Conceitos Filosóficos Essenciais: Fenomenologia, Escolástica e Idealismo

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Fenomenologia

A Fenomenologia é uma corrente filosófica de Edmund Husserl (1859-1938) e seus seguidores, que se dedica à descrição dos fenômenos. É o estudo dos fenômenos ou um conjunto de fenômenos. A Fenomenologia tem se mostrado muito eficaz como método de pesquisa e intuitivo em muitos campos das ciências humanas: é uma fenomenologia da dor, alegria, morte, paixão, de qualquer comportamento humano, explicando "de dentro". O método fenomenológico consiste em suspender o julgamento ou colocar o mundo "entre parênteses" para chegar a uma experiência linguística da pura realidade fenomenal. É tanto um método quanto uma doutrina. Ela surge a partir do realismo, do existencialismo e da nova metafísica (Hartmann).

Husserl chamou o fenômeno de uma manifestação do ideal na coisa, daí o termo Fenomenologia.

Escolástica

O nome Escolástica vem do fato de que a filosofia dos séculos IX ao XIII era ensinada e cultivada nas escolas criadas para a formação de clérigos em mosteiros, palácios e catedrais no mundo cristão. O conceito de filosofia escolástica é usado para se referir a uma forma de entender a filosofia e o método filosófico que se desenvolve nestas escolas e que tem durado até hoje, associado ao ensino de filosofia promovido pela Igreja Católica. É caracterizada por:

  1. A filosofia é uma disciplina auxiliar da teologia: o objetivo é preparar-se para o estudo da teologia e ajudar a entender racionalmente os dogmas teológicos.
  2. O método escolástico consiste na discussão e comentário sobre (lectio e disputatio) teses filosóficas de autores clássicos e análise de sua compatibilidade ou não com dogmas.

Este conceito de filosofia escolástica pode ser aplicado à filosofia que se desenvolveu em escolas cristãs medievais entre os séculos XI e XIII, mas por extensão se aplica a outras antes e depois que foram inspiradas na filosofia da época. Notamos como excepcionais os escolásticos Santo Anselmo (século XI) e São Tomás de Aquino (século XIII).

Idealismo

O Idealismo, como movimento filosófico, é definido como qualquer doutrina que prioriza o pensamento sobre o ser. Existem vários tipos:

  • Idealismo metafísico: afirma que não há mundo extra-mental que corresponda às nossas ideias ou representações, ou que o mundo é o produto da Ideia ou Razão absoluta.
  • Idealismo epistemológico: afirma que o que conhecemos direta e imediatamente são as nossas ideias, não as coisas.
  • Idealismo transcendental: o conhecimento é o resultado do dado (experiência), mas também da posição (formas a priori da razão).
  • Idealismo histórico: argumenta que são as ideias que determinam principalmente os processos históricos.

Compreende-se agora por Idealismo a concepção filosófica do século XIX, que reduz a ideia (a ideia não é o real) defendida por Fichte, Schelling e Hegel (idealismo alemão) e continuada por outros pensadores como Schopenhauer. Esse idealismo surge como transformação do pensamento de Kant e dentro do contexto político-cultural do Romantismo.

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