Conceitos Sociológicos Essenciais: Durkheim e Goffman
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Émile Durkheim: Fatos Sociais e Suicídio
Os fatos sociais têm natureza social e não dependem somente da ação do indivíduo, pois a causa deles é sempre social.
Suicídio é todo caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato positivo ou negativo praticado pela vítima que sabia o resultado de sua conduta. O suicídio possui uma ordem moral, que muda conforme a cultura e influencia o número de mortes. A consciência individual depende do estado social. O suicídio ocorre porque o indivíduo dá mais valor à sociedade do que a si mesmo. O comportamento é do indivíduo, mas a causa é social. A moral é aquilo compartilhado pela sociedade e se expressa em cada corpo individualmente.
Durkheim: Função do Trabalho e Solidariedade Social
O trabalho une as pessoas, assim como a moral. Tem como finalidade acumular riquezas, e sua função tem caráter moral (ideia de ordem e progresso). A sociedade atual só evoluiu a partir da divisão sexual do trabalho. A relação de amizade por diferença gera uma reciprocidade, e dela nasce a moral. A partir dela, há uma união dos homens e o início da sociedade.
O melhor indicador do índice de moralidade é o crime, pois com um grau de criminalidade baixo, a sociedade está coesa. O crime é a falta de solidariedade; os seres humanos passam a repudiar seus próprios atos. A pena tem como objetivo reprimir as más vontades. A moral é institucionalizada.
O Direito Civil une e organiza as separações produzidas pela divisão do trabalho, e o Direito Penal representa os valores morais.
Existem dois tipos de solidariedade:
- Solidariedade Mecânica: Presente em todas as sociedades, baseada na semelhança.
- Solidariedade Orgânica: Característica de sociedades mais complexas, baseada na interdependência e divisão do trabalho.
Erving Goffman: Estigma e Estereótipos Sociais
Conhecemos o mundo criando categorias e, através delas, entendemos a realidade. A partir delas, criamos expectativas do que esperar das coisas, ou seja, estereótipos.
A sociedade caracteriza as pessoas através de seus atributos, classificando-as como “normais” ou estigmatizadas. Nos estigmatizados, todas as suas relações são baseadas nos atributos, e seus sentimentos passam a ser definidos pelos “normais”. Então, começam a surgir ideologias para explicar a condição dos estigmatizados, mas foi a própria cultura que a produziu. Os estigmatizados são vistos como anormais, pois possuem características que não correspondem positivamente aos estereótipos.