Cortes de Castela: Poder Consultivo ou Limitador da Monarquia?
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A reiteração da venda da moeda resultou em um tributo chamado moeda forera. Mas as coisas não pararam por aí. O monarca aguardou o prazo de conclusão, mas exigiu novas coleções sob ameaça de, caso contrário, voltar à quebra da moeda. A resistência popular e a luta entre o rei e o Conselho levaram à discussão séria da questão tributária para o amicus completo, onde esses conselhos, particularmente afetados pela arbitrariedade financeira, queriam estar presentes. A esses cidadãos, por razões econômicas, juntou-se a cúria, Cortes, transformada, então, com o objetivo principal da taxa de imposto.
II. Natureza e Competências
Corpo Consultivo ou Limitador do Poder Real?
As Cortes de Castela discutiam em que medida eram uma assembleia que controlava e limitava o poder real, ou apenas um corpo consultivo do monarca.
Tal abordagem se dividia em três posições principais:
- Marina Martinez defendia que as Cortes de Castela e Leão, ao legislar conjuntamente com o monarca, controlavam o poder e, de algum modo, chegavam a encarnar uma espécie de soberania na Idade Média.
- Colmeiro, no século XIX, sustentou que essas reuniões não passavam de um órgão consultivo modesto, uma interpretação renovada e difundida atualmente.
- As Cortes de Castela teriam um papel maior do que a mera prestação de serviços de consultoria ou ser uma ferramenta nas mãos dos monarcas.
As Cortes castelhanas eram capazes de limitar o poder real tanto por sua autoridade legal quanto pela influência nos eventos da corte e nas tensões políticas subsequentes. Do ponto de vista legal, Valdeavellano salientou que o Parlamento, através de petições e queixas das propriedades, auditava o desempenho dos monarcas e também legislava. O rei não podia revogar leis, estatutos e ordenanças, nem exigir uma homenagem especial sem a aprovação das Cortes.
A tese de Pérez-Prendergast argumenta, por fim, que as Cortes eram apenas uma assembleia consultiva, cujos membros prestavam aconselhamento em resposta a uma exigência real que abarcava todos os assuntos.