Contração Muscular Esquelética: Tipos, Tétano e Mecanismos

Classificado em Medicina e Ciências da Saúde

Escrito em em português com um tamanho de 4,08 KB.

Músculo esquelético ou estriado

Essa interação da actina com a miosina não é permanente porque a miosina se liga novamente ao ATP e se solta da actina, depois o ATP é quebrado em ADP e gera o processo novamente.

Há dois tipos de contração no músculo esquelético:

Contração isotônica – Quando o músculo contrai diminuindo de tamanho, causando um movimento. Nessa contração o músculo vai realizar um trabalho externo porque quando ele encurta diminui seu tamanho movimentando um osso.

Somente a tensão e a força desse músculo se mantém constante. Se aumentarmos a velocidade a força diminui e se diminuirmos a velocidade a força aumenta, isso vai depender do peso do objeto que está sendo movimentado.

Contração isométrica – Quando o músculo não altera o seu tamanho, está contraindo mas quando a miosina se deliga da actina essa miosina volta a ligar-se na mesma actina, então não há deslizamento do filamento fino sobre o filamento grosso e se não há deslizamento não consegue realizar um trabalho externo (não movimenta o osso), mas a tensão e a força desse músculo vai aumentar. Tensão aumenta porque as proteínas elásticas vão ser estimuladas e vão aumentar na contração isométrica e provocar aumento da tensão. Quanto maior a tensão do músculo, mais esticadas estão as proteínas elásticas, mais separado vai ficar o filamento fino do filamento grosso. Se essa tensão diminuir a proteína elástica vai ficar menos esticada e o tamanho do sarcômero vai diminuir.

Ao andar temos as duas contrações, o mesmo músculo esquelético pode fazer as duas dependendo da sua função.

Quando carrega uma caixa é contração isométrica e isotônica. Para tirar a caixa do chão é contração isotônica, para manter a caixa suspensa no ar é isométrica.

Contração tetânica – Dependendo do potencial de ação nós podemos ter outra contração, que é o tétano, contração tetânica, ocorre quando aumenta a frequência de potencial de ação. Frequência é um fenômeno que ocorre num período de tempo.

Então se, por exemplo, temos um único potencial de ação, o que acontece com o músculo esquelético? Contrai e relaxa.

Se temos outro potencial de ação, outro estímulo, o músculo vai contrair e vai relaxar novamente. Se aumentarmos a frequência de potencial de ação, esse músculo vai contrair e começar a relaxar. Quando está relaxado temos outro potencial de ação, então esse músculo vai voltar a contrair. Se está relaxando, volta a contrair novamente, porque temos outro potencial de ação. Se aumenta a frequência de potencial de ação o grau de contração aumenta.

E o que estamos fazendo com o grau de relaxamento desse músculo? Diminuindo, quanto mais contrai menos relaxa, menos tempo para relaxar tem, então o tempo de relaxamento está menor. Isso ocorre quando aumentamos a frequência de potenciais de ação.

Esse fenômeno quando aumenta o grau de contração, diminui o grau de relaxamento, porque a frequência de ciclos aumentou, chamamos de tétano incompleto ou imperfeito. Isso é o músculo está mais tempo contraído do que relaxado, porque a frequência de potenciais de ação é maior. Se aumentarmos a frequência de potenciais de ação o músculo vai ficar mais tempo contraído e menos tempo relaxado.

Aumenta mais a frequência, se está extremamente alta esse músculo vai somente ficar contraído, esse músculo não vai ter tempo suficiente para relaxar.

Quando o músculo está somente contraído, pela alta frequência de estímulos, chamamos de tétano completo ou tétano perfeito.

Quando temos a frequência de estímulo muito alto o que vai acontecer? O tétano completo ou perfeito, ele somente fica contraído, não há tempo de relaxamento, então o músculo somente vai se manter contraído. Ocorre porque a frequência de estímulo está extremamente elevado.

Entradas relacionadas: