Comunicação, Gêneros Literários e Semiótica

Comunicação e Seus Elementos

O processo de comunicação consiste na transmissão de informações do ponto de origem ao ponto de chegada. A linguagem da comunicação humana verbal, em todas as suas variantes, é a base da convivência transmissor-receptor.

Relação Bi-Emissor e Receptor: Emissor e receptor trocam seus papéis. Relação unidirecional: do emissor ao receptor, mas não o inverso.

Ruído: Distúrbios na comunicação. A redundância é uma maneira de neutralizar o ruído e assegurar a recepção das mensagens verbais e não verbais.

Comunicação e Signos: Um signo é um objeto físico percebido pelos sentidos, envolvido em processos cognitivos e comunicativos, substituindo outros objetos.

Signos e Códigos

• Signos Naturais: Dependência com o referente.
• Ícones: Dependência da semelhança com o que se quer significar.
• Símbolos: Relação direta com o referente.

Código: Conjunto de sinais e regras que têm uma circulação. Segundo a realidade, a codificação é de dois tipos: comunicação verbal e não verbal. A comunicação não verbal (sentidos), linguagem e imagens, analógica, representa a realidade e tem alguma semelhança com ela. Fotos criadas manipulam a imagem e criam realidades virtuais.

Significado e Significante: O significante é o corpo linguístico, sinal de união solúvel, significativo e sucessão de sons percebidos articulados. O significado é a ideia na mente. O sinal na semiótica é um triângulo: significante ou significado, forma ou conceito, ou realidade.

Características do Sinal

• Arbitrariedade: Não apresenta similaridade na sequência de sons transmitidos.
• Convencionalidade: A relação de significante e significado é um acordo.
• Linearidade: Desenvolve-se no tempo e espaço, com elementos ordenados.
• Dupla Articulação: Monemas e fonemas. Monemas são unidades gramaticais. Fonemas são unidades mínimas contrastivas.

Intenção Comunicativa: O receptor decodifica a mensagem, reconhecendo a intenção do remetente. O efeito pretendido ocorre quando a incidência da mensagem no receptor coincide com o fim do emissor.

Gêneros Literários

Gênero Narrativo (Épico)

Neste gênero, são narrados eventos reais ou imaginários que aconteceram com o autor ou outra pessoa. Sua forma de expressão sempre foi o verso.

Subgêneros Épicos

• Épica: Relata atos que ocorreram na antiguidade. Seus personagens são deuses e seres mitológicos. Exemplos: Ilíada e Odisseia.
• Cantar de Gesta: Relata façanhas realizadas pelos cavaleiros da Idade Média. São lendas heroicas do povo. Exemplos: O Canto dos Nibelungos e Cantar de Mio Cid.
• Épicos: Relata as façanhas de um herói, exaltando um povo.

O gênero narrativo ou narrativa é caracterizado por histórias imaginárias ou fictícias (eventos) que compõem uma história para os sentimentos do autor. A novela é uma mistura entre história e romance, sendo mais longa que uma história curta, mas mais curta que um romance.

História: Uma história de ficção curta que, em seus primórdios, nasceu para ser transmitida oralmente.

Gênero Lírico

Neste gênero, o poeta expressa seus próprios sentimentos. É subjetivo, pois a fonte e o tema de inspiração são o próprio poeta.

Subgêneros Líricos

• Ode: Composição poética na qual o orador lírico expressa sua admiração por algo ou alguém. Pode ser sagrada, heroica, filosófica ou amorosa.
• Elegia: Subgênero que geralmente se refere a um poema de lamento ou um poema triste. A atitude elegíaca é de lamento pela perda: ilusão, vida, tempo, um ente querido, etc. A elegia fúnebre (ou planta na Idade Média) é um poema de luto pela morte de um público ou um ente querido.
• Écloga: Monólogo lírico desenvolvido por um pastor ou diálogo em que pastores contam suas histórias de amor em uma paisagem idealizada.

Gênero Dramático

O drama é para ser representado com espectadores, e a ação dialógica é representada por personagens interpretados por atores em um espaço determinado.

Subgêneros Dramáticos

• Tragédia: Imitação de uma ação elevada, com linguagem completa e nuances. Os personagens agem, e não apenas contam a história. Elementos-chave: catarse das paixões pelo medo e piedade, o herói que leva à sua queda, orgulho excessivo e obstinação, o sofrimento do herói que se comunica com o público.
• Comédia: Imitação do vulgar, ridicularizando costumes e ações de governantes, juízes e filósofos. O final é feliz e visa provocar o riso da plateia.
• Drama: Gênero intermediário entre a tragédia e a comédia.

Gênero Didático (Ensaio)

Subgênero em que um problema é abordado e defendido a partir da perspectiva pessoal do autor.

Subgêneros Didáticos

• Fábula: Composições literárias curtas com personagens que são quase sempre animais ou pessoas com características humanas. As histórias terminam com um ensinamento moral.
• Epístola: Escrita dirigida a uma pessoa ou grupo, geralmente em forma de carta. No Humanismo renascentista, tornou-se um ensaio com estilo formal e intenção didática ou moral.