Condições de Equidade Interpessoal e Pareto-Ótimo para o Bem-Estar Social

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Condições de Equidade Interpessoal e Pareto-Ótimo para o Bem-Estar Social


1- Condições de Pareto Ótimo

As condições de Pareto Ótimo são condições de eficiência que garantem que a economia esteja sobre sua fronteira de possibilidades de utilidade.


2- Condição de Equidade Interpessoal

A condição de equidade interpessoal (UMS(j) = UMS(i), para qualquer j ? i) conduz a economia para o específico ponto de máximo de bem-estar social ("bliss point") sobre a fronteira de possibilidades de utilidade.


Funções de Bem-Estar Social Utilizadas na Prática

Dada as restrições impostas pelo teorema de impossibilidade de Arrow para a construção de uma função de escolha social que seja completa e transitiva nas suas opções de ranking, a alternativa utilizada é da construção de uma função de bem-estar social que relaciona o bem-estar social ao bem-estar dos indivíduos. Essas funções de utilidade social têm as seguintes propriedades:


  1. Se o bem-estar do indivíduo i aumenta, então o bem-estar social aumenta: (dW/dUi > 0)
  2. Bem-estar social é somente função do bem-estar do indivíduo
  3. Aversão à desigualdade: a função bem-estar social é côncava, de forma que a média é preferida aos extremos e, portanto, o bem-estar é maior quando a desigualdade é menor.

Economistas e outros cientistas sociais, filósofos, teólogos, cientistas naturais que refletiram sobre como um rank social ético de indivíduos deveria ser, não chegaram a um denominador comum. Assim sendo, tudo o que podemos dizer é que a maioria dos economistas acredita que os limites razoáveis desses rankings são, num extremo, a função utilitarista de bem-estar social e, no outro extremo, a função de Rawls de bem-estar social.

Essas três propriedades dão origem (entre outros) aos seguintes tipos de função de bem-estar social (casos limites):


I) Utilitarismo: W = U1 + U2 + ...

Segundo essa visão o bem-estar social é a soma das utilidades dos diferentes indivíduos.

Esse critério tem a implicação de que a sociedade deve aceitar uma redução da utilidade de um indivíduo pobre por um ganho igual de utilidade de um indivíduo rico.

Observe que a função de bem-estar utilitarista não é indiferente a um aumento de 1 laranja pelo indivíduo 1 ("rico") com o decréscimo de 1 laranja pelo indivíduo 2 ("pobre"). Como o rico tem maior renda, sua utilidade marginal é menor do que a do pobre. Portanto, a subtração de 1 laranja do pobre e a concomitante adição de 1 laranja ao rico resulta em queda da utilidade total.



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