Contabilidade de Custos: Fundamentos e Modelos Essenciais

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Módulo 1: Fundamentos da Contabilidade de Custos

Unidade 1.1: A Contabilidade de Custos

  • A gestão de custos caminha para sistemas gerenciais que forneçam rápido feedback aos gestores sobre o desempenho econômico dos produtos, processos, unidades de negócio, e relacionamentos entre clientes e fornecedores, com o objetivo de trazer vantagem competitiva.
  • Foco principal: estudo das ferramentas de custos que auxiliem o gestor na formulação e implementação de estratégias que possibilitem a conversão do plano estratégico em medidas administrativas e operacionais, capazes de criar valor para a empresa.

Função da Contabilidade de Custos

Apoio à tomada de decisão gerencial. Tornou-se ferramenta básica para a contabilidade gerencial, que tem como palavras de ordem: inferência futura, flexibilidade, velocidade de mudança, relevância das decisões, lógica e feedback.

CaracterísticaContabilidade FinanceiraContabilidade Gerencial
ClientelaExterna: acionistas, autoridadesInterna: funcionários, administradores
PropósitoReportar o desempenho passadoInformar decisões internas tomadas por funcionários e gerentes
DataHistóricaAtual, orientada para o futuro

Unidade 1.2: Conceitos Básicos em Contabilidade de Custos

1.2.1: Receita

Efeito positivo sobre o resultado de forma normal e voluntária. São ingressos de recursos para o patrimônio de uma empresa sob a forma de bens e direitos, venda de produtos, mercadorias, prestação de serviços.

1.2.2: Gastos

São sacrifícios financeiros para obtenção de produtos e serviços, que afetam o período e não exercícios futuros. São eles: custos e despesas.

1.2.2.1: Custos

São gastos que geram benefícios no período. São gastos relativos aos fatores utilizados na produção de bens e serviços; o gasto que está envolvido na produção é um custo.

Existem 3 definições:

  • Comércio: Custo de Mercadoria Vendida (CMV) - preço de aquisição do bem.
  • Indústria: Custo do Produto Vendido (CPV) - são todos os fatores de produção do bem.
  • Serviço: São todos os gastos envolvidos com a prestação do serviço.
1.2.2.2: Despesas

São bens ou serviços utilizados de forma direta ou indireta para a obtenção de receitas.

1.2.2.3: Investimentos

Efeito gerador de benefício futuro; gasto ativado.

1.2.3: Ganho

Efeito positivo no resultado de forma anormal e involuntária.

1.2.4: Perdas

Efeitos negativos no resultado de forma anormal e involuntária.

1.2.5: Custo de Capital

Remuneração do capital de terceiros e próprios.

Unidade 1.3: O Conceito de Custos para a Gestão Estratégica

  • Para a gestão estratégica de custos, custos não são apenas os gastos necessários à produção de um produto, e sim todos os gastos necessários à geração de valor para os clientes, sejam eles gastos relacionados à produção ou não.

Unidade 1.4: O Conceito de Relevância na Gestão Estratégica

  • Quanto mais preciso, mais caro fica o sistema.
  • Um dos pontos mais difíceis ao se projetar um sistema de custeio é justamente o entendimento de até quando melhorar a precisão do sistema de custeio vale a pena. Um gráfico (Pg. 13) ilustra a relação entre custos dos erros, custos de medição, ponto ótimo e custo total, evidenciando a relação entre precisão e custo.

Módulo 2: O Modelo de Custeio Variável

Unidade 2.1: A Equação Base da Lucratividade

2.1.1: Lucro = Receita - Custo Total

2.1.2: Custos Variáveis e Custos Fixos

Os custos podem variar, em relação ao volume de produção, de duas formas:

  • Custos Variáveis: são os custos que variam incrementalmente quando se produz ou se presta serviço, variando em função do volume da produção. Ex: matéria-prima.
  • Custos Fixos: são os custos que não variam dentro da capacidade de produzir ou prestar serviço na empresa. Não variam com o aumento do volume de produção, dentro de determinados limites. Ex: funcionários que recebem salário fixo.
  • Toda empresa tem um limite de produção que é a capacidade instalada; porém, dentro deste limite, os custos podem ser considerados fixos ou variáveis segundo a variação na quantidade produzida.

2.1.3: Equação Base com Custos Variáveis e Fixos

Lucro = Receita - Custo Variável - Custo Fixo.

Receita = Preço de Venda Unitário (P) × Quantidade Vendida (Q)

Custo Variável = Custo Variável Unitário (CV) × Quantidade (Q)

Unidade 2.2: Relação Custo/Volume/Lucro (CVL)

2.2.1: Margem de Contribuição

Margem de Contribuição: Preço de venda menos os custos variáveis unitários, representando o valor que sobra para cobrir os gastos fixos.

2.2.2: Ponto de Equilíbrio

Quantidade a partir da qual a empresa passa a ter lucro.

  • Ponto de Equilíbrio Financeiro: ponto a partir do qual a empresa começa a ter sobra de caixa.
  • Ponto de Equilíbrio Contábil: ponto a partir do qual a empresa começa a ter lucro contábil (considera o conceito de depreciação e pagamento de imposto de renda a partir deste ponto).
  • Ponto de Equilíbrio Econômico: ponto a partir do qual a empresa começa a gerar valor (viabilidade econômica: VPL, TIR, Payback). É o ponto mais importante para os administradores.

Unidade 2.3: Relação CVL: Desenvolvendo a Equação Básica

Lucro = Q * (P - CV) - CF

  • Gerenciar custos significa maximizar as contribuições e ser o mais eficiente possível na gerência dos custos fixos. Existem três formas de maximizar a margem de contribuição total:
  1. Aumentando a margem de contribuição unitária.
  2. Aumentando o giro (o Q).
  3. Os dois.

2.3.1: Equações Básicas

Q = (CF - Depreciação) / MC

2.3.2: Ponto de Equilíbrio Financeiro

Q = CF / MC

2.3.3: Ponto de Equilíbrio Contábil

Q = CF / MC

2.3.4: Ponto de Equilíbrio Econômico

Q = (CF + K - D) / (MC * (1 - IR))

Unidade 2.4: O Método de Custeio Variável

  • O modelo variável tem como foco principal a margem de contribuição; os custos fixos não participam da decisão de fazer ou não fazer o produto ou serviço.
  • Neste método, só entra no custeio do produto o custo variável, deixando de fora todos os custos fixos. Uma vez que a estrutura da empresa foi montada (custos fixos), maximizar a lucratividade significa maximizar as margens de contribuição.

Unidade 2.5: Síntese do Módulo: Pontos Fortes e Fracos

  • Incentivam a venda dos produtos que têm a maior margem de contribuição.
  • Problema do modelo: abandono dos custos indiretos.

Módulo 3: Custeio por Absorção e Overhead

  • Outros três modelos de custos:
  1. Modelo direto.
  2. Modelo de absorção simples.
  3. Absorção departamentalizada.
Modelos que levam em consideração os custos indiretos, mesmo que apenas parte destes.

Unidade 3.1: A Identificação dos Custos

3.1.1: O que é Identificação?

Atribuir custo ao objeto de custeio. Os recursos são identificados ao produto de duas formas: identificação direta e indireta.

3.1.2: Custos Diretos e Indiretos

  • Custos Diretos: São os custos que podem ser apropriados ao produto ou serviço prestado de forma clara e precisa. Custos identificados ao objeto de custeio.
  • Custos Indiretos: Custos que não podem ser apropriados ao produto de forma muito clara e precisa, objetiva.
  • A diferença entre direto e indireto é uma questão de medição.
  • Palavra-chave é medida.
  • Conceito de relevância.

Unidade 3.2: O Modelo de Custeio Direto

  • Extensão do custeio variável: fazem parte os custos variáveis e os custos fixos diretos.
  • Quando se deduz da margem de contribuição os custos fixos diretos, tem-se a segunda margem de contribuição (margem de contribuição identificada).

Unidade 3.3: Sistema de Custeio por Absorção Simples

3.3.1: Conceito de Overhead

Significa os custos indiretos, todos os custos que não têm relação muito precisa com o objeto de custeio.

3.3.2: Absorção Simples

Modelo de identificação dos custos indiretos. Rateio significa divisão: dividir os custos aos produtos com base em um fator de divisão chamado base de rateio. Modelo muito simples; não tem relevância!

Unidade 3.4: Sistema de Custeio por Absorção Departamentalizado

3.4.1: Departamento e Centros de Custos

Departamento é a menor unidade de uma empresa, e dentro deles temos os centros de custos (unidades de custos indiretos).

  • Departamentos de produção.
  • Departamentos de serviço.

Passos:

  1. Criação dos centros de custos.
  2. Transferência dos custos dos centros de serviços para os de produção.
  3. Transferência dos custos dos departamentos de produção para os produtos.

Unidade 3.5: Análise dos Modelos: Simples e Departamentalizado

  • Margem de lucro (lucro/receita) da empresa: não influencia.
  • Margem de lucro (lucro/receita) dos produtos: muda bastante.

3.5.1: Benefícios da Departamentalização

  • Transformação de algumas contas que são indiretas para diretas.
  • Maior opção da base de rateio.
3.5.1.1: Transformação de Contas Indiretas em Diretas
3.5.1.2: Melhor Opção de Bases de Rateio para Centros de Produção

3.5.2: Benefícios da Departamentalização para Outros Métodos de Custeio

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