Curva de Phillips e Impacto na Economia

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Curva de Phillips

Choques na Curva da Procura

  • Choque positivo: Exemplo: o Estado paga mais salários, aumentando o dinheiro disponível para gastos.
  • Choque negativo: Exemplo: crise bancária (grande parte do consumo é realizado através de crédito), terrorismo, especulações negativas, etc.

Choques na Curva da Oferta

  • Choque positivo: Exemplo: choque tecnológico (aumento da produtividade média), melhor educação, etc.
  • Choque negativo: Exemplo: guerras, crises petrolíferas, queda no investimento, etc.

Análise da Curva de Phillips

1. Expansão da Procura sem Inflação

Questão: Utilizando o princípio da Curva de Phillips e das Curvas da Oferta e Procura Agregadas, como é que um governo pode expandir a procura sem causar inflação (contrariando o efeito inflacionista subjacente à Curva de Phillips)?

Resposta: Deve adotar medidas estruturais que aumentem a oferta agregada (Qs) para além das políticas expansionistas da procura.

2. Impacto da UEM em Portugal

Questão: Um país como Portugal, quando entrou na UEM (União Económica e Monetária), potenciou as leis subjacentes à Curva de Phillips ou anulou-as? Em caso de anulação da Curva de Phillips, qual foi o fenómeno que se manifestou?

Resposta: Portugal, ao entrar para a UE, representa apenas 0.8% do PIB europeu. A oferta que reage à procura nacional deixou de ser a oferta nacional, passando a ser a oferta europeia. Para um país pequeno como Portugal, com pouca relevância económica, alterações na procura agregada (aumentos) são absorvidas pela oferta agregada europeia. Neste caso, a curva da oferta é horizontal, ou seja, completamente elástica. Um aumento da procura não gera inflação porque não haverá falta de oferta, anulando a Curva de Phillips.

No entanto, o saldo da Balança de Pagamentos torna-se extremamente negativo (porque importamos mais). Este efeito não pode ser contrariado por uma política monetária de desvalorização, pois o controlo da taxa de câmbio do Euro cabe ao Banco Central Europeu. Como consequência, a economia portuguesa endivida-se bastante. Empresas e particulares recorrem ao crédito, aumentando a rubrica Crédito ao Setor Privado (CEP) do ativo das Outras Instituições Financeiras Monetárias (OIM). As OIM apenas podem conceder este crédito recorrendo a empréstimos entre elas (COIM), levando a um alto endividamento do setor bancário.

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