Crise dos Empréstimos Hipotecários nos EUA: Origens e Impactos

Classificado em Economia

Escrito em em português com um tamanho de 4,3 KB.

O maior destaque foi para o fato de que nem todos poderiam compartilhar daquele programa de garantias futuras, mas, de uma forma geral, a economia do país progrediu e hoje o Chile é uma nação relativamente estável.

Por último mostra estratégia japonesa, onde o governo garantiria os rendimentos da população, que outrora foi eficiente, hoje já oferece riscos, já que em breve haverá mais aposentados do que contribuintes.

No quinto episódio, Seguro como casas, os tópicos mais abordados foram a crise financeira por causa da hipoteca (empréstimo com casa por garantia), a crise do subprime, a inflação e taxa de juros, o mercado de hipotecas, o micro crédito e o a importância do equilíbrio entre dívida e renda. Mostra a ascensão e quebra das chamadas Savings & Loans (S&L), nos Estados Unidos.

Segundo Ferguson (2013), a quebra do sistema foi “um dos maiores escândalos financeiros da história dos Estados Unidos, um golpe que ridicularizou toda a ideia da propriedade como um investimento seguro” e deu início aos problemas que viriam a resultar na crise dos empréstimos hipotecários. Nesse caso, a origem de todos os males foi uma desregulamentação atrapalhada, mal tramada e mal implementada: dura lição para o contribuinte norte-americano, um grande prejuízo.

Como a crise tem origem no setor imobiliário dos EUA, cria-se uma investigação sobre o surgimento da ideia de que “todo mundo deve comprar uma casa”. Segundo o professor, até a década de 1930 não era comum a posse de propriedades pelas pessoas comuns no mundo de língua inglesa. O mais comum era o pagamento de aluguéis. A partir da Grande Depressão houve uma acentuada queda 8

no preço das propriedades e determinadas medidas adotadas no contexto do novo acordo incentivaram a aquisição de residências. Isso tinha também um objetivo político de apaziguamento das massas trabalhadoras: esperava-se (e segundo Ferguson, realmente funcionou) que um proprietário não se encantasse com ideologias de esquerda. Com o crescimento do modelo e a liberalização inconsequente do mercado sobreveio a crise das Savings & Loans (1986-89), destruindo o arcabouço concebido pelo novo acordo. Durante o governo de George W. Bush o incentivo à compra de residências foi mais ampliado, pelas mesmas razões que determinaram as políticas anteriores.


O mercado de hipotecas residenciais nos Estados Unidos era tradicionalmente dominado pelo segmento prime, que conta com limites de valor a ser financiado e regras rígidas de avaliação de crédito. Entretanto, ainda existem outras duas categorias de crédito: a alt-a – classificação entre o prime (primeira linha de crédito) e o subprime - também conhecido como terceira linha. Essa terceira linha, o suprime, são de mutuários os quais a qualidade de crédito é reduzida para serem enquadrados nas hipotecas de primeira linha. Os motivos pelos quais esses mutuários são assim classificados podem ser por histórico de crédito que apresenta problemas ou ainda o nível de renda é muito baixo para honrar os pagamentos das prestações. Em troca d taxas de juros elevadas, as hipotecas subprime davam crédito a mutuários com históricos de créditos não tão bom, dando a oportunidade de adquirir imóveis próprios e a possibilidade de obter mais crédito (ALBERINI et al, 2008). 

Como entramos na era dos derivativos, onde tudo o que se mexe sobre a terra pode e deve ser transformado em um instrumento financeiro, foram segurados os fluxos de pagamentos das hipotecas imobiliárias. Ou seja, com base no fluxo de pagamentos das hipotecas, foram emitidos títulos, denominados mortgage-backed securities (títulos referentes à emissão de dívida, garantidos pelo fluxo de pagamento de hipotecas) que foram então vendidos a investidores em todo o mundo. Tudo funcionou bem até que o procedimento padrão no crédito das hipotecas, concedido a tomadores sem histórico bom de crédito e sem condições financeiras de honrá-lo, quebrou.

O sexto e último episódio, Do império à Chimérica, trata dos tópicos globalização de investimentos, fundo de cobertura, contratos de opções simples, a china que não quebra por seu grande financiamento interno, e o empréstimo de dinheiro da China para os estados Unidos (Chimérica). 9 

Entradas relacionadas: