Cristianismo, Laicização e Secularidade nas Sociedades Contemporâneas

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Alguns elementos de caracterização das sociedades contemporâneas são a afirmação da consciência individual, a contratualização e o lugar das mediações, e a diversidade social e religiosa, com o objetivo da desconfessionalização do Estado. No entanto, são colocadas algumas questões acerca das sociedades contemporâneas, como a sua legalidade e legitimidade, o valor da religião ou a existência de sociedades pós-cristãs.

Neste caso, a religião é vista como um fenômeno total, pois tende a influenciar mentalidades e comportamentos individuais e coletivos, na base de mundividências diversas. As sociedades contemporâneas estabelecem um horizonte de realização das pessoas e comunidades. Por outro lado, temos a religião como um fenômeno social, onde acompanha e exprime alterações sociais, havendo uma proliferação de mundividências em concorrência. As relações cruciais que se inserem nas sociedades contemporâneas são a verdade, a autoridade, a liberdade e a consciência.

Conceitos Chave: Secularização, Secularidade, Secularismo, Laicização e Laicismo

A secularização consiste na separação entre a Igreja e o Estado; a sociedade está separada e não se deve confundir com a Igreja. A secularidade é uma característica que surge da secularização, e o secularismo é uma teoria filosófica ou política que defende que a Igreja não deve ter nenhum papel de influência na sociedade, o que é um exagero. Já a laicização interessa-se pelas religiões e seus organismos institucionais em disputa com o Estado, outras instituições ou o “mercado religioso”, bem como pela importância relativa num contexto de conflito, concorrência, disputa e pluralismo. O laicismo opõe o cidadão ao clero. É uma posição ideológica, filosófica ou social de rejeição do poder das camadas hierárquicas do clero (laicidade).

No contexto da mutação dos universos religiosos, as metamorfoses da experiência e das manifestações religiosas, com a secularização como processo de deslocação, induziram a uma situação concorrencial entre o Estado e o “mercado” religioso.

A originalidade e centralidade da experiência cristã apresentam uma dupla dimensão: uma antropológica (o Homem Novo) e outra espiritual (a Conversão).

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