A Consciência como Espaço Sagrado e o Amor Social
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Conclusão
A Consciência como Espaço Sagrado
Após este conhecimento sobre as religiões de forma didática, podemos concluir que, no mundo do ser humano, encontramos uma realidade sempre presente desde os registros mais antigos de sua cultura. Existe algo que fascina as pessoas: o conceito de consciência, muitas vezes entendida como a capacidade de avaliar os atos humanos antes, durante ou após suas realizações, classificando-os como bons ou maus conforme sua orientação ou não para o Sumo Bem.
Porém, penso a consciência como o espaço sagrado onde o meu "eu" mora e, por isso, o único lugar para um verdadeiro encontro do meu "eu" com um "tu". É na minha consciência que se realiza o encontro do meu desejo com o objeto desejado. É na minha consciência que há o encontro do meu "eu humano", que deseja o infinito, com o "Tu Divino" que é desejado.
O Amor Social e a Ecologia Integral
Com base em textos da própria Encíclica, pode-se concluir que:
“É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo, que vale a pena ser bons e honestos. Vivemos já muito tempo na degradação moral, baldando-nos à ética, à bondade, à fé, à honestidade; chegou o momento de reconhecer que esta alegre superficialidade de pouco nos serviu. Uma tal destruição de todo o fundamento da vida social acaba por colocar-nos uns contra os outros na defesa dos próprios interesses, provoca o despertar de novas formas de violência e crueldade e impede o desenvolvimento duma verdadeira cultura do cuidado do meio ambiente.”
O exemplo de Santa Teresa de Lisieux convida-nos a pôr em prática o pequeno caminho do amor, a não perder a oportunidade de uma palavra gentil, de um sorriso, de qualquer pequeno gesto que semeie paz e amizade. Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo. Pelo contrário, o mundo do consumo exacerbado é, simultaneamente, o mundo que maltrata a vida em todas as suas formas.
O amor, cheio de pequenos gestos de cuidado mútuo, é também civil e político, manifestando-se em todas as ações que procuram construir um mundo melhor. O amor à sociedade e o compromisso pelo bem comum são uma forma eminente de caridade, que toca não só as relações entre os indivíduos, mas também «as macrorrelações como relacionamentos sociais, econômicos, políticos».[156] Por isso, a Igreja propôs ao mundo o ideal de uma «civilização do amor».[157] O amor social é a chave para um desenvolvimento autêntico: «Para tornar a sociedade mais humana, mais digna da pessoa, é necessário revalorizar o amor na vida social – nos planos político, econômico, cultural – fazendo dele a norma constante e suprema do agir».[158] Neste contexto, juntamente com a importância dos pequenos gestos diários, o amor social impele-nos a pensar em grandes estratégias que detenham eficazmente a degradação ambiental e incentivem uma cultura do cuidado que permeie toda a sociedade. Quando alguém reconhece a vocação de Deus para intervir juntamente com os outros nestas dinâmicas sociais, deve lembrar-se que isto faz parte da sua espiritualidade, é exercício da caridade e, deste modo, amadurece e se santifica.