Conflitos e Acordos Históricos: Séc. XIX e XX

Cipaios

Os cipaios eram soldados nativos da Índia a serviço da Companhia Britânica das Índias Orientais. Em 1857, quando se espalhou o rumor de que os cartuchos de munição eram lubrificados com gordura de boi ou porco (proibida para hindus e muçulmanos), eles se rebelaram.

Zulus

Os Zulus possuíam um império militar na África, a leste da colônia britânica do Cabo. Inicialmente, eles resistiram à dominação britânica e obtiveram algumas vitórias. No entanto, sua força não foi suficiente para impedir a colonização a longo prazo.

Boxers

Os Boxers, assim chamados pelos europeus devido à prática de artes marciais chinesas, se revoltaram contra a influência ocidental na China. Por 55 dias, eles sitiaram embaixadas estrangeiras em Pequim, o que levou à intervenção de uma força militar internacional.

Índios Americanos

Na segunda metade do século XIX, ocorreram confrontos entre colonos e diversos povos indígenas norte-americanos, como os Cheyenne, Apache e Sioux. Apesar de algumas vitórias lendárias, esses povos foram praticamente aniquilados ou confinados em reservas.

Atentado de Sarajevo

Em 28 de junho de 1914, o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, Franz Ferdinand, e sua esposa foram assassinados em Sarajevo. Os criminosos eram nacionalistas sérvios bósnios, treinados e armados em Belgrado. O atentado serviu como pretexto para a Áustria-Hungria impor uma série de exigências à Sérvia, que implicavam na intervenção austríaca em seus assuntos internos.

Lawrence da Arábia

Lawrence da Arábia foi um oficial britânico com profundo conhecimento do mundo árabe. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele apoiou rebeliões nacionalistas árabes em países dominados pelo Império Otomano, favorecendo os interesses dos Aliados.

Leopoldo II da Bélgica

Leopoldo II da Bélgica assegurou o domínio da região ao sul do Congo para explorar suas riquezas minerais e monopolizar o comércio local. Sua ação provocou a expansão territorial de outras potências interessadas na área.

Bertrand Russell

O intelectual britânico Bertrand Russell foi um pacifista ativo. Ele se opôs à Guerra Anglo-Boer e, posteriormente, foi preso por se manifestar contra a Primeira Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, ele se tornou um defensor do desarmamento nuclear.

Tratado de Versalhes

Cinco tratados de paz encerraram a Primeira Guerra Mundial, assinados separadamente com cada uma das potências derrotadas. Todos foram assinados em palácios de Paris e ficaram conhecidos como a Paz de Paris. O tratado assinado com a Alemanha, Áustria e Bulgária em 1919, e com a Hungria e a Turquia em 1920, ficou conhecido como Tratado de Versalhes.

Declaração Balfour

Através da Declaração Balfour, o governo britânico prometeu aos judeus um lar nacional na Palestina. Após a guerra, a Grã-Bretanha permitiu a livre emigração de judeus para a região, lançando as bases do atual conflito no Oriente Médio.

Liga das Nações

A Liga das Nações foi um órgão internacional criado para garantir a paz mundial e assegurar o funcionamento da ordem estabelecida após a Primeira Guerra Mundial. Deveria ser composta por todos os Estados independentes e tinha como missão resolver os problemas internacionais de forma pacífica. Sua sede foi estabelecida em Genebra, mas a organização enfrentou vários problemas, como sua composição, a resistência das potências vitoriosas à reabilitação dos derrotados e o descontentamento de muitos países com os acordos do pós-guerra.

Conferência de Algeciras

A Conferência de Algeciras, realizada em 1906, envolveu vários países europeus, os Estados Unidos e o Marrocos. A conferência concordou com a tutela franco-espanhola sobre o Marrocos. A Grã-Bretanha apoiou a decisão em troca da não oposição da França ao domínio britânico no Egito e ao controle da parte africana do Estreito de Gibraltar. A Alemanha não conseguiu romper o acordo franco-britânico.

Tratado de Sèvres

O Tratado de Sèvres reduziu a Turquia ao seu território atual. Os territórios que antes pertenciam à Turquia se tornaram mandatos da Liga das Nações. A Síria e o Líbano passaram a ser administrados pela França, enquanto a Palestina e a Mesopotâmia ficaram sob administração britânica.