Conselho de Defesa Nacional na Zona Rebelde
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O Conselho de Defesa Nacional na Zona Rebelde
Na zona rebelde, a hegemonia militar adquiriu um poder incontestável para evitar que o confronto político tivesse um efeito negativo durante a guerra. Foi formado o Conselho de Defesa Nacional, órgão responsável pela administração dos territórios sob controlo dos insurgentes. O seu presidente foi Cabanellas. As decisões eram da responsabilidade dos generais das várias zonas ocupadas:
- Norte: Emilio Mola.
- Andaluzia: Gonzalo Queipo de Llano.
- Marrocos: Franco, cujo prestígio foi aumentando como resultado das suas boas relações com a Alemanha de Hitler.
A morte de Sanjurjo evitou planos para garantir um comando único. Para os militares, essa unificação era uma prioridade para os seus esforços para ganhar em eficiência. Franco funcionou como a figura mais popular entre os generais e foi nomeado generalíssimo do Exército e chefe do governo espanhol, ou seja, concentrou todo o poder político e militar numa pessoa. Em Burgos foi constituída uma Câmara Técnica de Governadores, mas o centro do poder estava em Franco, na sede em Salamanca.
A Economia da Zona Rebelde
Os rebeldes não tinham o controlo de áreas industriais, e o seu potencial económico baseava-se no domínio dos principais centros agrícolas. Esta circunstância tornava difícil, a priori, a sua viabilidade económica, mas, na prática, não foi tão problemático:
- O controlo da agricultura e uma menor pressão populacional permitiram integrar gradualmente áreas mineiras e industriais.
- Franco teve o apoio incondicional da Alemanha e da Itália.
- O apoio esmagador das elites económicas nacionais também forneceu importantes contribuições.
Medidas Políticas e Sociais na Zona Rebelde
Na área nacional, as medidas da Segunda República foram abolidas. Foram-se os estatutos de autonomia bascos e catalães, a reforma agrária foi revogada, as liberdades individuais foram suprimidas e o papel da mulher foi limitado a tarefas relacionadas com a saúde. Ramón Serrano Suñer foi responsável por integrar as várias opções políticas:
- Carlismo e Falange foram unificados como Falange Espanhola. A execução do principal líder falangista, José Antonio Primo de Rivera, foi fundamental para essa manobra.
- Os partidos mais importantes da direita republicana, Renovação Espanhola e CEDA, foram dissolvidos e os seus membros integrados no Movimento Nacional.
- Franco tinha o apoio da Igreja, tradicional opositora da República.
A Repressão na Zona Rebelde
Quando Emilio Mola arquitetou o golpe de Estado, disse que era necessário que fosse realizado com especial dureza para aniquilar qualquer oposição posterior. A consequência foi que, em plena zona rebelde, foi institucionalizada a repressão sistemática que assombrou todos os indivíduos suspeitos de simpatizar com a República. Os detidos, quando não eram executados imediatamente, eram levados a julgamento sem o devido processo e condenados à morte.