Conceitos Essenciais de Relações Internacionais (Pecequillo)

A Necessidade da Disciplina de Relações Internacionais

Cristina Pecequillo afirma que, após as Duas Guerras Mundiais, percebeu-se a necessidade de uma disciplina específica para entender a relação entre o nacional e o internacional. Ficou claro que os fatores internacionais são importantes, interferem e geram impacto dentro de um país, por mais fechado que ele seja.

O Sistema Internacional e a Comunicação Global

Segundo a autora, o Sistema Internacional pode ser definido como global e fechado, sem possibilidade de expansão. A comunicação entre diferentes povos, seja na esfera política, econômica ou cultural, oscila ao longo do tempo entre um eixo de cooperação ou de conflito, dependendo dos ânimos.

Diferença entre Esfera Internacional e Doméstica

De acordo com Cristina Pecequillo, a diferença entre as duas esferas reside na estrutura de poder:

• Esfera Internacional: Caracterizada pela ausência de um governo central (anarquia) e pela sua heterogeneidade.
• Esfera Doméstica: Caracterizada pela existência de uma hierarquia.

Pecequillo ressalta que anarquia não é sinônimo de falta de ordem. Tais ordens são estabelecidas em relação ao meio em que se habita. Existem três tipos de ordens:

• Unipolar
• Bipolar
• Multipolar

Hegemonia e Poder no Cenário Global

A Hegemonia controla o cenário e dita o ritmo dos processos sociais, políticos e econômicos. Os países no topo da hierarquia do poder, de acordo com a autora, dominam os demais países da ordem com uma relação de subordinação.

As potências que detêm o Soft Power e o Hard Power influenciam os fluxos e fenômenos ocorrentes no meio, o que interfere na política mundial, voltando-a para seus interesses.

Atores Internacionais: Estatais e Não-Estatais

As ações e interações dos Atores Internacionais definem as mudanças no sistema. Tais atores são divididos em Estatais e Não-Estatais.

Atores Estatais

São caracterizados pela presença de:

• População
• Território
• Governo (Autoridade Central)
• Poder

A capacidade do Estado de aplicar seus recursos e usar seu poder é o que determina sua posição na esfera internacional.

Atores Não-Estatais

Os atores não-estatais podem ser:

1. Organizações Internacionais Governamentais (OIGs)/Intergovernamentais: São mediadoras dos interesses conjuntos dos Estados, minimizam a instabilidade global e disputas diretas, facilitando os objetivos comuns.
2. Forças Transnacionais: São ligadas à sociedade civil e não aos Estados.