Descoberta da América e Expansão Marítima Europeia (Séc. XV)

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Item 3

PARTE 1: A Descoberta e Conquista da América

1. As Grandes Descobertas Geográficas

a) As Novas Áreas Geográficas

A Idade da Descoberta coincide com o Renascimento e é um fator fundamental da civilização europeia. Iniciada no Séc. XV, Portugal e Espanha não foram seguidos por outros países até ao Séc. XVII. O homem renascentista conhecia quase todo o mundo em que vivia.

b) Os Progressos em Direção ao Sul dos Portugueses

O Infante D. Henrique tinha criado uma escola de navegação em Sagres, dando um impulso às viagens de exploração portuguesas:

  • Dinis Dias chegou em 1444 a Cabo Verde;
  • Cadamosto e Gomez, ao Golfo da Guiné em 1471;
  • Finalmente, em 1487, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança), deixando em aberto o caminho para a Índia.

c) O Processo de Expansão Económica

Em 1498, o grande navegador Vasco da Gama chegou a Calecute, na Índia. A expansão para a Europa de Leste envolvia ouro, sedas, marfim, escravos... Mas, acima de tudo, as especiarias (canela, pimenta, noz-moscada), essenciais na dieta europeia, pois eram a base para a conservação de carnes e peixes. Eram produtos de baixo peso e alto valor. Os Portugueses, contornando a África, procuravam uma via exclusiva para si, evitando, por um lado, a concorrência dos italianos que controlavam o Mediterrâneo e, por outro lado, o perigo das longas caravanas em terras muçulmanas.

2. A Descoberta da América

Os avanços técnicos da época e os conhecimentos científicos permitiram que os navegadores se afastassem cada vez mais da costa do Atlântico Africano.

a) Razões da Descoberta (Castela)

As razões eram principalmente:

  • Atacar os turcos pela retaguarda da Ásia;
  • Estender a fé cristã;
  • Conquistar novos territórios para a Coroa (um movimento de inércia que, após oito séculos de Reconquista, não podia parar);
  • O espírito de aventura e a busca de glória militar;
  • A necessidade de metais preciosos numa era de expansão na Europa, coincidindo com as necessidades financeiras dos Reis Católicos.

b) Cristóvão Colombo (1451-1506)

Muitos historiadores acreditam que ele nasceu em Génova, Itália (família de tecelões). Ligou-se cedo à vida do mar e, nas suas longas viagens como mercador no Mediterrâneo, aproveitou o tempo livre lendo obras que caíam nas suas mãos. Destas, a que mais o apaixonou foi O Livro das Maravilhas de Marco Polo. Na verdade, o jovem Colombo sonhava em chegar à distante terra de Catai (China), tal como o seu amado Marco Polo no final do Séc. XIII, ou a Zipangu (Japão).

Colombo estava convencido de que a Terra era um planeta esférico e sabia que era possível chegar ao Extremo Oriente pelo mar, navegando sempre para o ocidente, através das águas do Oceano Atlântico, quase desconhecido. Tentou convencer o Rei de Portugal, D. João II, a apoiar o seu projeto e a financiar a sua expedição. O rei português rejeitou a proposta em 1482, após uma assembleia de homens sábios a ter considerado impossível. Mais tarde, desgostoso com os portugueses, Colombo procurou o rei da Inglaterra, Henrique VII, que também não apoiou o navegador italiano. Colombo, no entanto, tinha uma alternativa: a Espanha.

Passou uma temporada em La Rábida, onde entrou em contato com Frei Marchena, um monge franciscano interessado nas coisas do mar, com marinheiros de Palos e nobres. Entusiasmado com a sua ideia, foi apresentado aos Reis Católicos. Aqui, após a reunião sobre o projeto do marinheiro genovês, foi-lhe pedido que esperasse até depois da Guerra de Granada, o principal problema de Isabel e Fernando na altura.

Alguns cientistas discordavam do projeto.

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