Conhecimento e Linguagem: Uma Análise Filosófica
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Conhecimento e Linguagem
A Forma do Conhecimento:
O sistema de linguagem de sinais expressa ideias. Para Saussure, os signos linguísticos são compostos de um significante (expressão) e um significado (conceito).
Linguagem Humana e Linguagem Animal:
- Observou-se que a diferença fundamental entre a linguagem humana e a animal era que a animal era inata, e a humana, aprendida.
- Frequentemente, credita-se ao seu caráter imitativo a linguagem animal. Os sistemas de comunicação animal são agrupados em 3 modelos: repertório interminável de chamadas, analógico, variações aleatórias sobre um tema. A linguagem humana é um sistema articulado com dupla articulação. Heurística.
- Os linguistas modernos costumam considerar que a linguagem simbólica humana é absolutamente irredutível a outras formas de comunicação animal. A linguagem humana é abstrata e simbólica.
Características da Linguagem Humana:
- Capacidade de emitir sons com um conteúdo simbólico.
- Capacidade para combinar as palavras para construir frases com significados diferentes.
- A linguagem serve para trazer ordem ao mundo, classificar e entender. Seu principal objetivo é a comunicação e, portanto, outras habilidades básicas que a linguagem pressupõe são compreender e decifrar a mensagem.
A Relação entre Conhecimento e Linguagem:
À medida que os processos cognitivos se tornam mais complexos, a linguagem abstrata aparece como uma ferramenta necessária, sem a qual poderíamos pensar em certas realidades.
- O pensamento é anterior à linguagem: Aristóteles afirma que o pensamento é uma organização independente, pré-linguística. No século XX, essa tese é defendida pelo psicólogo do desenvolvimento Jean Piaget, que diz que a maturação resulta na linguagem. Modos de pensar não linguísticos precederiam a aquisição da linguagem.
- A linguagem é anterior ao pensamento: Há um mundo que é percebido objetivamente, em estado puro. Tudo o que aparece a um falante, se compreensível, é através da linguagem. Sapir-Whorf disse que os falantes de línguas diferentes tendem a prestar atenção a diferentes aspectos da realidade. Isso nos condenaria a um relativismo linguístico, em que cada língua tem uma maneira peculiar de ver o mundo.
- A relação complexa entre pensamento e linguagem: Atualmente, fala-se de uma relação dialética entre pensamento e linguagem, que interagem e influenciam um ao outro, mas normalmente considera-se que a língua tem um papel ativo e constitutivo do pensamento.
O argumento clássico entre empirismo e racionalismo:
- A partir de uma perspectiva empírica, as teorias que enfatizam os fatores externos consideram cruciais o ambiente e o meio social. Não há pensamento no momento em que há linguagem.
- Encontramos uma linha racional de interpretação em Noam Chomsky, que defende a existência de universais linguísticos inatos e estruturas básicas com as quais todos os futuros falantes nascem. Todo falante vem com uma gramática internalizada, com os princípios subjacentes à organização e regulação, comuns a todos os idiomas.
A Importância da Linguagem na Filosofia Contemporânea
Uma característica da filosofia do século XX é a virada linguística.
- A preocupação central da filosofia da linguagem é a linguagem para fazer conexões com a realidade. No final do século XIX, os positivistas lógicos atomistas propuseram que a origem de muitos problemas filosóficos são as lacunas e ambiguidades da linguagem. Frege, Russell, Wittgenstein e Carnap abordaram inicialmente esses problemas usando a lógica formal.
- Existe uma linha mais pragmática que se origina no segundo período das obras de Wittgenstein e tenta aplicar a atitude crítica da filosofia à linguagem cotidiana.
O Conhecimento e o Problema da Verdade
No século V a.C., Parmênides havia distinguido duas vias: verdade e opinião. Para Platão, havia apenas um tipo de conhecimento, o verdadeiro. Marx e Engels, no século XIX, observaram que ao longo da história da humanidade houve falsas concepções ideológicas que tentaram se apresentar como verdadeiras.
No processo de conhecer, estão envolvidos um sujeito e um objeto. Se colocarmos o peso sobre o sujeito, então este é aquele que cria ou constrói o objeto (idealismo). Se colocarmos o peso do objeto, significa que é o mundo exterior que prevalece sobre a ideia (realismo).