Conhecimento e Ciência: Fontes, Formas e Métodos
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O que é Conhecimento?
Conhecimento é, então, uma compreensão da realidade por meio da qual se fixa em um tema, é expressa, comunicada e incorporada a outros assuntos sistematizados e a uma tradição.
Fontes do Conhecimento
Fontes: A sensibilidade fornece a experiência de base sobre as coisas, mas seus dados estão sempre em um contexto teórico que os torna inteligíveis e compreensíveis. Diferentes tipos de razão produzem formas de conhecimento, geralmente ligadas a algum tipo de experiência: uma imediata, como a intuição, e outras mediadas, como a dedução.
Formas de Conhecimento
- Conhecimento Comum ou Vulgar: Baseia-se na experiência da vida cotidiana. Não tem pretensão de ser sistemático e é muitas vezes misturado com preconceitos.
- Conhecimento Científico: Busca a organização sistemática do conhecimento e explica o porquê dos fatos.
- Conhecimento Técnico: É o saber como fazer certas atividades, visando controlar e dominar o mundo.
- Conhecimento Filosófico: A filosofia é pensar usando a razão crítica e rigorosa, a fim de compreender a estrutura da realidade e da própria razão.
- Conhecimento Artístico: Está mais relacionado com a narrativa e a expressão.
- Conhecimento Religioso: É sagrado ou divino.
Evolução da Ciência
A noção de ciência esteve intimamente ligada à filosofia, e ciência e filosofia foram os tipos de conhecimento com pretensões de universalidade, necessidade, imutabilidade e eternidade. A noção moderna de ciência se desenvolve no Renascimento, quando a chamada Revolução Científica ocorreu. É então que a ciência e a filosofia se diferenciam. Os dois elementos que diferenciaram o conhecimento científico do filosófico foram a experimentação e a aplicação da matemática para o estudo da realidade. Para Aristóteles, a filosofia era a ciência, entendida como um conhecimento capaz de oferecer a estrutura fundamental rigorosa da realidade.
Tipos de Ciência
A ciência passa a ser chamada como tal quando define o seu objeto de estudo e, especialmente, quando propõe o seu próprio método – um método compreendido como pensamento ou ação pré-planejada, ordenada e orientada para alcançar um fim. Combinando diferentes tipos de métodos, a ciência pode ser classificada da seguinte forma:
- Ciências Formais: Lógica, Aritmética, Geometria.
- Ciências Naturais: Física, Química, Biologia.
- Ciências Sociais: Sociologia, Antropologia.
Métodos do Conhecimento Científico
Método das Ciências Formais
As ciências formais não estão preocupadas com os fatos da experiência, mas com a forma de raciocínio. Os dois métodos mais comuns de prova na ciência são a dedução e a indução. A dedução é usada tanto nas ciências formais quanto nas empíricas.
Dedução
É o processo de raciocínio pelo qual uma conclusão é derivada de uma ou mais proposições dadas, chamadas premissas. Um sistema dedutivo deve ter os seguintes elementos:
- Axiomas: Princípios fundamentais indemonstráveis dentro do sistema.
- Regras de Formação e Transformação: Permitem derivar novas declarações válidas para expandir o sistema.
- Teoremas: Afirmações dedutivamente derivadas de axiomas ou de teoremas já provados.
Método das Ciências Naturais
As ciências naturais, assim como as formais, usam o raciocínio dedutivo, mas também empregam a demonstração indutiva. O método completo da ciência natural é chamado de hipotético-dedutivo.
Indução
É um tipo de raciocínio que leva a uma conclusão geral a partir de uma série de casos individuais. Existem dois tipos: indução incompleta e indução completa.
Método Hipotético-Dedutivo
Este método é estruturado em 3 níveis:
- Declarações de Protocolo: Conjunto de observações e fenômenos que podem ser estabelecidos empiricamente.
- Leis: São declarações que expressam o comportamento regular e invariável de determinados fenômenos.
- Teorias: São declarações universais das quais todas as leis da ciência podem ser derivadas.
Mythos e Logos
A filosofia nasceu na Grécia, em Mileto. O mito refere-se aos contos fantásticos que tentam explicar a origem e a regularidade do cosmos. Em contraste, o logos, em vez de usar forças sobre-humanas, torna-se um instrumento de indagação e discussão racional.