Conceitos Fundamentais de Economia: Keynes, Smith e Mais

Conceitos Fundamentais de Economia

Keynes: Na sua tese, Keynes traduz que o capital não estava condenado a desaparecer, apenas se imputava de uma visão profunda. Admite que o estado deveria concentrar em si funções e poderes extensos. A moeda é um fator central para Keynes, tornando-se necessário analisar os movimentos econômicos de todo o conjunto social.

Eficácia Marginal do Capital: Esta eficácia exprime a relação entre a taxa de juro dos capitais e a reprodutividade do investimento. Se a taxa de juro for baixa, os comerciantes e industriais obtêm dos investimentos realizados créditos superiores aos juros que têm de pagar, alcançando o lucro. Se a taxa de juro for elevada, os comerciantes e industriais, conscientes do risco de não conseguirem obter lucro, perdem a expectativa, não realizando o investimento.

Preferência pela Liquidez: 3 motivos:

• Transacional: Para adquirir bens no futuro.
• Precaução: Conservar a moeda para imprevistos.
• Especulatório: Conservar a moeda para fins especulativos.

Keynes tem preferência pela liquidez, pois a moeda não é mero instrumento de trocas, mas também uma reserva líquida e, assim, determina toda a atividade econômica. Tendo o rendimento 3 destinos: aforro, consumo, investimento.

Adam Smith: Defende a liberdade econômica, sendo pai da economia moderna. Para Adam Smith, o fator importante da produção é o trabalho.

Mão Invisível: Assenta num pressuposto de uma ordem natural de existência de leis impostas pela natureza. Os governantes deveriam abster-se de intervir na vida econômica. O estado não intervém na economia diretamente, deixando isso para os agentes econômicos particulares, tendo o trabalho como o mais importante.

As Despesas Públicas não deveriam ser suportadas pelos rendimentos do patrimônio, mas sim assentar nos impostos, o que levou à criação de 4 regras:

Regras da Tributação:

• Regra da Justiça: Cada um deve contribuir para o estado mediante o seu rendimento.
• Regra da Certeza: O montante imposto deve ser claramente definido de modo a não deixar dúvidas e arbitrariedades.
• Regra da Comodidade: Os impostos devem ser cobrados pela maneira mais conveniente para os contribuintes.
• Regra da Economia: O imposto devolverá a menor parte possível do patrimônio dos contribuintes.

Necessidades Econômicas: As necessidades humanas constituem a causa de toda a atividade econômica por necessidade. Necessidade é um estado psicológico de insatisfação e no seu conceito integram-se 4 elementos: insatisfação psicológica, conhecimento de um meio suscetível de o fazer cessar, determinação de possuir e acessibilidade desse meio. As necessidades podem ser essenciais/primárias ou de existência e resultam da natureza do ser humano, sendo a satisfação causa de vida ou morte (comida ou bebida). As necessidades secundárias não são causa de vida ou de morte, podendo ser essenciais para uns e não para outros.

Conceito de Economia: É o estudo das atividades de produção e de troca entre as pessoas. Está relacionada com os nossos rendimentos, com as nossas despesas enquanto consumidores e compradores, está também relacionado com a tarefa de investir e poupar. É a ciência das escolhas que estuda a decisão das pessoas sobre a utilização dos recursos, analisa os movimentos globais dos preços, avalia o desemprego. Estuda a moeda, taxas de juro, capital e riqueza.

Bem Econômico: Meio julgado apto e disponível para satisfação de necessidades: acessível, disponível e raro.

Utilidade Total de um Bem: Consiste na especial vocação dos bens econômicos para satisfazerem necessidades. É o somatório das doses empregadas até atingir o ponto de satisfação.

Utilidade Marginal: É a última dose útil de um bem empregado na satisfação de uma necessidade.

Custo Econômico: A utilidade dos bens tem o seu reverso no respetivo custo de aquisição.

• Custo Positivo: É a energia dispendida na obtenção do bem.
• Custo Negativo: É a renúncia a prazeres ou repouso que o esforço impõe.

Fatores de Produção:

• O Trabalho: É o tempo humano consciente dispendido na produção de um bem, tendo o salário como remuneração.
• A Terra: É o solo utilizado na atividade rural ou na implementação de estradas, etc., e tem como remuneração a renda.
• O Capital: Consiste em bens duráveis produzidos pela economia para serem empregues na produção de outros bens e tem como remuneração o juro.

Estádios da Economia:

• 1º Estádio: Os povos começam por assegurar a subsistência dedicando-se a atividades venatórias.
• 2º Estádio: Começam a conservar e domesticar os animais, dedicando-se à pastorícia.
• 3º Estádio: Agricultura como subsistência.

Papel Econômico do Estado: O estado tem 3 funções:

• Aumento da Eficiência: O governo aumenta a eficiência ao promover a concorrência, ao combater externalidades como a poluição e ao fornecer bens públicos.
• Promoção da Equidade: O governo promove a equidade ao usar os impostos e programas de despesa para redistribuir o rendimento a grupos específicos.
• Estímulo do Crescimento: O governo estimula o crescimento e a estabilidade macroeconômicos reduzindo o desemprego e a inflação enquanto estimula o crescimento econômico, através da política orçamental e da regulação monetária.

Monopólio: É a ausência de concorrentes em determinado setor da economia, resultando na existência de apenas um fornecedor, constituindo assim uma forma extrema de concorrência imperfeita. Este único fornecedor tem em suas mãos a vantagem de impor o preço de suas mercadorias, equilibrando o preço com a demanda que o bem apresenta no mercado.

Oligopólio: Poucos os fornecedores, cada um detendo uma grande parcela do mercado, e sendo sensíveis a mudanças de preço no mercado, representando uma estrutura de mercado de concorrência imperfeita. A concorrência se efetua se de fatores como a qualidade, etc.

Mercado de Concorrência Perfeita: Teria de conter as seguintes características:

• Atomicidade: É preciso que o preço não baixe nem suba devido a um vendedor se retirar do mercado ou que a quantidade de bens vendidos ou comprados não influencie o preço.
• Fluidez: Tem de existir transparência no mercado com informação detalhada e completa.
• Homogeneidade dos Produtos: A evolução tecnológica caminha no sentido da diferenciação dos produtos.
• Livre Acesso: Não pode ser dificultado pela legislação.
• Mobilidade: Dos fatores de produção.

Teoria da Renda: Segundo esta teoria, os agricultores têm tendência natural para cultivar as terras mais férteis com um custo de produção baixo. Dado o aumento da população, exigiu-se um maior cultivo, estendendo-se às terras menos férteis, ou seja, a renda seria um benefício que os agricultores das terras férteis teriam sobre os outros.

Teoria do Salário: Os trabalhadores só devem ter o salário mínimo e indispensável dele e da sua família, pois caso tivessem um salário melhor que o mínimo, iriam ter uma melhor situação econômica e, por si, uma família numerosa, o que originaria mais trabalhadores, o que baixava os salários e aumentava o desemprego.

Bens Econômicos:

• Bens imateriais ou serviços: necessidades satisfeitas por serviços (médico).
• Bens naturais: bens cuja produção não implica atividade humana (água de fonte).
• Bens produzidos: bens que resultam da ação do homem sobre bens naturais, transformando-os em bens produzidos.
• Bens diretos ou de gozo: podem ser utilizados imediatamente na satisfação de necessidades, pois são naturais ou já atingiram a sua última fase de transformação.
• Bens indiretos/de produção: não podem satisfazer logo a necessidade, pois carecem de transformação (milho).
• Bens de consumo: bens que satisfazem necessidades imediatas através da sua destruição (comida).
• Bens de uso: bens cuja utilização não implica a sua destruição (livro).
• Bens complementares:
  • Absolutos: onde os bens só satisfazem a necessidade quando utilizados conjuntamente com outros (carro/pneus).
  • Relativos: leva a que o bem principal não satisfaça na totalidade a sua missão (café sem açúcar).
• Bens fungíveis: bens em que o seu substituto exerce a mesma função, tendo a mesma eficiência, espécie e qualidade (dinheiro).
• Bens sucedâneos: bens que podem ser consumidos em substituição a outros, exercendo basicamente a mesma função (manteiga/planta).

Capital: Disponibilidade monetária reproduzível.

• Capital fixo: é aquele que é utilizado em mais que um ato de produção, como as máquinas de uma fábrica em que a utilização não implica a sua destruição.
• Capital circulante: é aquele que se destrói com a sua própria utilização (combustíveis).

Rendimento Nacional: É o fluxo de bens e serviços produzidos por um país numa economia ao longo de determinado período.

Produto Nacional: É o somatório dos produtos de todas as unidades econômicas do país.

Produto Nacional Bruto: É a diferença entre produtos fabricados e as compras da empresa.

Rendimento Pessoal: Obtém-se através dos impostos e das contribuições para a segurança social.

Moeda Papel: + cómoda - pesada e volumosa, vantagens na impressão e menos dispendiosa, começou a ser utilizada devido à raridade dos metais.

Moeda Papel Fiduciária: Não representa o valor existente nos bancos, circula com base na confiança, tornou-se fiduciária sendo emitida sem base num encaixe integral. Os banqueiros como que emprestavam dinheiro mediante um juro alargando assim o volume monetário em circulação entrando-se num regime de inconvertibilidade e a moeda passou a designar-se papel moeda.