Desastres Naturais, Engenharia Civil e Investimento Público
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Terremotos
1. Ondas Primárias (Ondas P)
As ondas P, ou longitudinais, são vibrações de oscilação onde as partículas sólidas do meio se movem na mesma direção em que as ondas se propagam, com velocidades que variam entre 6 e 13,6 km/s.
2. Ondas Secundárias (Ondas S)
As ondas S, ou ondas de cisalhamento, são as segundas a chegar. Elas produzem uma vibração de partículas perpendicular à propagação do movimento, com velocidades que variam entre 3,7 e 7,2 km/s.
3. Magnitude Sísmica
Energia liberada durante um terremoto.
4. Intensidade Sísmica
Os efeitos dos sismos sobre as estruturas e pessoas, medidos pela escala de intensidade sísmica.
5. Origem dos Sismos
- Tectônica
- Vulcânica
- Local
Deslizamentos de Terra e Movimentos de Massa
1. Definição
São deslocamentos de massas de solo ou rochas em um declive, ocorrendo de forma súbita ou lenta.
2. Causas Humanas
- Desmatamento de encostas e barrancos.
- Cortes em encostas (para pedreiras, construção de estradas, edifícios ou casas).
- Construção de edifícios em terrenos com baixa capacidade de suporte.
- Falta de canais de drenagem de água da chuva.
3. Causas Naturais
- Atividade sísmica.
- Composição do solo e subsolo.
- Orientação de fraturas ou rachaduras na terra.
- Quantidade de chuva na área.
- Erosão do solo.
4. Tipos de Deslizamentos
- Queda
- Tombamento
- Deslizamento
- Fluxo de Terra
- Fluxo de Lama
- Rastejo
5. Consequências dos Deslizamentos
- Perda de vidas humanas (pessoas soterradas).
- Destruição de edifícios.
- Áreas isoladas.
- Inundação pelo transbordamento de reservatórios ou lagos e inundações consequentes.
- Perda de colheitas.
- Rachaduras no solo.
- Erosão intensa.
Obras Públicas e Controle Governamental
1. Composição do Sistema Nacional
- Controladoria Geral, como órgão técnico.
- Todas as unidades organizacionais responsáveis pela função de controle do governo sobre as entidades, sejam elas setoriais, regionais, institucionais ou de qualquer outro sistema organizacional.
- As empresas de auditoria externa independente, quando nomeadas pelo Controlador Geral e contratadas por um período determinado, para serviços de auditoria em entidades econômicas, financeiras, sistemas de informação, meio ambiente e outros.
2. Poderes do Sistema
- Promover a modernização e a melhoria da governança através da otimização da gestão e do controle governamental, com ênfase especial nas áreas críticas e sensíveis à corrupção administrativa.
- Exigir dos funcionários e servidores públicos total responsabilidade por suas ações no exercício de suas funções, identificando o tipo de responsabilidade incorrida, sejam elas funcionais, administrativas, civis ou criminais, e recomendando a adoção de medidas preventivas e corretivas para sua implementação.
3. O Que São Normas Técnicas?
- Normas técnicas são um conjunto de requisitos, funcionalidades, componentes e procedimentos de construção, supervisão e operação, ordenados corretamente em uma sequência lógica que devem ser cumpridas para o desenvolvimento de um produto ou serviço.
- A exigência fundamental de uma norma técnica é a sua "universalidade", o que significa que não importa onde o trabalho é feito.
4. Benefícios da Aplicação de Normas?
- Eficiência: Otimização do uso de recursos de investimento.
- Sustentabilidade: Melhoria da qualidade ou ampliação da prestação de serviços públicos operados pelos projetos.
- Impacto Socioeconômico: Ou seja, maior bem-estar para a população.
Inundações
1. Conceito
A inundação é a ocupação de água em áreas que normalmente são livres dela, seja por transbordamento de rios e córregos devido à chuva ou neve derretida, ou pelo mar, devido a marés elevadas causadas por deslizamentos de terra ou tsunamis.
2. Causas das Inundações
Causas Naturais:
- Climáticas: Chuva intensa.
- Não Climáticas: Invasão do mar (marés de tempestade), degelo.
Causas Antropogênicas:
- Ruptura de barragens.
Causas Mistas:
- Em alguns casos, inundações podem ocorrer pela ruptura de uma obra hidráulica devido a condições climáticas adversas.
3. Edificações em Áreas de Risco
Construções em áreas de risco devem ser protegidas por estruturas de apoio ou em um aterro controlado (a menos que expressamente proibido pela autoridade competente) ou construídas em terreno natural não perturbado, de modo que a área habitável esteja localizada acima da cota de inundação.
Tsunami
1. Definição
Do japonês tsu (porto) e nami (onda), é uma onda ou série de ondas que ocorrem em um corpo de água, gerada por um deslocamento vertical violento de um grande volume de água.
2. Causas dos Tsunamis
Terremotos, vulcões, meteoritos, deslizamentos e até explosões costeiras e subterrâneas de grande magnitude podem gerar um tsunami.
3. Tipos de Tsunamis
- Tectônicos
- Vulcânicos
- Por deslizamentos de terra
- Por explosões
4. Classificação dos Tsunamis
- Tsunamis Locais: Se o local de chegada na costa é muito próximo ou dentro da zona de geração (delimitada pela área de deslocamento do fundo do mar) do tsunami, ou com menos de uma hora de tempo de viagem desde o início.
- Tsunamis Regionais: Se o local de chegada na costa está a mais de 1000 km de distância da área de geração, ou com um tempo de viagem de algumas horas daquela área.
- Tsunamis Distantes (ou Remotos, Trans-Pacíficos ou Teletsunamis): Se o local de chegada se opõe à costa através do Oceano Pacífico, a mais de 1000 km de distância da área de geração, com cerca de meio dia ou mais de tempo de viagem do tsunami daquela área. Exemplo: o tsunami gerado por um terremoto na costa do Chile em 22 de maio de 1960, que demorou cerca de 13 horas para chegar a Ensenada (México).
Desastres Internacionais: Estudo de Caso
1. Exemplo e Solução para a Engenharia Civil
Desastre no Haiti
Após um terremoto de 7,1 graus de magnitude no Haiti, em 2010, os edifícios (casas, prédios, etc.) entraram em colapso. O terremoto durou cerca de 40 segundos, mas foi mais intenso durante os primeiros 18 segundos.
Diz-se que terremotos ainda mais fortes atingiram a cidade, mas nenhum causou estragos como este.
Especialistas não sabem as razões exatas pelas quais os edifícios desabaram, mas estimam que isso se deve a:
Causas
- Uso de materiais inadequados, o que significa que os materiais utilizados não eram adequados para tornar esses edifícios resistentes, seja por redução de custos ou, simplesmente, por não se pensar que poderiam sofrer um desastre como esse.
- Utilização de métodos inadequados: Engenheiros e chefes de equipe, responsáveis pela construção, em geral, não fizeram os estudos de solo necessários para construir esses edifícios e não consideraram áreas seguras para a construção.
- Regulamentos não foram seguidos na construção de edifícios.
- O terremoto ocorreu a apenas 12 km da área, o que o tornou ainda mais destrutivo.
- Ruptura da superfície.
Possíveis Soluções
- Para evitar que isso aconteça novamente no futuro, é necessário, desde o início:
- Fazer os estudos de solo necessários, verificando quais áreas são adequadas para construir.
- Decidir que tipo de edifício pode ser construído em diferentes áreas, e seguir os regulamentos, divulgando o uso adequado de cada tipo de edifício.
- Comprar os melhores materiais, pois, no longo prazo, o barato pode sair caro.
- Não permitir a construção de edifícios mal estruturados, não aprovando projetos que possam prejudicar uma cidade inteira e evitar a corrupção, pois fazer a coisa certa beneficiará toda a população.
Erros Comuns na Engenharia Civil Nacional
1. Exemplos
Presença de Rachaduras
- Dos edifícios pesquisados, 2.268 (76,21%) apresentam problemas com rachaduras, constituindo dois terços do censo total. De acordo com informações obtidas, a maior concentração de rachaduras nas paredes é moderada, enquanto os tetos e pisos não apresentam tantas rachaduras. A tabela a seguir mostra a distribuição de frequência e porcentagem de acordo com a localização e o tipo de fissura.
Presença de Colapso
- De todos os edifícios pesquisados, 14,45% apresentam colapso em parede ou teto. Quanto à presença de colapso da parede, em 35% de todos os edifícios, ele se apresenta de forma leve devido ao desprendimento do material de revestimento na parede, e em 17,39% de forma moderada a total/parcial da parede.
Como Prevenir Erros na Construção
A construção é uma fonte de trabalho com riscos que mudam de acordo com o andamento das obras, onde cada etapa representa um risco diferente. "Por outro lado, por temperamento, nível de formação, social e cultural, o trabalhador da construção civil possui características pessoais que exigem atenção especial à segurança", diz o especialista.
Reduzir o comportamento inseguro ou de risco dos trabalhadores só é possível através da formação e treinamento contínuos em matéria de segurança. Além disso, a lei exige que os empregadores informem prontamente seus trabalhadores sobre os riscos inerentes ao seu trabalho, as medidas preventivas e os procedimentos de trabalho corretos.
Desastres Climáticos
1. Classificação por Ocorrência
Súbitos:
- Terremotos
- Avalanches
- Enchentes
- Tsunamis (maremotos)
Graduais/Mediatos:
- Furacões
- Secas
- Erupções vulcânicas
- Outros
2. Classificação por Duração
Curta e Média Duração:
- Terremotos
- Furacões
- Erupções vulcânicas
- Tsunamis
- Deslizamentos
- Subsidência
Longa Duração:
- Secas
- Epidemias
- Inundações
3. Classificação por Origem
Naturais:
Aqueles causados pela ação espontânea da natureza ou pela evolução do planeta, subdivididos em dois tipos:
1. Origem Geológica:
Aqueles causados principalmente pelo movimento das placas tectônicas, vulcanismo, ruptura da crosta terrestre ou por irregularidades no relevo e na formação do subsolo.
2. Origem Meteorológica:
Aqueles que ocorrem a partir de fenômenos gerados na atmosfera e se manifestam através do vento, chuva, tempestades e secas.
Induzidos (Antropogênicos):
Aqueles que são desenvolvidos principalmente por erro ou abuso humano na exploração dos recursos que a natureza oferece.
4. O Que São Desastres Relacionados ao Clima?
Desastres climáticos são causados por condições climáticas extremas, como chuva, seca, neve, calor ou frio extremo, gelo ou vento.
Exemplos de condições meteorológicas extremas incluem nevascas, tempestades, ciclones, secas, tempestades de granizo, ondas de calor, furacões, inundações (causadas pela chuva) e tornados.
Fenômenos naturais como chuva, terremotos, furacões ou vento, tornam-se desastres quando excedem o limite do normal, geralmente medido por um parâmetro.
Sistema Nacional de Investimento Público (SNIP)
1. O Que é o SNIP?
O Sistema Nacional de Investimento Público (SNIP) é um sistema de gestão administrativa estatal que certifica a qualidade dos projetos de investimento público, através de um conjunto de princípios, métodos, procedimentos e normas sobre as diversas fases de projetos de investimento.
2. Modelo SNIP
Primeiro, identifica-se qual é o problema a ser resolvido; em seguida, levantam-se e discutem-se as soluções.
3. O Que é um Projeto de Investimento Público?
- Toda intervenção por tempo limitado
- Total ou parcialmente financiada com fundos públicos
- Com o objetivo de criar, expandir, melhorar ou restaurar a capacidade de produção de bens ou serviços de uma entidade
- Cujos benefícios são gerados durante a vida útil do projeto
4. O Que é o Banco de Projetos?
É uma aplicação de computador utilizada para armazenar, atualizar, publicar e exibir informações de resumo, as informações necessárias e padronizadas de projetos de investimento público em sua fase preliminar.
Tornou-se operacional em dezembro de 2000, sendo uma ferramenta pioneira na região andina e utilizando tecnologia de ponta.