Controlo de Qualidade na Construção

O controlo de qualidade na construção é essencial para garantir a segurança, durabilidade e conformidade das obras. Envolve a definição de especificações, procedimentos de controlo e a documentação de todo o processo.

Fases do Controlo de Qualidade:

• Controlo de materiais: Verificação da qualidade dos materiais recebidos na obra.
• Controlo da execução: Supervisão e verificação da correta execução dos trabalhos.

Termos Importantes:

• Partida: Produtos da mesma natureza e origem numa unidade de transporte.
• Remessa: Produtos da mesma fonte numa unidade de transporte.
• Coleção: Quantidade de material armazenado junto.
• Lote de material: Quantidade de material sujeita a receção como um todo.
• Lote de desempenho: Parte da obra sujeita a aceitação como um todo.
• Unidade de Inspeção: Atividades correspondentes a um processo de execução único.
• Qualidade: Propriedades e características que satisfazem necessidades explícitas e implícitas.
• Controlo de qualidade: Operações técnicas para atender aos requisitos de qualidade.
• Amostra: Parte representativa de um lote.
• Amostra (para teste): Porção de uma amostra usada para um teste específico.

Agentes de Controlo de Qualidade:

1. Direção Opcional: Aprova o controlo de qualidade, incluindo produtos e processos.
2. Laboratórios e Entidades de Controlo de Qualidade: Verificam a conformidade dos produtos.
3. Laboratórios de Controlo: Realizam ensaios, preferencialmente independentes.
4. Entidades de Controlo de Qualidade.

Acreditação de Laboratórios:

• Acreditação de um laboratório: Reconhecimento formal da sua competência.
• Sistema de Acreditação: Sistema com regras para a realização da acreditação.
• Organismo de Acreditação: Gere o sistema de acreditação e concede a acreditação.
• RELAC: Rede Espanhola de Laboratórios de Ensaio.
• ENAC: Entidade Nacional de Acreditação.

Tipos de Ensaios:

• Ensaios químicos: pH da água, etc.
• Ensaios físicos: Expansão do cimento, etc.
• Ensaios mecânicos: Flexão, compressão, tração.
• Ensaios destrutivos: Causam a destruição da amostra (ex: betão e argamassas).
• Ensaios não destrutivos: Não alteram a amostra (ex: elastómeros).

Equipamento de Ensaio de Betão:

• Moldes: Para moldar os provetes.
• Esclerómetro: Mede a dureza superficial do betão.
• Ultrassom: Mede a uniformidade do betão.
• Prensas: Submetem a amostra a força progressiva para testes mecânicos.

Aditivos e Adições ao Betão:

• Aditivos: Substâncias adicionadas ao betão (máx. 5%) para modificar características. Requerem verificação de documentos e, se não normalizados (CE), certificado de teste.
• Adições: Materiais inorgânicos (ex: cinzas volantes, sílica ativa) adicionados para melhorar propriedades. Necessitam de justificação de adequação.

Controlo do Betão:

• Inclui ensaios documentais e experimentais.
• Folhas de abastecimento são obrigatórias.

Tipos de Controlo:

• Consistência (medida em centímetros): Seca (0-2), Plástica (3-7), Mole (8-12), Fluida (13-18), Líquida.
• Durabilidade: Verificação da relação água/cimento e teor mínimo de cimento. Importância da compactação e cura.
• Resistência: Uso de provetes cilíndricos (15x30cm) ou cúbicos (15cm ou 10cm de aresta, dependendo do tamanho do agregado).

Métodos de Controlo do Betão:

1. Controlo Estatístico: O mais comum, divide a obra em lotes.
2. Controlo 100%: Medição e controlo de todos os lotes.
3. Controlo Indireto: Para obras menores e não estruturais (regido pela EHE).

Características do Teste: A resistência real do betão deve constar no projeto. Realizam-se ensaios em seis lotes, com duas amostras por lote, testadas à compressão após 28 dias.

Informações de Teste: Realizadas quando há quebra nos critérios de aceitação ou dúvidas sobre os resultados. Incluem a realização e quebra de provetes ou amostras extraídas do betão. Métodos não destrutivos (esclerómetro ou ultrassom) podem ser usados quando a extração afetar a capacidade de carga.