Crioulos, Sociedades Económicas e Absolutismo no Séc. XVIII

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Crioulos na América Espanhola do Século XVIII

No século XVIII, a América espanhola viveu um período de crescimento económico. O comércio ganhou grande força, impulsionado pelo desenvolvimento da mineração e a produção agrícola. A população aumentou quase 50%, a maioria dos quais eram índios e mestiços, e uma pequena percentagem eram negros. O apogeu da América espanhola levou ao surgimento de uma rica burguesia urbana, composta principalmente por proprietários de terras e crioulos. Crioulos eram pessoas nascidas na América de pais espanhóis. Controlavam o comércio e a agricultura, o que lhes conferia grande poder económico, mas não político. Não participavam do governo; esses cargos eram ocupados apenas por pessoas da península, que eram espanhóis, geralmente pertencentes à nobreza, tanto por parte de pai como de mãe. Isto significava que não tinham controlo sobre os impostos e os recursos coloniais. No final do século, desenvolveu-se uma ideologia liberal a favor da independência, após o exemplo dos EUA em 1776, conflito no qual a Espanha apoiou as colônias americanas, com base nos Pactos de Família que a ligavam à monarquia francesa, disposta a todo momento a prejudicar os interesses britânicos.

Sociedades Económicas de Amigos do País

As Sociedades Económicas de Amigos do País eram instituições onde se discutia a situação económica e social do território que abrangiam. Promoviam a ciência e as artes e introduziam avanços técnicos. Coletavam projetos, propostas e reformas. Eram geralmente compostas por um seleto grupo de pessoas (nobreza e burguesia, alguns membros do clero), geralmente de ideologia iluminista. Havia áreas onde existiam várias na mesma província, como o caso de Cádiz. Tinham a proteção do monarca e incentivavam a modernização das cidades. As sociedades tinham como objetivo promover o comércio, a agricultura e a indústria, bem como traduzir e publicar obras estrangeiras. A primeira a ser criada foi a Sociedade Bascongada de Amigos do País, fundada pelo Conde de Peñaflorida em 1765. Eventualmente, o número de Sociedades Económicas de Amigos do País chegou a 63.

Absolutismo

Absolutismo é a forma de governo em que o rei concentra todas as áreas de poder em suas mãos, estando até mesmo acima da igreja. Isso significa que o rei era a lei. O monarca detinha poder absoluto. É considerado uma evolução da monarquia autoritária do início da Idade Moderna e, na Espanha, podemos encontrá-lo associado à nova dinastia Bourbon, que também governava da mesma forma na França, sendo Filipe V um exemplo característico na Espanha.

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