusão] x pulsão de morte [(thanatos) busca eliminar a vida, estado inorgânico, agressividade, destruição, desfusão]. Ambas estão presentes em todos nós; a manutenção da vida é a fusão entre as duas com predomínio da pulsão da vida. Por exemplo: ambição: se estiver ligada à pulsão de vida, não haverá destruição; se estiver ligada à pulsão de morte, haverá.

Pulsões Parciais

Atuam, em princípio, independentemente uma das outras, buscando prazer do órgão. Somente alcançam uma síntese e se subordinam à zona genital e se integram à função reprodutiva depois de uma evolução complexa que a maturidade biológica não é suficiente para garantir.

Destinos das Pulsões

  • Reversão a seu oposto: mudança da atividade para a passividade / afeta a finalidade da pulsão / ou reversão de conteúdo - amor x ódio. Por exemplo: voyeurismo: se eu não puder satisfazer o meu prazer em olhar, talvez porque ele não queira se mostrar, eu me mostro.
  • Retorno em direção ao eu: a finalidade da pulsão permanece inalterada, mas muda o objeto - por exemplo: passar da heteroagressão para a autoagressão.
  • Recalque / Sublimação: defesas.

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