Desenvolvimento Tecidual: Muscular, Adiposo e Ósseo

Classificado em Biologia

Escrito em em português com um tamanho de 11,12 KB.

Tecido Muscular

  • Movimento: células musculares por meio da contração.
  • Estriados ou lisos: presença ou ausência de proteínas contráteis miofibrilares.
  • Derivados do mesoderma.

Tipos de Tecidos Musculares

  • Estriado esquelético: todos os músculos do sistema locomotor. Voluntário.
  • Estriado cardíaco: quase exclusivo do coração. Involuntário.
  • Liso: parede dos vasos e vísceras, derme da pele. Involuntário.

Tipos de Tecido Muscular:

  1. Liso
  2. Cardíaco
  3. Esquelético

Composição Química do Músculo

Feto: fibras pequenas, poucas, separadas largamente por material extracelular.

Nascimento: fibras ainda pequenas, porém maiores em número e mais compactas.

Adultos: fibras maiores em diâmetro, com pequenos espaços entre elas.

  • No crescimento, os íons extracelulares (sódio e cloro) diminuem e os intracelulares (potássio e fósforo) aumentam.
  • A porcentagem de água também diminui.
  • Proteínas contráteis aumentam.

Tipos de Fibras Musculares

Dois tipos distintos de fibras de acordo com suas características contráteis e metabólicas:

Fibras de Contração Rápida (Tipo II):

  • Alta capacidade para a transmissão eletroquímica dos potenciais de ação.
  • Alta atividade de miosina ATPase.
  • Liberação e captação rápidas de cálcio por retículo sarcoplasmático eficiente.
  • Alta taxa de remoção das pontes cruzadas.
  • Geração rápida de energia para contrações aceleradas e poderosas.

Características das Fibras de Contração Rápida:

Atividades de alta velocidade, tipo anaeróbicas, que dependem quase inteiramente do metabolismo energético anaeróbico.

Subdivisões:

  • Tipo IIa: Intermediária
  • Tipo IIb: Glicolítica
  • Tipo IIc: Muito rara

As fibras são indiferenciadas até a 30ª semana de gestação.

No nascimento:

  • 40% do Tipo I
  • 45% do Tipo II (35% do tipo IIa e 10% do tipo IIb)
  • 15% indiferenciadas

Primeiro ano de vida: diminuição das fibras indiferenciadas.

Tecido Adiposo

Alterações durante o Crescimento

Meninos x Meninas?

Tipos de Tecido Adiposo

  1. Tecido Adiposo Marrom (1%)
  2. Tecido Adiposo Branco (99%)

Tecido Adiposo Branco

Grande gotícula de lipídio (TG)

Antigamente: Tecido de estoque (energia)

Hoje: Tecido metabolicamente ativo

  • Metabolismo de glicose
  • Metabolismo de lipoproteínas
  • Metabolismo de colesterol

Depósitos:

  1. Gordura visceral
  2. Gordura subcutânea

Funções:

  1. Energia
  2. Tecido metabolicamente ativo
  3. Proteção mecânica
  4. Isolamento térmico

Tecido Adiposo Marrom

Principal função: gerar calor

Abundante em animais adaptados a ambientes frios

Locais de deposição:

  • Ao redor dos rins
  • Parte posterior do pescoço
  • Região interescapular das costas do recém-nascido

Tecido Adiposo na Vida Pré-natal

  • Início do TAB: 14ª semana de gestação
  • Aumento rápido a partir da 23ª semana
  • Recém-nascido: 5 bilhões de células

Características do Tecido Adiposo Branco na vida pós-natal

  • Crescimento contínuo
  • De 5 bilhões para 30-50 bilhões em adultos jovens (não obesos)
  • Tamanho: 30-40 micrômetros (nascimento); 80-90 micrômetros (adultos)
  • Influência do balanço energético

Meninos:

  • Região subescapular
  • Região deltoide
  • Região lombossacra
  • Nádegas
  • Tríceps

Meninas:

  • Nádegas
  • Quadril
  • Mamas
  • Tríceps
  • Porção anterior da coxa

Obesidade:

A obesidade é um problema grave, causado por vários fatores integrados, caracterizada por um aumento na quantidade generalizada ou localizada de gordura em relação ao peso corporal, associado a elevados riscos para a saúde (Guedes & Guedes, 1998).

Sobrepeso:

Sobrepeso refere-se ao aumento excessivo do peso total (não necessariamente ao aumento de gordura), o que pode ocorrer em consequência de modificações de um ou mais constituintes corporais (gordura, músculo, osso, água).

Desnutrição:

Há uma redução no metabolismo das pessoas desnutridas. Isso ocorre para que, em um período de alimentação normal, o organismo faça um estoque de gordura, visando à prevenção de novo período com falta de alimento.

Lipogênese e Lipólise:

Fatores externos e influência hormonal (insulina x adrenalina, noradrenalina, glucagon, cortisol).

Funções do Tecido Ósseo:

  • Suporte e proteção
  • Movimentos
  • Hematopoiese
  • Armazenamento

Tecido Ósseo:

  • Maior parte do esqueleto.
  • Responsável por 97% a 98% da estatura.
  • Componentes materiais:
  • Carbonato de cálcio e fosfato de cálcio (60% a 70%, varia de acordo com a idade e a saúde): rigidez e resistência compressiva.
  • Colágeno: flexibilidade e resistência tensiva (diminuição com o envelhecimento).
  • Água (25% a 30% do peso total).

Esqueleto:

  • 15% do peso corporal do recém-nascido (3kg = 450g de osso).
  • 16% a 17% do peso corporal de adultos (70kg = 10,5kg de osso).
  • 13% a 14% do peso corporal em idosos (70kg = 9,8 a 10,5kg de osso).
  • Componentes do esqueleto: tecido ósseo, cartilagens, ligamentos, tendões, vasos sanguíneos, medula óssea, tecidos gordurosos e água.
  • Tipos de Células Ósseas:
  • Osteócitos: células ósseas definitivas, responsáveis pela síntese de matriz óssea (parte dura do osso).
  • Porção orgânica: síntese de fibras colágenas.
  • Porção inorgânica: cristais de hidroxiapatita (Ca + P).
  • Osteoblastos: células formadoras de osso. Encontrados na superfície e nas cavidades do osso (formam um osteócito ou um osteoclasto).
  • Osteoclastos: reabsorção óssea.
  • Plasticidade Óssea: esses três tipos de células podem sofrer diferenciação. Um osteoclasto, após a absorção óssea, pode ser convertido em osteoblasto, que pode se diferenciar em osteócito e se depositar na matriz óssea.
  • Durante o crescimento: deposição > reabsorção.
  • Jovens e adultos (meia-idade): deposição = reabsorção.
  • Idosos: deposição < reabsorção.
  • Formação Óssea:
  • A formação óssea no período pré-natal deve-se a dois processos:
  • Formação Intramembranosa: desenvolve-se entre as membranas embriogênicas (ex.: ossos do crânio).
  • Formação Endocondral: desenvolve-se a partir de cartilagens (ex.: ossos pós-cranianos).
  • Formação Endocondral:
  • A. Desenvolvimento da cartilagem (envolta pelo pericôndrio) e hipertrofia em colunas.
  • B. Algumas células hipertrofiadas tornam-se calcificadas, sofrem erosão (penetração de vasos sanguíneos) e os osteoblastos iniciam o processo de deposição óssea na camada externa das células cartilaginosas = centro de ossificação.
  • C. Centro primário de ossificação = diáfise. O crescimento da diáfise leva à formação da cavidade medular (medula e placa de crescimento) e à formação da camada perióstica e endóstica (D) já no pré-natal.
  • E. Crescimento em comprimento pela formação óssea nas extremidades. Cartilagens nas extremidades das diáfises são chamadas de epífises ou centro de ossificação secundária (2 em ossos longos, 1 em ossos curtos).
  • F. Crescimento dos centros primários e secundários dá origem à placa de crescimento (crescimento em comprimento).
  • G. O crescimento cessa quando a proliferação da cartilagem na placa é menor que a ossificação.
  • Crescimento do Osso em Comprimento:
  • Placa de crescimento cartilaginosa possui várias camadas:
  • Zona de reserva: armazenamento de lipídios e outros nutrientes.
  • Zona de proliferação: multiplicação das células cartilaginosas e formação da matriz intercelular (crescimento em comprimento).
  • Zona hipertrófica: células cartilaginosas hipertrofiam e calcificam-se.
  • Metáfise: junção da zona hipertrófica com a diáfise (onde a ossificação ocorre).
  • Zona de ossificação: ramos terminais e vasos sanguíneos penetram na cartilagem antes da calcificação e promovem erosão que, com a deposição da matriz óssea, dá origem ao osso imaturo.
  • Crescimento do Osso em Largura:
  • Ocorre pela deposição de tecido ósseo na superfície externa (subperióstica, ação dos osteoblastos) e reabsorção óssea na superfície interna (endosteal, ação dos osteoclastos), que gera a expansão em largura.
  • Remodelagem durante o crescimento de ossos longos:
  • Epífise, placa de crescimento e metáfise = mais largas que a diáfise. Há a necessidade de uma constante remodelação com o crescimento.
  • Períodos de maturação óssea:
  • Embrionário: começam a ossificar a clavícula, a mandíbula, o úmero, o rádio, a ulna e a tíbia.
  • Fetal: no início dessa fase, começam a ossificar a escápula, o ílio, a fíbula, as falanges distais das mãos e o osso frontal do crânio. No final, ossificam-se o calcâneo, o tálus, o cubóide, a extremidade distal do fêmur, a proximal da tíbia, o processo coracóide da cabeça e do úmero.
  • Infância: epífises de crescimento presentes e atuantes.
  • Puberdade: epífises começam a se fechar. Fusão entre os centros epifisais e a diáfise. Diferença de 1 ou 2 anos, em média, para meninos e meninas. Fechamento por controle hormonal.
  • Resposta dos ossos ao estresse:
  • Lei de Wolff (densidade, formato e tamanho).
  • Hipertrofia óssea: predominância de atividade osteoblástica.
  • Atrofia óssea: predominância de atividade osteoclástica (astronautas e fraturas).
  • Osteopenia e Osteoporose:
  • Fatores de risco: raça, história familiar, tabagismo.
  • Importância da atividade física?

Entradas relacionadas: