Conceitos Chave em Terapia Comportamental

Extinção

• A extinção ocorre quando os reforços terminam ou não estão mais disponíveis e, assim, as pessoas cessam o comportamento – o comportamento é extinto.
• Define-se como sendo o processo de remover uma determinada resposta indesejada por não a reforçarmos.

Exemplo: Uma criança porta-se mal na sala de aula porque quer ter a atenção da professora e dos colegas. Se a professora e os colegas deixarem de dar atenção a esse comportamento, ele tenderá a diminuir e eventualmente extinguir-se.

Generalização

• Quando um comportamento é reforçado de forma consistente, pode ser generalizado a outras situações.
• Um pai elogia a sua filha pelas excelentes notas a matemática. A filha percebe o elogio como um reforço, e assim começa a generalizar o seu comportamento a outras disciplinas e áreas.
• A tarefa importante é aprender a como generalizar o comportamento adequado a outras situações.
• Podemos fazer generalizações positivas ou negativas.
• Também podemos sobregeneralizar.
• Estereótipos sociais ou raciais são também sobregeneralizações.

Discriminação

• Tal como na generalização, também podemos aprender a responder de forma diferente aos estímulos dependendo da situação a que estamos expostos.
• A Maria aprendeu que se chorar com o pai no supermercado recebe um chocolate; se chorar com a mãe, não consegue nada com esse comportamento.

Modelagem

• A modelagem é definida como o comportamento que é aprendido gradualmente, passo a passo, por aproximação sucessiva.
• Implica o movimento gradual desde o comportamento original/base até ao comportamento desejado, através do reforço das aproximações a esse comportamento desejado.
• Quando os clientes procuram aprender novas habilidades/competências, o terapeuta divide o comportamento em unidades de trabalho.
• Ajuda a “modelar” o comportamento do cliente pelo uso do reforço, extinção, generalização e discriminação.
• Sempre que o cliente demonstrar uma aproximação razoável à assertividade, o terapeuta reforça-o.

Contracondicionamento

• O contracondicionamento é a técnica na qual uma segunda resposta condicionada é introduzida com o objetivo expresso de “descondicionar” ou anular uma resposta previamente condicionada ou aprendida (ex.: o medo de cães).
• A dessensibilização é um tipo específico de contracondicionamento (Wolpe).
• A premissa básica é: “Porque a ansiedade pode ser aprendida através do condicionamento, também pode ser desaprendida por um processo de contracondicionamento/descondicionamento.”
• Segundo Wolpe, para que a dessensibilização ocorra:
  • O terapeuta tem de encontrar uma resposta que seja incompatível com a ansiedade e que possa ser emparelhada com o estímulo que provoca ansiedade;
  • Se a resposta inibidora da ansiedade puder ocorrer na presença do estímulo que evoca ansiedade, ela irá enfraquecer a ligação entre esse estímulo e a ansiedade.
• O terapeuta emparelha a situação ansiógena com o relaxamento, a assertividade, o exercício.
• O terapeuta deve ter cuidado e usar “baby steps” (pequenos passos) no contracondicionamento. Caso contrário, poderá aumentar substancialmente a ansiedade do cliente.
• À medida que o terapeuta aumenta o emparelhamento da resposta inibidora de ansiedade com o estímulo que evoca a ansiedade, o cliente desenvolve uma resposta nova e mais adaptativa que irá SUBSTITUIR A ANSIEDADE PRÉVIA MAL-ADAPTATIVA.