O Despertar de Seunome: Escola, Irmã e Professor Rummer

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Capítulo 1: O Despertar de Seunome

Kate: Seunome, levanta, hora de ir para a escola.

Me levantei preguiçosamente e fui me arrastando até o banheiro, sem um pingo de ânimo para viver mais um dia sem graça e entediante. Só de pensar que vou ter que pisar naquela merda de escola e que vou ter que ficar cercada de imbecis durante quatro horas me dá vontade de me enterrar em um buraco ou me esconder em uma caverna. Sinceramente, para quê escola existe? Minha escola é considerada a melhor da região, só não sei onde esse melhor se encontra. Eu estudo lá desde que me mudei, e não aprendi praticamente nada; tudo, ou pelo menos a metade, foi ensinado pela internet. Meus professores são uns velhos que não ensinam merda nenhuma e que ferram com o seu boletim. Por mim, eu já tinha saído de lá há muito tempo, mas minha mãe insiste em dizer que a escola é ótima e que eu não presto atenção nas aulas. "Ok, mãe, tá massa."

Outro motivo para eu não mudar de escola é Sophia, minha irmãzinha, que estuda em outra escola próxima da minha, e eu a levo e busco todos os dias, porque minha mãe trabalha igual a uma condenada e tem que sair cedo de casa.

A Manhã Caótica e o Atraso Inevitável

Coloquei meu uniforme e desci, dando "bom dia" com a maior voz de travesti, porque é assim que minha voz fica todos os dias pela manhã. Sophia estava sentada na bancada comendo meus cookies, essa esfomeada! Tanta coisa boa para comer e ela vai escolher logo os meus cookies? Ah, não! Nós duas começamos a discutir, enquanto minha mãe alternava entre comer uma torrada e colocar seu salto. O pote com os cookies estava sendo puxado de um lado para o outro até que o mesmo caiu no chão, quebrando a tampa e esfarelando os biscoitos. Eu fiquei com cinquenta tons de raiva e vontade de bater na minha irmã, e minha mãe ficou rindo da nossa cara enquanto olhávamos para a bagunça de farelo que estava no chão. Sem dizer nada para nós, ela pegou sua bolsa e saiu. Limpar aquela bagunça acabou ficando por minha conta, porque minha vida de irmã mais velha não é fácil, e isso acabou gerando uns dez ou quinze minutos de atraso, que lindo. Saí correndo com Sophia e consegui deixá-la na escola a tempo, menos mal, mas eu já não tive essa sorte. Quando cheguei, o portão estava fechado e tive que entrar pela diretoria, e de brinde escutar um monte da diretora Sparks, que ficou me dando bronca durante toda a primeira aula, e só me liberou quando o sinal tocou.

O Professor Rummer e a Aula de História

Entrei educadamente na sala, pedindo licença e me dirigindo ao meu lugar, enquanto o mala sem alça do professor Rummer me secava. Eu o odeio, esse pedófilo filho da puta que não sabe o que é vergonha na cara, e que ainda fica fingindo ser britânico o tempo todo, forjando sotaque e falando de alguns pontos turísticos daqui. Isso me irrita profundamente, fora as cantadas de pedreiro que ele joga para cima das suas alunas, e o pior é que tem algumas que ficam encantadas por ele e aceitam ir até sua casa, que absurdo. Ele passou um texto de três lousas e depois foi explicar a matéria, sempre me lançando aqueles olhares ridículos de bebum, achando que eu vou me derreter por ele igual às patricinhas vadias da sala ao lado. Que dó, o que eu iria querer com um homem feito ele? E ainda por cima, mais velho que eu e meu professor de história? Se toca, né! Eu me fiz de idiota e fingi não ver que ele estava me olhando, e escutei sua explicação com os olhos vidrados no meu caderno. Depois fiz os exercícios e fui até sua mesa receber o visto.

Rummer: Atrasada de novo, Campbell?

Seunome: Ahm... é, desculpa, professor.

Rummer: Tudo bem, pelo menos você assistiu minha segunda aula, seu dia já valeu a pena. (Eu fiz questão de não responder esse animal.) Ahm, seus exercícios estão todos corretos, meus parabéns.

Nota Importante: Mitologia Grega

Nota importante: Só estavam corretos porque eram sobre mitologia grega, e eu já li alguns livros sobre o assunto e consigo entender bastante. Ele bem que podia falar sobre os doze trabalhos de Hércules o resto do ano, eu ia adorar.

Eu peguei meu caderno e já ia voltar ao meu lugar, quando ele segurou minha mão e me lançou aquele olhar podre de cafetão que ele tem.

Rummer: Se você quiser, eu te busco na sua casa amanhã.

Seunome: Não, obrigada, eu prefiro chegar atrasada mesmo.

Esse cara deve agradecer a Deus todos os dias por olhares não matarem, porque se fosse assim, eu já o teria reduzido a pó naquele momento. Eu voltei bufando para minha mesa e peguei meu celular, fiquei escutando música e logo o sinal tocou, e então aquele verme finalmente deixou a sala, ainda me olhando com aquela cara, que ódio.

Intervalo e a Amizade com Savannah

Desci as escadas em direção ao pátio, em meio àquele bando de cavalos que parecem estar indo para o intervalo pela primeira vez, acompanhada por Savannah, minha melhor amiga e única pessoa decente com quem eu consigo conversar normalmente nesse inferno. Ela era da minha sala, nós conversávamos o tempo todo e isso me distraía, eu até esquecia da existência do Rummer, mas a gorda da Sparks fez questão de misturar as classes do segundo ano, e agora Savannah está na sala ao lado, mas nossa amizade continua intacta, graças a Deus. Ficamos o intervalo inteiro conversando em um canto isolado do pátio, perto da sala dos insuportáveis, ops, professores. Olhei de relance para a porta e vi o porra do Rummer olhando para nós, que merda, será que nem no intervalo esse cara dá uma trégua? Peguei Savannah pelo braço e a puxei para outro lugar, fora dos domínios da sala dos professores e do campo de visão daquele idiota. O sinal bateu e nós subimos lentamente as escadas, em direção à porcaria das nossas classes.

O Fim do Dia e o Sono Profundo

Me despedi de Savannah e fui buscar Sophia na escola, depois fui para casa. Ela veio falando de seu professor durante todo o percurso, dizendo que ele é um máximo e muito engraçado. Quando ela começar a cursar o ensino fundamental II, nunca mais vai babar ovo em professor nenhum, tenho certeza.

Eu dormi a tarde toda praticamente, só acordando às cinco e meia para dar o lanche da tarde da minha irmã e para falar com Savannah no telefone. Foi aí que nos empolgamos e ficamos conversando por três horas, até nossas mães chegarem e nos mandarem desligar. Eu mal jantei e fui me deitar novamente, ainda estava morrendo de sono, e em poucos minutos, eu já estava dormindo.

Acordei e a casa estava silenciosa, minha mãe com certeza já tinha saído.

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