Cristianismo: Reformas e Expansão na História da Fé

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Cristianismo: Reformas e Expansão na História da Fé

As duas fases da Reforma são: Lutero e o Anglicanismo; e Concílio de Trento e o Calvinismo. Esta divisão é vista como a fragmentação da experiência cristã.

A primeira fase inicia-se com a erosão da Christianitas, provocando a utopia e a Reforma. É criada uma nova antropologia de consciência e liberdade, com Thomas More e a sua obra Utopia, de 1516, e Erasmo de Roterdão, defensor da liberdade de escolha e da tolerância religiosa. Esta nova antropologia originou o aparecimento de Martinho Lutero (1486-1546) e os seus estudos sobre a sociedade cristã e a conversão individual. Aborda a Escritura como autoridade e mediação, a fé como justificação do crente e a Graça como a primazia de Deus. A universalidade do sacerdócio é, então, a secularização da vida espiritual. Por seu lado, a Tradição Anglicana baseia-se no âmbito e abrangência do mandato petrino, na construção de uma igreja nacional e encontra-se entre o catolicismo e o protestantismo.

A segunda fase é a da Reforma Católica e “Contra-Reforma”, que aborda diversos temas, tais como a natureza da Eucaristia e da pregação, a disciplina e território, o Ministério Ordenado e a instrução do clero, e o âmbito e abrangência do mandato petrino. O Concílio de Trento dividiu-se em três períodos.

O primeiro tratou da questão da justificação, o segundo período (do número e justificação dos sacramentos) e o último período do Concílio de Trento da Reforma eclesiástica e eclesial. Esta Reforma abordou a autoridade e mediação, a palavra e tradição, os sacramentos e a devoção aos santos. Jean Calvin também se insere na segunda fase da Reforma. A sua contribuição consistiu na disciplina e o ascetismo, na vocação cristã para todos e para tudo, na Igreja visível e invisível, na Palavra de Deus pregada e escutada com pureza e nos Sacramentos segundo a instituição de Cristo.

Estas Reformas levaram a uma expansão e concorrência. A Reforma religiosa e a expansão político-comercial europeia conduziram a uma sociedade de cristandade europeia em expansão, com um encontro ambíguo com os povos e culturas. Três exceções a esta regra são: 1ª Bartolomeu de las Casas, que teve um encontro amigável com os povos e culturas índias, sem conquista dos seus territórios; 2ª Libermann, que escreveu aos seus companheiros: «despojai-vos da Europa, fazei-vos negros com os negros»; 3ª Ricci e Nobili, que valorizaram as milenares culturas e as religiões locais, enriquecendo desta forma o Cristianismo europeu.

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