Desequilíbrios da Rede Urbana em Portugal
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Causas dos Desequilíbrios na Rede Urbana Portuguesa
A rede urbana portuguesa é desequilibrada pelos seguintes motivos:
- Grande desequilíbrio na dimensão demográfica: Verifica-se uma macrocefalia (domínio de Lisboa) ou bimacrocefalia (domínio de Lisboa e Porto). Portugal tem duas cidades grandes, poucas cidades médias e muitas cidades de pequena dimensão.
- Grandes assimetrias na distribuição dos centros urbanos: A Litoralização e a bipolarização levam a uma forte pressão urbanística, desordenamento e incapacidade de resposta ao nível das infraestruturas.
- Concentração de funções: Ao nível das funções que oferecem, destacam-se apenas as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Consequências
- Despovoamento do interior.
- Congestionamento das cidades de maior concentração, limitando as relações de complementaridade entre os diferentes centros urbanos e, como tal, o dinamismo económico e social.
- Redução da capacidade de inserção das economias regionais na economia nacional.
- Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela perda de sinergias que uma rede urbana equilibrada proporciona.
Medidas para Atenuar os Desequilíbrios
- Potencializar a especificidade de cada região.
- Implementação de indústrias nas zonas despovoadas através de incentivos.
- Concessão de benefícios fiscais e financeiros (ex: crédito mais acessível).
- Investimento em infraestruturas viárias e de comunicação.
Análise da Estrutura Urbana
- Macrocefalia: Rede urbana caracterizada pela existência de uma cidade (Lisboa) que, pela sua dimensão demográfica e funcional, domina um conjunto de outras cidades de dimensão muito menor.
- Bimacrocefalia: Rede urbana caracterizada pela existência de duas cidades (Lisboa e Porto) que, pela sua dimensão, dominam um conjunto de outras cidades de menor dimensão.
- Domínio de cidades de pequena dimensão: Cerca de 80% das cidades portuguesas têm menos de 30 mil habitantes.
- Quase ausência de cidades de média dimensão.