Convergência de Redes: RIP, IGRP, EIGRP, OSPF

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Explicação sobre o conceito de convergência em redes de computadores e como diferentes protocolos de roteamento a implementam.

Rede Roteada

  • Caminho simples e
  • Sem loop

Convergência de Rede

Todas as tabelas de roteamento estão sincronizadas e cada uma contém uma rota utilizável para todos os destinos conhecidos.

Tempo de Convergência

Tempo necessário para que todos os roteadores em uma rede concordem com a topologia atual. Depende de:

  • Tamanho da rede
  • Protocolo de roteamento
  • Timers configuráveis

Timers default dependem do fabricante.

A topologia de rede deve estar estabilizada antes de novos cálculos de rota.

Uma rede não converge mais rapidamente do que a duração do timer de holddown.

Exemplo: um roteador executa OSPF com um atraso incorporado (tempo de espera antes de recalcular).

O atraso serve para recalcular diversas alterações ao mesmo tempo, reduzindo o overhead de CPU.

Rota em flapping: rota que oscila rapidamente entre os estados "down" e "up".

Métodos de Detecção de Falha

Protocolos de roteamento utilizam timers para evitar loops durante a transição de enlace.

  • Exemplo: se uma rota do tipo distance vector é suspeita, ela é colocada em holddown (expira após um tempo, com exceção para uma métrica melhor).

Um enlace é considerado "down" quando:

  • Não recebe 3 mensagens Hello ou atualizações.
  • A camada física ou de enlace (NIC ou LAN) não recebe 3 mensagens keepalive consecutivas.

A convergência é impactada pelo tempo e por:

  • Tamanho da rede
  • Eficiência do algoritmo de roteamento
  • Como as informações de falha são propagadas (irradiadas)

Convergência RIP

Sequência de eventos típica:

  • Falha detectada – envia flash update (rota envenenada, métrica 16).
  • Expurga a entrada para o enlace em estado down conectado diretamente em sua tabela.
  • Marca as rotas aprendidas via esse enlace como inacessíveis (métrica 16).
  • Envia atualizações (flash updates) para vizinhos RIPv1 (broadcast) e RIPv2 (multicast) anunciando a falha.
  • Utiliza Split Horizon com Poison Reverse para anunciar a falha de volta ao vizinho de onde a rota foi aprendida.
  • Aplica holddown para a rota com falha.
  • Anúncios periódicos ou flash updates sobre a rota com métrica melhor são ignorados enquanto a rota está em holddown.
  • Após o período de holddown, se uma nova rota válida for recebida, a tabela é atualizada.

Tempo de Atualização RIP

  • Atualização RIP default: 30 segundos
  • HOLDDOWN default: 180 segundos

Tempo de convergência total pode ser superior a 210s, dependendo do tempo de detecção, tempo de holddown e tempo de atualização.

Convergência IGRP

Sequência de eventos típica:

  • Detecta falha de enlace entre os roteadores.
  • Envia flash update com rota envenenada (métrica máxima).
  • Expurga a entrada para o enlace com falha.
  • Marca as rotas associadas a esse enlace como inacessíveis.
  • Envia consulta (broadcast) para encontrar um caminho alternativo.
  • Vizinhos respondem (podem enviar rota envenenada como antídoto).
  • Se um caminho alternativo for encontrado, ele é instalado na tabela.
  • Aplica holddown na rota com falha.
  • Ignora atualizações sobre a rota com falha durante o holddown.
  • Após o holddown, se uma nova rota válida for recebida, a tabela é atualizada.

Convergência EIGRP

Termos importantes:

  • Tabela de Topologia: mantém cópia das tabelas de roteamento de seus vizinhos.
  • Sucessor: a melhor rota selecionada para um destino.
  • Sucessor Possível: uma rota alternativa válida para um destino.
  • Distância Anunciada (AD): a métrica para um destino anunciada por um vizinho.
  • Distância Factível (FD): a métrica total calculada pelo roteador para alcançar a rede de destino (AD do vizinho + custo até o vizinho).

Processo de convergência (DUAL):

  • Detecta falha no enlace.
  • Verifica se há um sucessor possível na tabela de topologia.
  • Se um sucessor possível for encontrado, a rota é atualizada instantaneamente (convergência rápida).
  • Se não encontrar um sucessor possível, a rota entra em estado Ativo.
  • Envia consulta (query) para todas as interfaces (multicast) para encontrar um caminho alternativo.
  • Vizinhos respondem às consultas (podem incluir a rota com falha com distância maior ou novos caminhos).
  • Aceita o novo caminho com a melhor métrica encontrada.
  • Cria ou atualiza a entrada na tabela de roteamento.
  • Envia atualizações (reply) sobre a nova rota para os vizinhos que enviaram a consulta.
  • Vizinhos confirmam (ACK) e, se necessário, enviam suas próprias atualizações.
  • Atualizações são bidirecionais e sincronizadas (usando RTP).

Sequência de Eventos OSPF

Processo de convergência:

  • Roteador detecta falha no enlace (ex: não recebe mensagens Hello dentro do Dead Interval).
  • Exclui a rota associada ao enlace com falha.
  • Cria um LSA (Link-State Advertisement) indicando a falha e o envia para suas interfaces.
  • Outros roteadores na área copiam o LSA e o propagam (flood) para manter suas bases de dados de estado de enlace sincronizadas.
  • Roteadores aguardam um tempo de atraso (SPF delay, default 5s) antes de executar o algoritmo SPF (Shortest Path First) usando a base de dados de estado de enlace atualizada.
  • O algoritmo SPF recalcula as rotas para todos os destinos.
  • A tabela de roteamento é atualizada com as novas rotas.
  • A falha é detectada quando o roteador não recebe mensagens Hello de um vizinho dentro do intervalo morto (Dead Interval, default 40s).

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