Cultura Humana: Definição, Socialização e Diversidade

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Cultura

Começou a estudar antropologia no século XIX e é responsável por estudar a ciência das culturas humanas.

Definição

Tylor definiu cultura como "um todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e outras capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade". Mas nem todos os antropólogos concordam. Mosterín nos diz que a cultura é a "informação transmitida entre animais da mesma espécie por aprendizagem social".

Cultura e Instinto Animal

Os animais, durante a sua evolução, desenvolveram um conjunto de instintos que lhes permitem sobreviver. Portanto, o comportamento do animal é programado pelo seu código genético. Porém, existem animais que são capazes de imitar a fim de sobreviver; isto é especialmente verdadeiro em idades mais jovens, então estamos falando de Protocultura, um termo que deve ser distinguido da cultura humana. O aprendizado mais jovem é perdido ao atingir a fase adulta.

Necessidade da Cultura Humana

O homem não tem instintos, mas tem a necessidade deles; a prova é que ele é capaz de sobreviver em situações muito diferentes. Talvez devido às características da sociedade humana, um dos perigos que podem enfrentar o homem é receber algum ataque por outro ser humano, para o qual não há instinto de sobrevivência que valha. Como não temos instintos, precisamos criar estratégias para superar os nossos problemas; ao nascer não temos qualquer tipo de instinto e os seres humanos precisam de outros para sobreviver. E quando crescem, as pessoas adquirem essas estratégias. A neotenia é um fenômeno que indica que continuamos a aprender durante todo o nosso tempo.

Processo de Socialização

Como eu disse antes, os seres humanos nascem incompletos e precisamos do contato com outros seres humanos para sobreviver e aprender. Uma das primeiras coisas que aprendemos é a nossa capacidade de ter pensamento e linguagem; graças a eles que o homem entende o mundo e desenvolve estratégias para sobreviver. Esta aprendizagem ocorre ao longo da vida, termo pelo qual a sociedade é chamada de processo de socialização. Características:

Etapas da Socialização

  • Socialização Primária: Compreende sobre os cinco primeiros anos de vida. Durante esta fase, o ser humano tem a lição mais importante em um ambiente eminentemente familiar. São importantes as demonstrações de afeto e dos outros significativos para a criança. Uma característica desta etapa é que a criança brinca de copiar os papéis dos adultos e por isso está preparada para interpretá-los no futuro, como brincar com bonecas.
  • Socialização Secundária: Dura o resto da vida de um ser humano. Mas nesta fase podem mudar os padrões de comportamento aprendidos antes. Inclui todos os tipos de aprendizado e crescimento que o homem tem ao fazer parte de novos setores da sociedade, como na escola ou no trabalho. Neste grupo, o convívio com pares (amigos) tem grande influência.
  • Ressocialização: É a reinternalização de outra cultura, que é uma forma diferente de entender o mundo. Este é um aprendizado que reestrutura todo o aprendido antes. Ocorre com aqueles que sofrem uma crise pessoal ou aqueles que precisam se adaptar a um novo estilo de vida (migrantes).

O processo de socialização é realizado em grupos ou meios referidos como agentes de socialização que autorizam ou impõem diferentes aprendizagens. Assim, na família aprendemos padrões de comportamento e valores; no círculo de amizade, exploramos as regras de conduta. Outros agentes são a escola e a mídia de massa.

Diversidade Cultural

Contra a natureza humana, que é universal, as diferentes culturas são únicas. Mesmo considerando traços universais que são comuns a todas as culturas, eles são interpretados de forma diferente dependendo da cultura. No entanto, as culturas não são compartimentos estanques, pois se misturam, são contaminadas e modificadas. Isto produz o multiculturalismo, a coexistência de várias culturas em um mesmo espaço, um fenômeno tão comum hoje em dia, bem como ao longo da história.

Etnocentrismo

Etnocentrismo é uma atitude perante a diferença cultural: é a crença de que a própria cultura é a única adequada e até mesmo superior a qualquer outra. Esta sempre foi a posição que tomaram as culturas imperialistas para invadir outras nações. Na verdade, sob esta visão, os povos nativos são considerados bárbaros e selvagens, como crianças ou com menor desenvolvimento mental que a sua própria cultura.

Um exemplo claro de etnocentrismo seria a conquista da América pelos espanhóis. A essência desta atitude é identificar o desenvolvimento cultural exclusivamente com a sua própria cultura. Assim, tudo o que é estrangeiro é considerado irracional e primitivo. O modelo a ser seguido é o próprio, e os outros não.

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