Coração de Pedra e Coração de Carne: A Obra do Espírito

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Quando houverem reentrado e extirpado os ídolos e objetos abomináveis,19eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo: extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne,20a fim de que observem as minhas leis, guardem e pratiquem os meus mandamentos, sejam o meu povo e eu o seu Deus” Ezequiel 11:19-20.
"Eu vos retirarei do meio das nações, eu vos reunirei de todos os lugares, e vos conduzirei ao vosso solo.25Derramarei sobre vós águas puras, que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações.26Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne.27Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos.28Habitareis a terra de que fiz presente a vossos pais; sereis meu povo, e serei vosso Deus.29Purificar-vos-ei de todas as vossas imundícies" Ezequiel 36:24b-29a

A Promessa da Salvação e o Coração de Pedra

A salvação é **graça** do Senhor do início ao fim! A Palavra da promessa não deixa dúvidas acerca da manifestação de Deus para salvar o homem de seus pecados. Quando Deus olhou para a humanidade e a sua corrupção interior, comparou o coração dos homens à pedra. Não há nada de sensível em um pedaço de pedra: ela é inerte, sem expressão, sem desejos e permanece imóvel a menos que algo exterior provoque nela algum movimento.

Deus descreve o homem que ainda não se converteu como possuidor de um coração de pedra, porque é exatamente nesse estado em que ele se encontra: inerte diante do bem, insensível à vontade de Deus, sem desejo de receber a Graça e o Conhecimento de Nosso Senhor, incapaz de mover-se em direção Daquele que pode mudar sua condição.

A Transformação Pelo Espírito Santo

Todos nós possuíamos um coração como esse, duro como pedra. Contudo, algo, em algum momento, mudou em nós. Assim como a pedra somente pode se mover se algum fator externo a impulsionar, algo também exterior a nós nos impulsionou para frente, agitou e moveu em nosso duro coração com força, desfazendo a insensibilidade e frieza do nosso interior. Sabemos que é impossível que a pedra se transforme em carne por sua própria natureza, pois pedra sempre será pedra. Mas esse agente transformador tem o poder de mudar o coração do homem, fazendo-o Nova Criatura: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Coríntios 5:17.

Essa é exatamente a operação que o Espírito Santo faz dentro de uma pessoa chamada à Salvação. Sendo o próprio Deus, Ele retira o coração de pedra pela pregação do Evangelho e coloca no lugar um coração de carne, capaz de sensibilizar-se diante do pecado, desejando ardentemente ser livre de sua escravidão e corrupção. Então, através de tal sentimento interior, produzido pelo novo coração que recebemos do Pai, Ele nos apresenta a Cristo: “Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito” Zacarias 12:10.

Ao nos fazer olhar para Cristo, torna-nos também inclinados a obedecê-Lo, removendo em nós os desejos carnais (da velha natureza) e produzindo novos sonhos, planos e projetos de vida, onde Jesus é sempre o Cabeça e o Inspirador da nova vontade renovada pela Graça: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado, para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” Romanos 8:2-4.

Desta forma, aceitar a Cristo como Senhor provém tanto de Deus quanto todo o restante da Salvação. Ninguém se dobraria a Ele se Ele não dobrasse a vontade do homem, mudando seu coração. Como em Gênesis, tanto o Pai, Filho e Espírito Santo estiveram atuantes na criação do homem (leia Gênesis 1:26), assim também na salvação os três se fazem presentes e atuantes: O Pai conduzindo-nos a Cristo, operando pelo Espírito, e o Filho salvando pela sua morte os que estavam com o endurecimento da morte em seus corações.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável” Salmos 51:10.

Nós precisamos ir ao encontro deste Coração para que Ele também faça um transplante do nosso coração frágil, pecador, limitado, um coração tantas vezes indiferente, capaz de se afastar da graça de Deus. É preciso ter um coração que bata no compasso do Coração de Cristo e, seja no mundo, o que Deus sonhou para você, pois o que Ele sonhou para a sua vida é algo muito grande, e você não pode estar à margem desta promessa.

Que Deus os abençoe em Nome de Jesus Cristo!

Ao ir para a página do Podcast ‘Sorrindo pra Vida’, você encontrará o áudio dos programas anteriores. Abaixo de cada um deles, há uma seta; ao clicar nela, você conseguirá baixar o arquivo em MP3.

A Palavra meditada, hoje, está em Ezequiel 36:22-28.

“Deus usa de misericórdia com todos nós, Ele nos traz de volta para Sua casa, nos purifica com a água do Espírito Santo e nos dá um coração novo”, ressalta Alexandre.
Foto: Wesley Almeida/Arquivo Fotos CN

O Contexto Profético de Ezequiel

Meus irmãos, no Livro de Ezequiel, nós podemos ver a história de um profeta que viveu em um tempo difícil, onde aconteceu a destruição do Templo Sagrado de Jerusalém. Quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Judá e levou o povo eleito, ali estava Ezequiel, exilado com todos os babilônios. Essas duas situações marcam muito a vida desse profeta.

A primeira está no começo do Livro de Ezequiel, é a visão da glória de Deus. O profeta tem sua vida transformada a partir dessa visão, pois agora ele se vê todo envolvido pelas bem-aventuranças do Senhor. Mas, a partir do capítulo 11 desse Livro, ele vê a glória do Senhor indo embora, deixando o povo eleito. Mas por quê? A glória de Deus abandona Jerusalém, porque todos estavam entregues à idolatria e isso é abominável para o Pai. O povo eleito deixava o culto ao Deus vivo para idolatrar, a ponto que, dez anos depois, o Templo foi completamente destruído.

É diante de toda essa situação que o profeta começa a pronunciar essas palavras doces, palavras de restauração e de um tempo novo. Agora, a glória do Altíssimo, que havia ido embora, vai em direção ao povo exilado.

Foi por causa da idolatria e da rebeldia que o povo foi parar no sofrimento, mas, agora, Deus fala que o nome d'Ele não será mais profanado, mas santificado. O Senhor poderia destruir todo o povo por terem profanado Seu nome, mas Ele é amor e vem para santificar Seu nome no coração de todos.

Deus é fiel com seu povo e diz: Vou pegar vocês do meio das nações, vou reuni-los de todos os países e levá-los para a sua própria terra. É o que Ele faz conosco. O Pai nos traz de volta para a Igreja, assim como levou todo o povo de volta à terra que Ele lhes havia dado.

Depois, o Senhor continua dizendo: Derramarei sobre vocês uma água pura, e vocês ficarão purificados. Vou purificar vocês de todas as suas imundícies e de todos os seus ídolos. Darei para vocês um coração novo e colocarei um espírito novo dentro de vocês. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.

Deus usa de misericórdia com todos nós, Ele nos traz de volta para Sua casa, purifica-nos com a água do Espírito Santo e nos dá um coração novo.

Pentecostes e a Lei do Espírito

A solenidade do próximo domingo é a Festa de Pentecostes. É nessa festa que o povo celebrava a entrega da lei do amor do Espírito Santo. É esta lei que o Senhor nos promete por meio da Palavra de hoje. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina, nos números 731 e 732, a respeito da Festa de Pentecostes.

É no domingo de Pentecostes que acontece o derramamento do Espírito Santo. É nesse dia que a Santíssima Trindade nos é plenamente revelada, e, a partir dessa festa, o Reino anunciado por Jesus está aberto a todos que n'Ele creem.

Meus irmãos, aqui o profeta entendeu que é Deus quem toma a iniciativa. É Ele quem derrama a água pura e nos dá um coração e um espírito novo. A nós cabe, unicamente, desejar essa transformação dizendo: Faça em mim, Senhor, a Sua vontade. Arranca de mim esse coração de pedra.

Dobre-se a Deus pela força do Espírito Santo, pois um coração de pedra não o levará a lugar nenhum, a não ser para o abismo. Deus não quer ver você no exílio ou no abismo, Ele vai com você em todos os lugares e, se você quiser, Ele pode transformar sua vida. Deus pode tudo.

Deixe o Espírito Santo escrever essa lei nova no seu coração de carne, permita que o Pentecostes aconteça na sua vida e a Trindade Santa se revele a você. Que o Pai o visite, no dia de hoje, para acabar com todo ódio e revolta que possa existir no seu coração.

Rompa com toda mágoa, todo ódio e orgulho. Dobre-se diante do Senhor e permita que Ele escreva Sua Lei nesse coração de carne. É uma iniciativa do próprio Deus fazer isso em você. Basta a sua vontade.

A sua vida está nas mãos de Deus. Você não pode dizer: Quando eu quiser, eu paro com esse vício, com esse ódio. Tem de ser quando Deus quiser, e hoje Ele quer tirar esse coração de pedra do seu interior, quer purificá-lo de toda impureza e quer que você habite a terra que Ele deu para seus pais.

Quero terminar com as palavras do Papa Francisco, na Catequese da última quarta-feira, quando ele disse: O Espírito Santo é a fonte inesgotável da vida de Deus em nós.

O Espírito Santo está em você, deixe que a nova vida do Senhor se manifeste agora. Clame essa força do Paráclito. Que a vontade da beleza do homem novo e do coração de carne, que se deixa moldar pela vontade de Deus, se manifestem em você.

Jeremias 24:7
Eu lhes darei um coração capaz de conhecer-me e de compreender que Eu Sou Yahweh, o SENHOR. Serão o meu povo e Eu serei o seu Deus, pois eles se voltarão para mim de todo o coração

Não guarde mais nada entulhado em seu coração. Ponha tudo às
claras diante de Jesus: indiferenças das pessoas, derrotas, decepção do
trabalho, aborrecimentos, lágrimas...

Você não pode mais guardar nada de ruim no seu coração. Isso só
destrói sua vida. Jesus lhe dá a graça de poder entregar a Ele todas
essas situações e deixá-Lo fazer todo o trabalho de cura do seu coração.
Pela falta de perdão a vida se complica. Perdoar é o primeiro passo para
descomplicar a vida, para desentulhar o nosso coração. O combate não faz
escolhas, ele obedece às ordens. Ele e todos os seus companheiros estão
em batalha. Ele não segue os seus sentimentos, mas as ordens de seus
comandantes. É hora de você, combatente, obedecer.

Por isso o Senhor nos fala através do profeta Ezequiel, que Ele
quer dar a nós um coração novo e o Espírito Santo para que possamos sim
ser restabelecidos, renovados. Para que possamos sim ser também canal de
graça para os nossos irmãos que sofrem as demoras de Deus e não
compreendem que para servir a Deus tem que estar com o coração puro e
sem entulhos.

"Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo;
tirarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de
carne. Infundirei em vós o meu Espírito e farei caminhar segundo as
minhas leis, guardar e praticar os meus costumes. Habitareis a terra que
dei a vossos pais; sereis para mim um povo e eu serei para vós Deus" (Ez
36:26-28).

Que Deus Todo-Poderoso vos abençoe e guarde e que Jesus Cristo
continue derramando a sua misericórdia sobre todos vocês e seus
familiares e que Maria Santíssima nos cubra com seu manto virginal e que
interceda sempre por nós para que sejamos dignos das promessas de
Cristo. Amém.

Gálatas 5:1-26

O Que É o Fruto do Espírito?

A metáfora do "fruto" aparece várias vezes no Novo Testamento, designando sempre algum "resultado" (Mt 3:8; 7:16; Rm 1:13; Ef 5:9; Hb 13:15). O Fruto do Espírito são qualidades morais divinamente implantadas. São resultados da ação do Espírito em nosso caráter.

1. A Origem, o Crescimento e a Maturidade do Fruto

Primeiro, a sua origem é sobrenatural: "do Espírito" (genitivo grego que indica fonte ou causa). Enquanto as "obras da carne" são atos que praticamos naturalmente, o "Fruto do Espírito" é de responsabilidade do próprio Espírito. Precisamos ter humildade, pois não podemos produzir este fruto.

Segundo, o seu crescimento é natural. O "fruto" faz parte da "lei da semeadura e da colheita": "aquilo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7). O nosso interior é como um campo onde estamos semeando diariamente. Aquilo que você semear você irá colher. "Semeie um pensamento, e você colherá uma ação; semeie uma ação, e você colherá um hábito; semeie um hábito e você colherá um caráter; semeie um caráter e você colherá um destino". Se você deseja que o Espírito Santo produza o fruto em você, forneça-lhe os meios: oração e leitura bíblica. "A graça nos confere os meios para colhermos abundante safra espiritual".

Terceiro, a sua maturidade é gradual. Antes de ser um fruto maduro, há etapas que precisam ser cumpridas. Isto demanda tempo: primeiro a flor, depois o embrião e por fim, o fruto (Mc 4:28). O Espírito Santo não tem pressa e um caráter cristão maduro é resultado de uma vida inteira.

O Fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22-23)

Lemos em Gálatas 5:22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei.”

Há uma classificação comum destas virtudes: amor, alegria e paz (meu relacionamento com Deus); longanimidade, benignidade e bondade (meu relacionamento com os outros); fidelidade, mansidão e domínio próprio (relacionamento comigo).

Vejamos cada virtude separadamente:


Amor (Ágape)

Na língua grega "amor" (ágape) é uma palavra distinta usada para descrever a natureza do amor de Deus (Jo 3:16). Ele nos amou sem que oferecêssemos motivos para que Ele nos amasse. E é esse amor que o Espírito derrama em nosso coração (Rm 5:5), para que possamos obedecer ao mandamento de Jesus: O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei (Jo 15:12).

No "Hino ao Amor" (1 Co 13), Paulo apresenta quinze características do amor: é sofredor, benigno, não é invejoso, não se ufana, não é soberbo, não é indecoroso, não é interesseiro, não se irrita, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, alegra-se com a verdade, tudo aguenta, tudo acredita, tudo espera e tudo suporta.

O amor expressa o conteúdo total da fé cristã. O amor é a essência do caráter divino: Deus é amor (1 Jo 4:8).


Alegria (Charis)

A alegria (no grego "charis") é o gozo da graça, é um bem-estar espiritual, resultado de uma correta relação com Deus. A fonte desta alegria é o Senhor (Fp 3:1; 4:4,10; Rm 12:12). É a chamada "alegria da fé" (Rm 15:13; Fp 1:25) e a "alegria no Espírito Santo" (Rm 14:17; 1 Ts 1:6). Esta alegria independe das circunstâncias externas e pode ser desfrutada em meio às tristezas e aflições desta vida.


Paz (Shalom/Eirenê)

Paz (Shalom, no hebraico – Jz 6:24) inclui tudo quanto Deus tem dado em todas as áreas da vida. A paz é uma dádiva de Deus (Sl 4:8; 29:10-11; 119:165) e pode ser desfrutada somente na presença de Deus (Nm 6:24).

No contexto do Novo Testamento, Jesus é a nossa paz ("eirenê", no grego). Confira em Ef 2:14-18. Nele encontramos sossego, mesmo em meio às tribulações. A paz de Cristo não significa ausência de guerra, mas é uma tranquilidade interior. Ela é uma dádiva sobrenatural e indestrutível (Jo 14:27; 16:33). Em Cristo temos paz com Deus (Rm 5:1) e a paz de Deus (Fp 4:7).

"A paz é o primeiro fruto que se observa após o perdão de pecados" (Adam Clarke).


Longanimidade (Makrothumia)

Longanimidade ("makrothumia", no grego) significa literalmente "fôlego comprido" ou "lento à ira". É a paciência para suportar injúrias de outras pessoas. É um atributo de Deus, que tolera pacientemente todas as fraquezas humanas, não se deixando tomar por explosões de ira ou furor (Nm 14:18; Sl 86:15; Rm 2:4; 1 Pe 3:20).

O Espírito Santo nos capacita à longanimidade, isto é, sermos tolerantes com as pessoas cuja conduta visa provocar-nos à ira (Mt 18:21-35).


Benignidade (Chrestotes)

Benignidade (no grego, "chrestotes") significa uma disposição gentil e graciosa para com os outros. Também significa "excelência de caráter" e "honestidade". É um atributo divino (Mt 11:30; Tt 3:4). Jesus Cristo é o nosso modelo de gentileza, pois sempre se mostrou gentil para com os seus semelhantes. No caso da mulher flagrada em adultério (Jo 8:1-11), enquanto os homens se mostraram inflexíveis e exigentes, Jesus revelou a sua benignidade.


Bondade (Agathosune)

Bondade (no grego, "agathosune") significa aquilo que é bom e útil. É a qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas. "Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade" (M. Lutero). A bondade é um atributo de Deus (Sl 34:8; 107:1; Mt 19:17).

Bondade e benignidade são termos que estão ligados entre si (Rm 2:4; Ef 2:7). W. Barclay diz que a diferença está no fato de que a bondade pode reprovar, corrigir e exortar (Mc 11:15-18); mas, a benignidade só pode ajudar (Jo 8:10-11).

O Espírito Santo produz em nós uma bondade que é, ao mesmo tempo, amável e enérgica.


Fidelidade (Pistis)

Fé (no grego, "pistis") pode significar tanto "confiança" quanto "fidelidade". Para Paulo, "fé" significa o recebimento da mensagem da salvação e a conduta baseada no Evangelho (Rm 1:8; 1 Co 2:5; 15:3, 14, 17). O cristão vive pela fé, e de fé em fé (Hb 11:1-6).

John Stott diz: "Fé é a confiabilidade que convida outras pessoas a confiarem em nós. É a fidelidade provada, a dignidade sólida de alguém que sempre cumpre as suas promessas e termina o que começa".


Mansidão (Prautes)

Mansidão (no grego, "prautes") possui três significados principais: submissão a Deus (Mt 5:5; 11:29); dócil ou não soberbo (Tg 1:21); consideração (1 Co 4:21; 2 Co 10:1; Ef 4:2). O termo era aplicado também para coisas, palavras, remédios, ações e sentimentos que acalmam e suavizam.

A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que reconhece o valor do outro e se recusa a se considerar superior. É a virtude daqueles que herdarão a terra (Mt 5:5). Jesus Cristo é o modelo perfeito de mansidão.


Domínio Próprio (Egkrateia)

Domínio próprio (no grego, "egkrateia") significa "autocontrole", o domínio dos próprios desejos e apetites. É o senhorio sobre a língua, os pensamentos, os apetites e as paixões sexuais (Pv 16:32; 1 Co 7:9; 9:25).

A vitória mais difícil é a vitória sobre o próprio eu ou sobre as próprias paixões. Somente com o poder do Espírito Santo é possível o domínio próprio.


Conclusão sobre o Fruto

Quando olhamos para o Fruto do Espírito Santo vemos um retrato de Jesus Cristo. Todas as nove virtudes acima estão presentes no caráter de Cristo. Elas só podem ser implantadas no crente, por intermédio do Espírito Santo. Ele é quem opera a transformação moral do crente (2 Co 3:18). Deixe o Espírito trabalhar em seu caráter!

A Gaveta Chamada Coração: Tempo de Faxina

Estes dias, tentei arrumar minha gaveta em meu trabalho. Me surpreendi com tanta coisa guardada, muitos documentos velhos que já tinham sido resolvidos, canetas usadas que já não escreviam mais, mas estava tudo isso enfiado em minha gaveta fazendo volume enorme e sem utilidade alguma.

Após toda limpeza, percebi quanto espaço muitas vezes perdemos por guardar algo que não deveria ser guardado.

“…tempo de guardar e tempo de jogar fora.” Eclesiastes 3:6b

Conforme o sábio Salomão escreveu em seu livro de Eclesiastes 3, tudo tem seu tempo, tempo de guardar algo, tempo de lançar fora o que se guardou. Obviamente que esse lançar fora, com toda certeza, são de “coisas” que não são úteis à nossa vida. Tenho certeza que se você, meu amado irmão, fizer uma arrumação em suas despensas, verão quanto lixo costumamos guardar.

A Gaveta Chamada Coração

Temos um lugarzinho bem no nosso peito onde a Bíblia faz várias menções como o centro de nossas emoções, as Escrituras apontam para o coração do homem e é lá que se processa, e se arquivam coisas boas ou más [lixos, entulhos].

Mas cabe ao homem fazer uma faxina, lançar fora, descartar tudo que tem entulhado essa gaveta. É preciso avaliar se vale a pena guardar tanto lixo. O problema é que estando lá, esse lixo, quase sempre ocupa o que seria útil às nossas vidas. Do que sua gaveta [coração] está cheia? Veja o que acontece quando guardamos porcarias em nossa gaveta:

  • Em seu coração habita o engano; todo o tempo planeja o mal; anda semeando perversidades e discórdias. Provérbios 6:14.
  • Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, adultérios, imoralidades, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias. Mateus 15:19

Incrível como existem pessoas que guardam acontecimentos de 30 anos atrás, 40 anos e quase sempre buscam nesta gaveta esses causos. Mas o problema é que esse lixo, acontecimentos passados, não são coisas boas. E, todas as vezes que essas pessoas desengavetam o lixo acumulado, sentem raivas, ódios; vivem novamente a angústia que lhes aconteceu há décadas. Neste sentido a Palavra de Deus nos diz neste exato momento: “…é tempo de jogar fora.” Isso mesmo! Tempo de lançar para longe o que está fazendo mal.

Talvez você diga, foi grave o que aconteceu. Mas gostaria de desafiá-lo a buscar em sua gaveta algo que te dê Esperança. “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Lamentações 3:21

Lance fora da gaveta tudo que te traz dor, sofrimento, intrigas, ódio, rancor, lágrimas. Desocupe para que haja lugar para o amor, perdão, carinho, alegria. Guardemos então em nossos corações coisas boas, pois quando mexermos em nossa gaveta [coração] com certeza sairá dele, algo bom, algo que seja edificante para o outro: “…Pois a boca fala do que está cheio o coração”. Mateus 12:34

Estamos nos primeiros dias de 2015, e convido você a fazer esta faxina em sua gaveta, jogue fora, arranque de lá o que tem feito você sofrer. Não adianta guardar ódio contra alguém, pois só você vai sofrer com esse lixo. Quando se joga fora, quando se perdoa, quando se limpa essa gaveta o primeiro a ganhar vai ser você mesmo.

“Guardar ressentimento é o mesmo que tomar veneno e querer que o outro morra.”

Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14

*Lembranças negativas do passado bloqueiam o presente.

  1. Impede o perdão: O perdão verdadeiro é o esquecimento da ferida, da ofensa, como Deus mesmo diz: dos teus pecados não me lembro mais (Is 43:25). Tem pessoas que precisam se perdoar a si mesmas, dos seus erros cometidos e depois perdoar aqueles que as ofenderam (Pr 19:11). A discrição do homem o torna longânime, e sua glória é perdoar as injúrias.
  2. Impede a alegria: O passado ruim pode causar muitas tristezas, desgostos, pode fazer chorar.
  3. Impede a paz: As pessoas geralmente perdem a paz, o apetite e o sono quando se lembram das coisas passadas negativas não tratadas.
  4. Impede a harmonia: Tem pessoas que cada vez que se lembram de uma situação que causou ira, voltam a sentir a mesma emoção, é como colocar vinagre na ferida (Pr 25:20).
  5. Elas mostram as feridas demais: (Zc 13:6) Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos. Pessoas que vivem mostrando as suas cicatrizes para que as outras sintam pena delas.
  6. Elas contam as feridas demais: (Jó 7:5) A minha carne está vestida de vermes e de crostas terrosas; a minha pele se encrosta e de novo supura. Jó ocupa quase todos os seus 42 capítulos do seu livro, para descrever suas feridas, que eram, na verdade, grandes, mas não precisava ficar o tempo todo falando delas. Quando ele começou a orar pelos seus inimigos, sua história foi revertida, sua sorte foi mudada e ele passa a receber o dobro de Deus. (Teófilo Karkle) *

É tempo de jogar fora toda a amargura, toda falta de perdão, todo ódio, toda discórdia. É TEMPO DE FAXINA.

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