Controladores Lógicos Programáveis (CLPs)
Classificado em Tecnologia
Escrito em em português com um tamanho de 5,6 KB.
Introdução aos CLPs
O termo CLP, amplamente utilizado no meio industrial, significa em inglês Programmable Logic Controller. Originalmente chamado de PC (Programmable Controller), com a chegada dos PCs da IBM, para evitar confusão, passou-se a usar a sigla PLC.
Na Europa, o mesmo conceito é chamado de Controlador Lógico Programável. A definição mais adequada é: sistema de controle automático industrial que trabalha sob uma sequência de instruções lógicas armazenadas na memória. É um sistema porque contém tudo o necessário para operar, e industrial por ter todos os requisitos para operar em ambientes hostis encontrados na indústria.
Histórico dos CLPs
Os CLPs foram introduzidos na indústria na década de 1960, devido à necessidade de eliminar o grande custo produzido pela substituição do complexo sistema de controle baseado em relés e contatores.
O CLP é um dispositivo usado para controle baseado em lógica, definida por um programa.
Estrutura de um Controlador Lógico Programável
Um CLP é um hardware industrial utilizado para a coleta de dados. Uma vez obtidos, os dados são transmitidos (por exemplo, via Ethernet) para um servidor. Sua história remonta ao final da década de 1960, quando a indústria buscava nas novas tecnologias eletrônicas uma solução mais eficiente para substituir os sistemas de controle baseados em circuitos de relés, interruptores e outros componentes normalmente usados para controlar sistemas de lógica combinacional.
Hoje, o CLP não só controla a lógica de funcionamento de máquinas, plantas e processos industriais, mas também pode realizar operações aritméticas, gerenciar sinais analógicos para estratégias de controle, como controladores PID (Proporcional-Integral-Derivativo).
O CLP atual pode se comunicar com outros controladores e computadores em redes locais e são parte fundamental dos modernos sistemas de controle distribuído.
Existem diversas linguagens de programação. As mais utilizadas são: diagrama Ladder (escada), preferida por eletricistas; lista de instruções; e programação de estados. Apesar disso, linguagens mais intuitivas, como a programação em fluxograma, permitem implementar algoritmos complexos de forma mais simples, fácil de interpretar e manter. Uma linguagem mais recente, preferida por profissionais de computação e eletrônica, é a FBD (Function Block Diagram), que utiliza portas lógicas e blocos com diferentes funções interligadas.
Na programação, é possível incluir diferentes tipos de operandos, desde os mais simples, como lógica booleana, contadores, temporizadores, contatos, bobinas e operadores matemáticos, até os mais complexos, como gerenciamento de receitas, ponteiros, algoritmos PID e funções multimídia, que permitem a interconexão com outros dispositivos.
Componentes de um CLP
Um controlador lógico programável é constituído por um conjunto de placas de circuito impresso onde estão localizados os componentes eletrônicos. Sua estrutura básica de hardware é composta por:
- Alimentação
- Unidade Central de Processamento (CPU)
- Módulos de Interface de Entrada/Saída (I/O)
- Módulo de Memória
- Unidade de Programação
Em alguns casos, quando o trabalho a ser realizado pelo CLP é mais exigente, inclui-se o módulo inteligente.
Unidade Central de Processamento (CPU)
É o componente mais complexo e essencial do controlador programável, o cérebro do CLP. Baseada em microprocessadores e memórias, contém uma unidade de controle, memória RAM interna para o programa, temporizadores, contadores, memórias internas, imagens das entradas/saídas do processo, etc. Sua missão é ler os estados dos sinais das entradas, executar o controle e gerar os resultados. O processamento é contínuo e em alta velocidade.
Alimentação
A alimentação fornece energia à CPU e aos outros cartões, dependendo da configuração do CLP.
- +5V para alimentar todos os cartões
- +5,2V para alimentar o programador
- +24V para 20 canais de loop de corrente mA
Módulos de Interface de Entrada/Saída (I/O)
Fornecem a ligação entre a CPU do controlador e os dispositivos de campo. Através deles, ocorre a troca de informações, tanto para aquisição de dados quanto para controle do processo.
Tipos de Módulos de Entrada e Saída
Devido à variedade de dispositivos externos (sensores e atuadores), existem diferentes tipos de módulos de entrada e saída, cada um para lidar com certos tipos de sinal (discreto ou analógico) e valores de tensão ou corrente (DC ou AC).
- Módulos de Entrada Discreta
- Módulos de Saída Discreta
- Módulos de Entrada Analógica
- Módulos de Saída Analógica
Módulos de Memória
Dispositivos projetados para armazenar informações temporária ou permanentemente.
- Volátil (RAM)
- Não Volátil (EPROM e EEPROM)
Unidade de Programação
Os terminais de programação são os meios de comunicação entre o homem e a máquina. São compostos por teclados e dispositivos de exibição.
- Manual (Hand Held)
- Tipo Calculadora
- Tipo Vídeo
- PC (Computador)