Crise, Reforma e Contrarreforma na Igreja (Séculos XIV-XVI)

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A Crise da Igreja no Fim da Idade Média e Início da Idade Moderna

No final da Idade Média, a Igreja vivia tempos de crise. O cortejo de fomes, pestes e guerras, que os séculos XIV e XV tornaram férteis, fez renascer os terrores apocalípticos e as preocupações com a salvação da alma. Nos momentos mais difíceis, em vez de apoiar os crentes, a Igreja oferecia uma triste imagem de desunião. Os Papas do Renascimento não foram modelos de virtudes nem de concórdia cristã. Bispos e prelados acumulavam benefícios e ausentavam-se das paróquias, enquanto o clero regular se revelava ignorante e relaxado. A reação da cristandade não se fez esperar. Desde o século XIV, registaram-se alterações nas práticas religiosas e violentas críticas à Igreja.

As Indulgências e o Início da Reforma Protestante

A Reforma da Igreja concretizou-se no século XVI, mas custou a unidade cristã. A Martinho Lutero coube dar o passo decisivo. Várias leituras bíblicas permitiram-lhe vislumbrar a solução para o problema da salvação da alma, inspirando-lhe uma verdadeira rutura teológica no seio do Cristianismo. Este movimento ficou conhecido como Reforma Protestante e foi despoletado pela questão das indulgências. Estas eram concedidas pelo Papa aos fiéis pela prática de boas obras. Contra o facto de os crentes comprarem indulgências para seu próprio benefício, Lutero afixou na porta da Catedral de Wittenberg as **«95 Teses contra as Indulgências»**. Nelas, acusava o Papa e os dogmas da Igreja, afirmando que a salvação depende da e não das boas obras. Excomungado pelo Papa, restou a Lutero reunir forças para impor a doutrina que acabava de criar: o Luteranismo.

A Resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante

A resposta da Igreja Católica à discordância protestante assumiu-se, em simultâneo, como Contrarreforma e Reforma Católica.

A Contrarreforma efetuou um combate doutrinário, ideológico e repressivo ao Protestantismo. Redigiu-se um Catecismo Romano, onde se compilaram os princípios religiosos definidos em Trento, um Breviário e um Missal.

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