Conceitos de Saúde e Doença: Uma Abordagem Histórica e Social

CONCEITO DE SAÚDE:

Os conceitos de saúde e de doença são analisados em sua evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto cultural, social, político e econômico, evidenciando a evolução das ideias nessa área da experiência humana. O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Evolução histórica (contexto cultural, social, político e econômico). Conceito ampliado: alimentação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde.

DESIGUALDADE:

Diferenças sistemáticas na situação de saúde de grupos populacionais.

INIQUIDADES:

Desigualdades na saúde que são evitáveis, injustas e desnecessárias.

FASE DE SUSCEPTIBILIDADE:

Pessoas que não estão doentes, mas têm mais riscos de adoecer: ex: idosos e recém-nascidos.

FASE PATOLÓGICA PRÉ-CLÍNICA:

Não tem sintomas, mas estão doentes. Fase assintomática. Diagnosticadas por métodos de triagem.

FASE CLÍNICA:

Manifestações clínicas. Sinais e sintomas da doença. Fase aguda e/ou cronicidades – intervenções.

FASE DE INCAPACIDADE RESIDUAL:

Não houve óbito. Sequela (reabilitação).

PREVENÇÃO PRIMÁRIA:

1. Promoção em saúde (moradia e alimentação adequadas, áreas de lazer, escolas, educação em todos os níveis).
2. Proteção específica (imunização, saúde ocupacional, higiene pessoal e do lar, proteção contra acidentes, aconselhamento genético, controle de vetores).

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:

1. Diagnóstico precoce (exames: periódicos, individuais, detecção precoce de casos) ex: preventivo (Papanicolau), detecção precoce de câncer de colo de útero, glicose (para diabetes), verificação de pressão arterial).
2. Isolamento: evitar propagação de doenças ex: ebola.
3. Tratamento imediato: impedir complicações, limitação de incapacidade, evitar futuras complicações, evitar sequelas.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA:

Reabilitação (impedir incapacidade total), fisioterapia, terapia ocupacional, emprego para o reabilitado.

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA:

Curso de acontecimentos no organismo humano motivados por um agente causal. A doença seguiria seu curso natural (num modelo hipotético sem intervenção) onde se definiriam suas diferentes fases evolutivas.

DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE:

Fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco da população. Condições sociais que as pessoas vivem ou trabalham. Impacto direto na saúde. Estruturam os determinantes de saúde sendo as causas das causas. Positivo: fomento, promoção em saúde e de qualidade de vida. Negativo: riscos, doenças, agravos. Estratégias combinadas: individuais, ambientais e políticas. Enfoque: atuar de maneira coordenada e coerente nos setores da sociedade que influem nos determinantes estruturais para melhorar a saúde e reduzir as iniquidades. Uma melhor saúde contribui para outras prioridades sociais como maior bem-estar, educação, coesão social, proteção ambiental, maior produtividade e desenvolvimento econômico. Círculo vicioso: as melhorias na saúde e em seus determinantes se retroalimentam e se beneficiam mutuamente.

CONDIÇÕES DE VIDA:

Condições materiais necessárias à subsistência.

CONCEITO DE CAMPO DA SAÚDE:

Abrange a biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização da assistência à saúde.

PLANEJAMENTO DOS CUIDADOS À SAÚDE:

Ações de saúde práticas, executáveis e socialmente aceitáveis. Ao alcance de todos. Participação ativa da população. Custo compatível com a situação econômica das pessoas e do país.

ATENÇÃO PRIMÁRIA:

Primeiro contato, rede integral com os outros serviços.

ATENÇÃO SECUNDÁRIA:

Média complexidade, disponibilidade de profissionais especializados.

ATENÇÃO TERCIÁRIA:

Alta complexidade hospitalar.