Conceitos Filosóficos e Científicos

Classificado em Filosofia e Ética

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Conceitos Nucleares

Conceitos Nucleares

A priori: Significa literalmente "anterior à experiência". Aponta para um conhecimento cuja justificação é independente da experiência sensível.

A posteriori: Designa um conhecimento adquirido e justificado pela experiência sensível.

Ceticismo: Tradição filosófica que questiona a capacidade de obter conhecimento. Ao longo da história, desde os Gregos, encontramos diversos cambiantes desta posição epistemológica. O filósofo Descartes identificou a derrota do ceticismo como a primeira tarefa do filósofo.

Dogmatismo: O termo deriva etimologicamente do grego e do latim dogma, que significa opinião, doutrina. Filosoficamente é a posição que admite que se pode atingir e depois demonstrar verdades certas ou mesmo absolutas, especialmente no domínio metafísico.

Percepção: Em psicologia, neurociência e ciências cognitivas o conceito permite a atribuição de significado a estímulos sensoriais, a partir das vivências passadas. Através da percepção, o indivíduo organiza e interpreta impressões sensoriais. A percepção consiste assim na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. Do ponto de vista cognitivo, a percepção envolve também outros processos mentais, entre os quais a memória, que tem um papel relevante. Em Hume, a percepção inclui as impressões sensíveis e as ideias e só estas últimas se relacionam com a memória e a imaginação.

Método Científico: Refere-se ao caminho que o cientista percorre para descobrir, investigar, justificar e alcançar os seus objetivos: leis e teorias científicas. A sistematização do método científico está associada ao nascimento da ciência moderna, no Século XVII, e a pensadores como Francis Bacon, Galileu Galilei e Isaac Newton. Frequentemente, confunde-se (erradamente) a noção de método científico com duas das suas mais influentes formas, o método hipotético-dedutivo e o método experimental.

Hipótese: Momento criativo da atividade científica que corresponde a uma ideia, especulação ou conjetura. É proposta como possível solução para o problema. A confirmação exige investigação mediante argumentação e/ou mediante observação e experimentação. A hipótese começa por ser uma solução encontrada para o problema e passa a ser uma solução testada do problema. É a base de toda a descoberta ou investigação científica.



Demarcação: O termo é utilizado desde Popper e tem como objetivo estabelecer a distinção entre hipóteses científicas e não científicas. Contrariamente ao verificacionismo, o autor propõe como critério de demarcação o falsificacionismo (ou a falsificabilidade).

Verificabilidade: É o critério tradicional para considerar um enunciado científico como verdadeiro a partir da sua verificação empírica, pela experimentação.

Falsificabilidade: É o critério proposto por K. Popper para distinguir enunciados científicos de não científicos. Uma teoria só é considerada científica se, e apenas se, for passível de falsificação ou refutação. Popper opõe a falsificabilidade à verificabilidade.

Conhecimento Vulgar: Senso comum. Conjunto de conhecimentos fundados na experiência quotidiana. Pelas suas características preocupa-se mais com o reconhecer do que com o conhecer. Não procura explicar a realidade, mas enquadrá-la num todo social coerente e estável. É, por isso, superficial, acrítico e subjetivo, mas, ainda assim, fundamental para que, por exemplo, possamos atravessar a rua sem sermos atropelados ou estrelar um ovo quando estamos com fome.

Conhecimento Científico: É, por oposição ao senso comum, um conhecimento crítico e sistemático. Procura respostas objetivas e universais, leis, isto é, explicações da realidade que resultam da experimentação, do teste e de meios formais de prova. Embora relativamente seguro e fundado, não é um conhecimento absoluto ou definitivo, pois os seus resultados são sempre abertos e revisíveis.

Subjetividade: É o caráter daquilo que é subjetivo, isto é, que depende do sujeito cognoscente. Neste sentido, é o representado pelo sujeito e não o real tal qual ele é.

Objetividade: Designa o caráter do que é objetivo, isto é, independente e autónomo do sujeito cognoscente. Uma realidade objetiva é algo que pode valer para todos os sujeitos e tornar-se, pois, universal.

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