Comunicação Organizacional: Tipos, Fluxos e Modelos de Relações Públicas

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ORGANIZAÇÃO


Sistema social e histórico, formal, que obrigatoriamente se comunica e se relaciona, de forma endógena, com os seus integrantes e, de forma exógena, com outros sistemas sociais e com a sociedade.


Características:


* São sistemas sociais constituídos por relacionamento entre pessoas.


* São complexas e aplicam divisão do trabalho


* Têm história e memória


* Devem enfrentar os desafios das mudanças.


* Tem identidade


* Querem resultados


TIPOS DE COMUNICAÇÃO


Comunicação intrapessoal é a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma - corresponde ao diálogo interior onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas.


A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar como, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a"bagage" que traz consigo.


Comunicação Organizacional é o tipo ou processo de comunicação geral ocorrida no cotidiano das organizações ou empresas, que ocorre no contexto de uma organização, seja esta pública ou privada. É um metassistema social e tecnológico, que tem como objetivo de estudo os processos comunicacionais, no âmbito das empresas e das instituições, suas redes de relacionamento e sociedade, definido dinamicamente.


FLUXOS DE COMUNICAÇÃO


Descendente – da liderança para as bases – muda a cada camada


Ascendente – dos empregados para cima


Lateral ou horizontal – entre pessoas e departamentos


Transversal – de todos para todos


Circular – organizações mais informais, redes digitais


PIRÂMIDE DE MASLOW


Necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;


Necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;


Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;


Necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros, face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;


Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser.


MODELOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS UTILIZADOS NAS ORGANIZAÇÕES


1. Modelo Agência de Imprensa


Nesse modelo utiliza-se a propaganda, pois busca chamar mais atenção das mídias para os produtos e serviços da organização. As propagandas normalmente são divulgações exageradas. A comunicação é de uma mão, ou seja, não existe o feedback do público perante algo que a organização fale. A meta da organização ao utilizar esse modelo, é controlar ou dominar o ambiente.


2. Modelo Informação Pública


O forte desse modelo é a utilização do jornalismo e da assessoria de imprensa, pois, ele busca dizer a verdade, para evitar que fatos desaforáveis prejudiquem a imagem da organização. É um modelo de uma mão, pois não leva em consideração as opiniões e expectativas do público. Lembrando que, nenhuma situação (crise) se resolve só com assessoria de imprensa.


3. Modelo Assimétrico de Duas Mãos


Nesse modelo a organização sempre irá buscar a razão, para isso ela utiliza a persuasão para convencer seus públicos. Esse modelo é considerado de duas mãos (feedback), pois, utiliza a pesquisa para saber a opinião do público.


4. Modelo Simétrico de Duas Mãos


Esse modelo é considerado ideal, porém utópico, pois ele busca a compreensão mútua, ou seja, que ambas as partes, organização e público, consigam seus objetivos. Utilizasse a pesquisa para saber a opinião do público, por isso é considerado um modelo de duas mãos.


5. Modelo Motivo Misto “win-win”


Esse modelo é a soma do modelo assimétrico com o modelo simétrico, foi criado pela Patrícia Murphy. Nesse modelo não deve ser considerado errado utilizar a persuasão, porém, deve haver o equilíbrio da organização e os seus públicos, por meio da negociação, mediação e o consenso. A linguagem é retórica, ou seja, é modo de como as palavras, ou o discurso, podem convencer o receptor. Utiliza-se, também, a pesquisa, portanto, ele é um modelo de duas mãos.


RELAÇÕES PÚBLICAS


Começou na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, com a industrialização e a chegada das multinacionais. O processo de comunicação permanente e duradouro tem por finalidade consolidar a marca, promover a credibilidade e a reputação, e assim agregar valor aos negócios das organizações.


TIPOS DE PÚBLICOS EM RELAÇÕES PÚBLICAS


1 - Diante de um não-público a empresa não exerce influência sobre ele, nem ele sobre a empresa.


2. Público latente – quando os membros de um grupo enfrentam um problema similar resultante da organização, mas não o detectam.


3. Público consciente – quando o grupo reconhece o problema.


4. Público ativo – quando o grupo se organiza para discutir o problema e fazer alguma coisa a respeito dele.


ASSESSORIA DE IMPRENSA


Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa. Contudo, os assessorados também precisam entender que não são todas as notícias internas da empresa que realmente interessam à imprensa.


Funções da assessoria de imprensa:


* Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.


* Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.


* Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional.


* Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.


* Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.


* Finalmente, mensurar o trabalho, mostrando relatórios consistentes (de preferência usando indicadores ou KPI) aos assessorados com os resultados conquistados.


Investir na relação com a imprensa pressupõe uma série de benefícios:


* Antecipação nas ações de divulgação.


* Utilizar ganchos a partir da pauta diária


* Tornar-se fonte recorrente, etc.


GESTÃO DE CRISE


O gerenciamento de crise é uma atividade que visa minimizar, reduzir ou, se possível, eliminar os impactos causados por essas adversidades, para que a empresa tenha o menor prejuízo financeiro e reputacional possível.


* Desenvolvimento de manual de crises


* Formação de um comitê gestor de crises


* Q&A (Questions and Answers), é uma ferramenta bastante utilizada em assessoria de imprensa. Este documento, muitas vezes sigiloso, contém possíveis perguntas e também prová

veis respostas para muitos assuntos de uma empresa, serviço ou produto.)

* Agilidade nas respostas


* Envolvimento de toda a empresa


* Ninguém fala com a imprensa a não ser os porta-vozes para a crise


O relacionamento com a mídia é um dos vértices que estruturam a comunicação integrada, sem a qual os objetivos comunicacionais têm menor chance de lograrem êxito.

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