Crítica da Razão Pura: Uma Análise da Metafísica como Ciência

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Posso saber? Kant inicia sua Crítica da Razão Pura questionando se a metafísica é possível como ciência. Definindo metafísica como aquilo que está além da física, ele argumenta sobre o que a ciência realmente é e analisa os juízos, classificando-os em dois tipos: analíticos e sintéticos. Divide, então, os sintéticos em a priori e a posteriori. Para que uma disciplina seja considerada ciência, Kant estabelece três condições: universalidade, necessidade e ampliação do conhecimento.

Os juízos analíticos são aqueles nos quais a verdade do predicado está contida no sujeito. Embora universais e necessários, não ampliam o conhecimento, portanto, não constituem ciência. Os juízos sintéticos a posteriori ocorrem após a experiência e, apesar de ampliarem o conhecimento, não são universais nem necessários, logo, também não são ciência. Os juízos sintéticos a priori estabelecem conexões necessárias entre sujeito e predicado e podem ser entendidos como capacidades. Sendo universais, necessários e ampliando o conhecimento, constituem a base da ciência.

Estrutura da Crítica: O livro divide-se em três partes, que correspondem às etapas pelas quais um sujeito conhece um objeto. Nesse processo, o númeno torna-se fenômeno, numa mudança chamada de revolução copernicana. O sujeito passa da ignorância ao conhecimento do fenômeno.

A obra é dividida em: Estética Transcendental, Analítica Transcendental e Dialética Transcendental. A Estética Transcendental trata das condições a priori do conhecimento sensível: espaço e tempo, que permitem representar os objetos percebidos. A Analítica Transcendental aborda o entendimento a priori, que forma juízos aplicando categorias, as leis a priori do entendimento. As categorias são agrupadas em quatro blocos de três, como as categorias de quantidade: unidade, pluralidade e totalidade. A Dialética Transcendental trata da razão a priori, que unifica e regula os juízos, buscando razões e causas.

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