Conhecimento Vulgar vs. Científico: Características

Conhecimento Vulgar vs. Científico: Uma Análise

Principais Características do Conhecimento Vulgar

É o primeiro nível ou grau de conhecimento e forma-se a partir da apreensão imediata e sensorial da realidade, da experiência concreta e quotidiana de cada ser humano. É, por isso, um conhecimento eminentemente prático, sem demasiadas preocupações com o rigor e pouco atreito à revisão e à crítica. As suas características incluem ser:

• Superficial
• Subjetivo
• Assistemático
• Ametódico

Este tipo de conhecimento não deve ser menosprezado. O senso comum é um conhecimento fundamental para a existência quotidiana, pois é ele que permite resolver os problemas imediatos com que nos vamos confrontando. Nem sempre é cómodo ou até possível recorrer ao conhecimento científico para resolver problemas de índole mais prática e concreta.

Podemos Confiar nos Resultados do Conhecimento Vulgar?

Sim, para os problemas comuns do dia a dia. Não, pois a subjetividade, a superficialidade e o acriticismo presentes neste tipo de conhecimento não são suficientes para compreender ou resolver questões mais complexas. Por outro lado, pelo facto de utilizar a linguagem natural, pode originar ambiguidades e conduzir ao erro.

Principais Características do Conhecimento Científico

Pode ser caracterizado como sendo:

• Objetivo
• Sistemático
• Metódico

A sua sistematização faz-se por meio de leis ou teorias. Estas visam não apenas descrever e explicar os fenómenos, mas também formular previsões e agir eficazmente em função destas. O conhecimento científico garante um saber mais exato, rigoroso e objetivo. Pelo facto de assentar na experimentação ou em meios formais de prova e na revisão dos seus resultados, permite, na maior parte das vezes, que se possa confiar nas suas respostas. A linguagem técnica que utiliza evita ambiguidades, embora também torne os seus enunciados menos acessíveis.

Relação Entre os Dois Tipos de Conhecimento

O conhecimento vulgar e o conhecimento científico são distintos. O facto de o segundo assentar em pressupostos (experimentação, por exemplo) que faltam ao primeiro estabelece uma relação que é, em muitos aspetos, de oposição e rutura. Todavia, existe também uma certa continuidade e complementaridade entre estas duas formas de conhecimento.